Portugal repete vitória frente à Ucrânia e mantém-se no caminho para a Polónia

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Portugal venceu esta tarde a Ucrânia por 34-24 em jogo da quarta jornada do grupo 5 da fase de qualificação para o Campeonato da Europa – Polónia 2016, repetindo assim o triunfo (26-32) conseguido a meio da semana em Brovary.

Com este resultado, a formação lusa – a quem falta defrontar a Hungria, em casa, e a Rússia, fora – continua a depender exclusivamente de si própria para assegurar o apuramento para o Europeu da Polónia, para o qual se qualificam os dois primeiros de cada grupo de qualificação e o melhor terceiro.

Portugal iniciou o jogo com Alfredo Quintana na baliza; Pedro Portela e Fábio Antunes nas pontas; Gilberto Duarte, Rui Silva e João Ferraz ao centro e José Costa na posição de pivô. Nas situações defensivas, José Costa e Rui Silva davam lugar a Bosko Bjelanovic e Ricardo Pesqueira que, bem cedo, foi admoestado com a primeira exclusão.

Portugal entrou bem na partida (3-0) e foi dos portugueses a primeira vantagem de quatro golos (6-2). Pouco depois, revés para a equipa técnica portuguesa com a segunda exclusão a Ricardo Pesqueira. Gilberto Duarte, tocado na sequência de uma jogada em que faturou mais um golo, deu lugar a Fábio Magalhães. Depois Portugal abandonou o sistema defensivo que vinha utilizando «6: 0» passando ao «5:1» com Rui Silva mais adiantado. Ao minuto 20, e a vencer por 13-9, mexida na equipa lusa com a entrada de Tiago Pereira e Pedro Spínola, primeiro, e Nuno Grilo – excluído poucos segundo depois – para defender. Na baliza, Quintana deu lugar a Ricardo Candeias que, praticamente, se estreou defendendo um livre de sete metros. Aos 24 minutos, do sete inicial, restavam os pontas Pedro Portela e Fábio Antunes, pois Jorge Silva também já estava em campo.

A equipa lusa rubricou depois um período muito interessante, com jogadas muito bem finalizadas, que lhe permitiram passar o marcado de 13-10 para 18-11. O intervalo chegou com Portugal a vencer por 19-12.

Portugal entrou no segundo tempo com o mesmo sete que tinha finalizado a primeira parte, utilizando Tiago Pereira, Pedro Spínola e José Costa no ataque, nos lugares de Grilo, Jorge Silva e Bosko Blelanovic.

O domínio de Portugal foi-se acentuando e o marcador refletia isso mesmo. Dez golos de vantagem (25-15), aos 38 minutos, davam a entender o final da história. Nessa ocasião, e após uma bola na dara, Candeias deixou a baliza, regressando Alfredo Quintana. António Areia rendeu Pedro Portela e pouco depois verificou-se o regresso de Gilberto Duarte, que tinha saído tocado ainda na primeira parte.

José Costa foi desqualificado aos 49 minutos (29-18), pouco depois do técnico ucraniano solicitar um ‘time-out’, e a partida entrava num ritmo morno, com os jogadores de ambas as equipas a adivinharem o desfecho final. Os ucranianos ainda aproveitaram para reduzir a desvantagem até ao 34-24 final.

Fábio Antunes, com 10 golos em 11 remates (91% de eficácia), foi o melhor marcador da partida.

ROLANDO FREITAS
Uma vitória sem dúvidas”

Rolando Freitas começou por fazer a habitual apreciação à partida.”“Foi uma vitória sem qualquer dúvida por parte de Portugal, como já tinha acontecido na Ucrânia”, recordou o selecionador nacional para reconhecer que “aqui conseguimos o objetivo com maior brilhantismo e com uma exibição melhor conseguida”.

Para o selecionador nacional, “hoje conseguimos 19 golos em 30 minutos, o que mostra o nosso acerto ofensivo, e mostra também que encontrámos semrpe as melhores soluções. Falhámos um ou outro remate que ainda nos podia ter dado uma vantagem maior mas a verdade é que estivemos sempre muito seguros. Os centrais, quer o Rui Silva quer o Tiago Pereira, conduziram sempre muito bem o jogo, defendemos bastante melhor que no jogo da Ucrânia. Começámos por utilizar o «6:0» já que eles no primeiro jogo tinham mostrado pouca força no remate exterior e eles apareceram cá com um pouco de remate exterior, alteramos isso, em função do que o adversário estava a fazer e alteramos para «5:1» e essa foi uma decisão importante para conseguirmos depois dar o salto no marcador e chegar a ter uma vantagem de 13 golos”.

