Entrevista a João Antunes

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– Quando é que decidiste começar a jogar Andebol?
– Comecei com 4 anos, em Leiria, nos Bambis da Juve Lis, por influência do meu professor de ginástica, o Professor José Bento. Na altura, ele ensinava-nos exercícios que, por ser muito novo não percebia mas, de certa maneira, já tinham a ver com Andebol. Foi o Professor José Bento que me levou para a Juve Lis e que me fez começar a gostar de Andebol. Estive até aos 7 ou 8 anos na Juve, depois fui para o Académico de Leiria, novamente com o José Bento, que também tinha ido para lá. Estive lá uns dois anos e depois desisti do Andebol.

– Desististe porquê?
– Desisti porque, como todos os miúdos, queria experimentar outros desportos e fui jogar futebol. No 1º jogo que fiz, marquei quatro golos e todos acharam que eu tinha muito jeito, mas a partir daí nunca mais marquei nenhum… tinha dois pés esquerdos!

– E decidiste regressar ao Andebol?
– Sim, o Prof. José Bento incentivou-me a voltar para o Andebol. Voltei para a Juve Lis, estive lá mais dois anos e mudei para o Sismaria – clube onde estava quando fui chamado pela primeira vez à Selecção, tinha 17 anos. Quer dizer, já tinha ido à Selecção de Detecção de Talentos, mas só comecei a ir à Selecção “a sério” nessa altura. O Prof. Rolando chamou-me e pôs-me a jogar a pivot, que não era a posição onde eu jogava.

– Essa não era a posição a que jogavas no Sismaria?
– Não, eu sempre tinha jogado a lateral direito. Quando comecei a jogar na Selecção a pivot, até achava graça; depois, no clube, não gostei tanto. Agora é onde gosto de jogar, já não me vejo a lateral.

– A Selecção Nacional de Juniores A, onde jogas, qualificou-se agora para o Europeu. Quando foste para a Qualificação, acreditavas que iam conseguir passar?
– Eu acreditava, porque o nosso grupo está cada vez mais forte e a crescer mais. Já estive noutros grupos e acho que neste há mais coesão. O Prof. Rolando faz um excelente trabalho, tanto a nível de união de grupo, como de trabalho de pesquisa. Por exemplo, traz-nos revistas de andebol com bons artigos e vídeos de grandes jogos, para nos incentivar.

– Na Qualificação, perderam o primeiro jogo, contra a Polónia. Como ficou o estado de espírito?
– Não ficámos desmoralizados, pelo contrário. O primeiro jogo estava ao nosso alcance e podíamos ter ganho, mas perdemos por três. Acho que foi uma questão psicológica, os nervos eram muitos… Depois os outros dois jogos correram muito melhor. Temos uma boa equipa e um bom “banco”, o que é muito importante.

– Ganhaste o prémio de Melhor Jogador de Portugal na Qualificação. Como é que te sentiste quando soubeste?
– Fiquei muito contente. Não estava mesmo nada à espera, até porque não costuma haver este tipo de prémio nas Qualificações. À excepção do Andebol de praia, nunca tinha ganho nenhum prémio individual, este foi o primeiro!

– Quais são as tuas expectativas para o Europeu?
– Tenho boas expectativas e acredito que é possível uma boa classificação. A partir daqui todas as equipas são difíceis, mas conhecendo as equipas e, sobretudo, conhecendo-nos a nós, que estamos cada vez mais fortes, acredito que vamos conseguir chegar longe. Temos equipa para lutar por um bom lugar.

– De vez em quando também participas nas gravações dos Morangos com Açúcar.
– Sim, de vez em quando, quando há cenas de Andebol para gravar. Os Morangos com Açúcar estiveram connosco na Polónia, a fazer gravações e foi muito giro, foi uma experiência nova.

– Achas que o facto do Andebol ser o desporto principal desta série atrai mais gente para o Andebol?
– Eu acho que sim, porque os Morangos são uma série juvenil com muita audiência. Muitos vêem o Andebol nos Morangos, gostam, querem experimentar e acabam por ficar.

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