Não há público como o de Braga, reconhece Luís Bogas

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Depois de uma pequena pausa sem competição e de quase um mês de ausência, a bola volta a rolar no Sá Leite, no Sábado, pelas 17h00. O Xico Andebol é o adversário que quebra o jejum de andebol e que marca o início de um mês de Novembro frenético, mas que não assusta Luís Bogas:
“Estamos preparados”.

Três jogos para fechar a primeira volta, dois jogos na Sérvia a contar para a terceira ronda da Taça Challenge, e ainda o início da segunda volta do campeonato.
“São tudo jogos para ganhar e, sobretudo os do campeonato. As competições europeias, sinceramente, ainda não conhecemos bem o Radnicki e também ainda não estamos focados para essa competição. Para já, só pensamos no Xico, uma equipa com muita tradição no andebol, que o ano passado fez uma época muito boa, fez um bom campeonato e ganhou a Taça de Portugal, portanto, é uma equipa a ter em conta”, sustenta o lateral esquerdo academista.

O Xico Andebol está a realizar um campeonato insípido, mas nada que antecipe facilidades. “É um jogo, teoricamente mais acessível, mas nós esperamos um jogo difícil que queremos tornar acessível”, adianta Luís Bogas.

O andebol é pródigo em surpresas e no Sá Leite, a memória não é curta e Luis Bogas deixa o aviso: “Já tivemos este ano a experiência que não há jogos acessíveis. Quando jogamos com o Colégio 7 Fontes, pensamos que ia ser mais fácil [ndr: vitória por 27 – 30], portanto estamos mais do que avisados e preparados”.

UM MOMENTO MENOS BOM

Tantas vezes decisivo na estratégia academista, o vice-capitão atravessa um mau momento na carreira: “Estou a fazer um campeonato atribulado. Lesão atrás de lesão… Vinha com uma lesão do ano passado e, para me proteger dela, agravei outra. Já fiz quatro entorses, portanto, a nível pessoal está a correr muito mal”.

As lesões sucedem-se, e a pergunta impõem-se: Para quando o Luís Bogas das épocas passadas?
“O Luís Bogas é o mesmo, o nível é que é diferente… Sinto-me frustrado por estar limitado e não conseguir dar mais e espero voltar o mais rápido possível ao nível a que me habituei e a que habituei as pessoas, porque estou muito aquém do meu valor”.

Habituado ao reconhecimento de todos, o lateral academista dá-se mal com as limitações que o têm fustigado e não tem dúvidas na hora de apontar os pontos negativos da época 2010/2011: “Todos os dias treino com dores. São tudo momentos negativos, são todos. Hoje sinto-me motivado, porque recuperei da perna esquerda, mas há dias em que é difícil e frustrante vir treinar, porque não vou conseguir, porque vai doer. E, não é que tenha medo da dor, tenho medo de não conseguir fazer aquilo que conseguia, de não jogar como jogava e de não estar no meu nível”.

Apesar do infortúnio pessoal, Luís Bogas está muito agradado com o comportamento da equipa: “O grupo de trabalho está muito forte. A maneira que estamos a jogar, o ritmo que estamos a impor, a intensidade do treino é tudo muito elevado e isso é fantástico. O nosso jogo é muito bom”.

O vice-capitão está orgulhoso de um grupo de trabalho que honra a formação ABC. “É óptimo saber que o ABC forma jogadores com enorme qualidade. Todas as equipas em Portugal têm jogadores formados no ABC e nós não temos nenhum jogador formado fora, e temos este grupo fantástico”, explica o lateral.

O ABC treina na máxima força para a recepção ao Xico Andebol e apesar de algumas limitações, só Mário Peixoto fica de fora da convocatória. Quem está sempre convocado é o público academista que tem lugar cativo na Catedral do Andebol.

Os bilhetes já estão à venda, na Secretaria do clube, venda que se prolonga até sábado, nas bilheteiras. “Não há público em Portugal como o do ABC. São adeptos muito específicos, são pessoas muito entendidas de andebol. Vêm apoiar o ABC, mas vêm também apoiar o andebol. Há adeptos de clubes que só conhecem as camisolas, não conhecem os jogadores nem as regras do andebol. Os nossos adeptos são educados sobre o andebol. E depois, galvanizam-nos. Nós acreditamos mais por eles e com eles. O ideal era termos sempre casa cheia nos jogos… e nos treinos também . Meia casa para os treinos e casa cheia para os jogos”, idealiza Luís Bogas.

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