O Conselho Consultivo da Federação de Andebol de Portugal, órgão cujas competências estatutárias estão definidas no artigo 69.º dos Estatutos da FAP, tomou posse no passado sábado, em cerimónia que decorreu no Multiusos de Guimarães e que precedeu a realização do jogo do ‘play-off’ de apuramento para o Mundial de Espanha 2013.
O presidente da FAP, Ulisses Pereira, que pretende que o Conselho Consultivo «seja um espaço plural de intervenção e debate», deu posse ao presidente Carlos Cruz e aos restantes conselheiros, seguindo-se a primeira reunião do Órgão que começou por formular duas reflexões.
A primeira, sobre o andebol social e o papel que a modalidade pode ter junto de ex-atletas no fomento e massificação da prática da modalidade, bem com aos problemas concretos do andebol feminino da atualidade.
A segunda prende-se com as restrições e limitações financeiras à atual gestão da FAP e à necessidade de encontrar os melhores e mais adequados modelos para a prática da modalidade.
Foi formulada ainda a seguinte «RECOMENDAÇÃO», relativa à diminuição das oportunidades da prática do Desporto:
«O Conselho Consultivo (CC) da FAP, na sua primeira reunião, vem publicamente manifestar a sua preocupação com a conjugação de medidas que objetivamente diminuem as possibilidades de atividade desportiva dos jovens do nosso país.
O Conselho recomenda ao presidente da FAP que desenvolva formas diversas de esclarecimento e influencia, particularmente junto do Comité Olímpico de Portugal (COP) e da Confederação do Desporto de Portugal (CDP), bem como dos órgãos de poder, para que não se acrescentem à contenção de meios públicos de apoio ao associativismo, medidas de diminuição da prática da Educação Física e do Desporto Escolar, contribuindo para um ambiente propício para o sedentarismo e à diminuição significativa de estímulos e oportunidades da prática desportiva».
Naquela que foi a sua primeira reunião, o CC refletiu ainda sobre a forma de funcionamento do órgão e debruçou-se sobre outros temas do Andebol português: seu posicionamento e desenvolvimento no atual contexto desportivo, económico, político e social.
Recorde-se que o Conselho Consultivo da FAP, cuja constituição é da responsabilidade da Direção, é presidido por Carlos Cruz. Os restantes elementos são Ângelo Pintado, António Canelas, António Cunha, António Trinca (APAOMA), Célia Afra, Idália Serrão, Irene Henriques, Irineu Moreira (ATAP), João Correia, Jorge Dias, Jorge Rodrigues, José Carlos Correia (ANCANP), José Emídio, Juliana Sousa, Paula Marisa Castro, Rui Almeida, Rui Coelho, Sidónio Violante e Tiago Silva (AJAP).
