A caminho do Europeu com Virgínia Ganau

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Virgínia Maria Santos Ganau
Guarda – redes
Madeira Andebol Sad
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– O que sentiste ao eliminar a Polónia, no Play-Off, depois da derrota na 1ª Mão, e perceberam que estavam na Fase Final do Europeu?
– Foi uma grande emoção, foi uma sensação óptima, porque era um objectivo pelo qual lutávamos há muitos muitos anos e finalmente conseguimos atingir.

– Como foste recebida no clube onde jogas, em casa e pelos amigos?
– Logo no final do jogo tinha imensas mensagens no telemóvel, com todos a dar os parabéns, quer no local de trabalho, quer no clube, com toda a gente a felicitar-me, porque as pessoas que nos acompanham de perto sabem o quanto nós trabalhamos para conseguir este objectivo.

– Já na preparação para a Fase Final do Campeonato da Europa Macedónia 2008, Portugal esteve na Eslováquia, onde ganhou o Eslováquia Cup 2008, torneio com grandes selecções. Qual foi o segredo do vosso sucesso?
– Eu acho que o segredo do sucesso agora até ao Europeu é trabalhar muito, pôr em prática todas as tácticas que nós temos e funcionar como uma equipa dentro e fora de campo. É o essencial para atingirmos os nossos objectivos.

– Ainda antes do Campeonato da Europa, vão a Paris participar no Torneio “Île de France”, onde vão jogar com a França, Suécia e com a Espanha, que é do Grupo de Portugal na 1ª Fase do Europeu. Como encaras este torneio?
– Os jogos internacionais são muito importantes para a nossa preparação. Vamos encarar, quer o torneio, quer toda a preparação com muito optimismo. O facto da Espanha estar no nosso Grupo pode ser uma coisa boa, como uma coisa má – já jogámos muitas vezes contra a Espanha, mas é sempre bom tentarmos guardar alguns trunfos e esconder um bocadinho o nosso jogo. Estando em preparação a jogar contra uma equipa que está no nosso Grupo no Europeu, temos de preparar as coisas mas também não podemos desvendá-las todas. Isso torna-se um bocadinho complicado, mas vamos dar o nosso melhor.

– No Campeonato da Europa, Portugal está no Grupo 2 com a Ucrânia, Espanha e Noruega. Quais vão ser as vossas maiores dificuldades e, por outro lado, o que é que vai jogar a vosso favor?
– É um jogo de cada vez, logo quando chegarmos ao Europeu vamos ver como é que as coisas correm. O objectivo principal é ganhar à Ucrânia e à Espanha. Obviamente a Noruega, campeã olímpica, está num patamar mais elevado do que o nosso. O grande objectivo é mesmo ganhar um jogo para passar à próxima fase e dar o nosso melhor, sempre.

– Das três selecções, qual é, para ti, a mais difícil e a mais acessível?
– A Noruega é, sem dúvida, o adversário mais complicado – é campeã olímpica em título, vai ser a mais difícil de ultrapassar. Depois, entre a Espanha e a Ucrânia, são dois estilos de jogo completamente diferentes, a escola de leste é uma escola mais parecida com a nossa, com o jogo mais típico do sul da Europa… os dois jogos vão ser muito complicados e vamos tentar ultrapassar quer uma, quer outra equipa.

– Portugal vai estrear-se na Fase Final do Campeonato da Europa. Como é que imaginas que vai ser?
– Eu acho que, acima de tudo, vai ser vivido com muita alegria e muita emoção. É uma experiência inédita para todas nós. Algumas das que estão aqui conseguiram estar no Campeonato do Mundo de Juniores na Costa do Marfim, mas é completamente diferente. Eu penso que, se estivermos unidas e se jogarmos com alegria e dermos o nosso melhor, vamos conseguir fazer algo de muito bom.

– Como é que te sentes ao saber que fazes parte da Selecção que fez história, ao conseguir o apuramento para a Fase Final do Campeonato da Europa Seniores Femininos?
– Sinto um grande orgulho, porque já represento a Selecção Nacional há 15 anos, era algo pelo qual esperávamos já há muito e finalmente conseguimos. É um enorme orgulho.

– Até hoje, qual foi, para ti, o jogo mais marcante que já fizeste pela Selecção Nacional?
– É complicado. Acho que, quer os jogos que nos valeram o apuramento para o Campeonato do Mundo de Juniores, quer este último jogo com a Polónia, foram importantíssimos. A nível de emoções, foram muito fortes. É sempre muito honroso jogar pela Selecção.

– Tens algum hábito ou ritual que faças sempre antes do início de cada jogo?
– Não, só me benzo. Mais nada.

– E a selecção, tem algum ritual antes de cada jogo?
– Temos o nosso grito, o nosso “grito de guerra”, sempre.

– Desejos e expectativas para esta época desportiva?
– A nível pessoal, o objectivo é sempre o mesmo, é dar o meu melhor e ajudar a equipa, porque guarda-redes é sempre uma posição um bocadinho mais ingrata; na selecção, o mais marcante desta época é, sem dúvida, o Europeu e vamos dar o nosso melhor e é para isso que nos estamos agora a concentrar.

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