Rolando Freitas continuou referindo que “ao intervalo estavamos convencido que podíamos vencer, mais convencidos ainda do que no início do jogo, e foi assim que entramos. Dilatámos a vantagem, chegamos a ter 13 golos de vantagem e, depois, houve ali uma fase que coincidiu com a altura em que fomos castigados com algumas exclusões, houve uma fase, dizia, em que achavamos que o jogo estava decidido a nosso favor. Não houve dslimbramento dos jogadores, muito menos desleixo ou pouco empenho mas é uma coisa natural quando estamos a ganhar por 13 golos. Foi uma vitória sem dúvidas e muito importante”.

EVITAR O PLAY-OUT PARA 2018

E o selecionador nacional explicou depois porque é que esta vitória foi duplamente importante.

“Com estas duas vitórias evitamos definitivamente o ‘play-out’ para o campeonato da Europa de 2018. Ou seja, Portugal garante, pelo menos, o terceiro lugar do grupo e esta posição dá qualificação direta para a segunda fase do Campeonato da Europa de 2018. As equipas colocadas em quarto lugar vão ter de participar num ‘play-out’ a disputar em Abril do próximo ano, já não será, nunca, o nosso caso.”

FÁBIO ANTUNES
“Ganhámos e isso era o mais importante”

Fábio Antunes foi o melhor marcador da partida e chegou à sala de imprensa com grande serenidade. “Foi bom… Ganhámos e isso era o mais importante” referiu com toda a naturalidade Fábio Antunes, o melhor marcador da partida. “Estivemos melhor defensivamente e conseguimos fazer o nosso contra-ataque e isso tornou mais fácil o jogo. Jogamos sempre para ganhar, para dar o nosso máximo e alcançar o nosos objetivo que é estar no Europeu. Estas vitórias dão-nos ainda maior confiança porque acentuam as nossas possibilidades de nos apurarmos”. A chave do sucesso, para Fábio Vidrago, esteve na defesa.“Defendemos bem e isso permitiu-nos sair melhor para o contra-ataque”. Sobre os 10 golos que apontou, respondeu de forma simples. “É sinal de trabalho e que hoje as bolas ‘caíram’ mais para o meu lado”, finalizou.

O boletim de jogo pode ser consultado em anexo

Indicamos abaixo o calendário relativo ao grupo 5, que encerra a particularidade do jogo entre a Rússia e a Ucrânia, relativo à primeira jornada, ainda não se ter realizado, estando agora agendado para o próximo dia 10 de Junho, conforme noticia publicada no sítio da EHF ver aqui.

CALENDÁRIO DO GRUPO 5:

– 1.ª jornada:
29.10.2014 – Hungria : PORTUGAL, 31-30 (19-15)
28.04.2015 – Rússia : Ucrânia (adiado para 10/6)

– 2.ª jornada:
02.11.2014 – PORTUGAL : Rússia, 29-34 (12-18)
02.11.2014 – Ucrânia : Hungria, 20-33 (9-15)

– 3.ª jornada:
30.04.2015, 16h00 – Ucrânia : PORTUGAL, 26-32 (12-17)
30.04.2015 – Rússia : Hungria, 23-27 (8-15)

– 4.ª jornada:
02.05.2015 – Hungria : Rússia, 29-25 (15-11)
03.05.2015 – PORTUGAL : Ucrânia, 34-24 (19-12)

– 5.ª jornada:
10.06.2015 – 20.15 h. – Santo Tirso – PORTUGAL : Hungria
11.06.2015 – Ucrânia : Rússia

– 6.ª jornada:
13.06.2015 – Hungria : Ucrânia
14.06.2015 – Rússia: PORTUGAL

CLASSIFICAÇÃO

1.º Hungria, 8 pontos (4 jogos)
2.º PORTUGAL, 4 pts. (4 jogos)
3.º Rússia, 2 pts (3 jogos)
4.º Ucrânia, 0 pts (2 jogos)

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