O ABC de Braga goza do merecido descanso… competitivo. É que a intensidade dos treinos não indicia facilitismos nem abaixamentos de ritmo. Uma paragem de duas semanas no campeonato, para Selecções, vem mesmo a calhar.
O jogo com os vizinhos do Xico Andebol ainda está longe (6 de Novembro), mas o mês de Novembro está perto. E com o 11º mês do ano, chegam as competições europeias. O ABC estreia-se na Taça Challenge, na 3ª ronda, com dois jogos na Sérvia, frente ao Radnicki de Kragujevac, a 19 e 20 de Novembro, pelas 19h00 locais (18h00 em Portugal Continental).
Antes disso, três jogos para o campeonato, para fechar a primeira volta.
A primeira paragem da época vem na peugada de uma saborosa vitória no Casal Vistoso, frente ao Sporting.
O ponta direito Rui Lourenço teve uma actuação digna de elogio. Dez golos em dez remates mas… o importante foi a vitória. “Eu costumo dizer que prefiro jogar mal e ganharmos. É bom sermos reconhecidos individualmente, mas nada suplanta o terminar um jogo com a vitória. E não é falsa modéstia, é mesmo verdade. A grande parte do meu sucesso deve-se à equipa. Eu, como ponta, dependo muito da equipa, que joga muito até fazer a assistência para eu rematar, que luta muito para conquistar um sete metros, que defende muito para lançar os contra-ataques”, refere o ponta que está no top10 dos melhores marcadores do campeonato, sendo o 4º mais eficaz.
Rui Lourenço destaca-se, também, da linha de sete metros e explica, sem rodeios, o que pensa no frente a frente com o guarda-redes adversário: “Penso que tenho que marcar golo… Penso sempre que toda a equipa esteve imenso tempo para marcar golo, não foi golo, mas deu sete metros. Portanto, tenho que marcar”.
O resultado foi expressivo (21 – 28) mas Rui Lourenço considera que “foi o culminar de muitos dias de trabalho, treinos intensos, muito bons. O reconhecimento chegou no final do jogo, na expressão do marcador. Com trabalho, pode-se sonhar com tudo e… consegue-se tudo”.
Os dez golos do Rui Lourenço ajudaram ao avolumar do marcador, num encontro que o ABC soube facilitar. “Nós tornamos o jogo mais fácil. Defendemos bem, atacamos bem e conseguimos anular os pontos fortes deles. Animicamente foi óptimo, porque agora vamos entrar nestes últimos três jogos mais moralizados e motivados. E também, porque na minha opinião, foi o nosso jogo mais completo destas oito jornadas”, explica o ponta direito, no rescaldo do jogo … da sua vida? “Não, acho que não. Foi um dos meus melhores jogos, mas acho que ainda vou fazer melhor (risos)”.
O regresso ao ABC trouxe um sabor muito doce ao camisola 17, que não esconde o sorriso, nem a emoção quando o assunto é o ABC: “Saí do ABC, porque queria e precisava jogar mais. Disse, então, que era um até já. Agora, voltar ao local onde cresci, mais maduro, com maior peso na equipa é fantástico. Voltar ao ABC, que tem uma equipa óptima, com um potencial enorme, só com jogadores ABC… é um orgulho enorme”.
Mas afinal o que é tão especial no Sá Leite? “A mística… o ABC é o ABC. Acho que nenhum clube tem a nossa mística e isso é ponto assente e acho que em nenhum clube se sente a camisola como aqui e eu tinha saudades disso. Tinha saudades de sentir aquele arrepio na barriga”, remata Rui Lourenço.
FONTE: ABC de Braga – Andebl SAD
