Portugal em quarto lugar na Yellow Cup após derrota com a Áustria

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Portugal perdeu esta manhã com a Áustria por 34-30, em jogo de atribuição dos terceiro e quarto lugares da 44.ª edição do «Yellow Cup», competição que contou com as presenças de Tunísia, Suíça, Portugal e Áustria. Ao intervalo Portugal perdia por 16-14, mas o resultado final não reflete o equilíbrio que marcou todo o encontro.

Portugal entrou a defender com Alfredo Quintana; Fábio Antunes, Pedro Portela, Jorge Silva, Bosko Bjelanovic, Tiago Rocha e Gilberto Duarte. Nas ações atacantes saía Bosko Bjelanovic que cedia o seus lugar a Rui Silva.

O jogo iniciou-se com as duas equipas a não mostrarem grande acerto nas ações ofensivas e Portugal a desperdiçar os três primeiros ataques, faturarando o seu primeiro golo aos quatro minutos, por intermédio de Gilberto Duarte (1-1). Depois de um período em que o comando do marcador pertenceu aos austríacos, Tiago Rocha marcou por duas vezes e passou Portugal para a frente aos nove minutos (4-5). Mas o jogo mantinha o equilíbrio que o marcador espelhava nas várias igualdades que se registaram até ao minuto 12 (6-6). Ricardo Pesqueira foi a primeira opção para Rolando Freitas para, um pouco depois, acontecerem as habituais substituições dos pontas, com as entradas de António Areia e Pedro Solha.

Rui Silva adiantou Portugal aos 16 minutos (7-8) e pouco depois, a perder por 8-9, o técnico da Áustria solicita o primeiro ‘time-out’. E não foram precisos mais de dois minutos para a sua equipa regressar ao comando do marcador (10-9, aos 20 m.). Nessa altura, já Cláudio Pedroso e Miguel Martins estavam em campo. Do sete inicial, restavam nessa ocasião Alfredo Quintana e Gilberto Duarte. E aproveitando uma imprecisão do ataque luso, a Áustria conquistou uma vantagem de dois golos (11-9).

À entrada dos cinco minutos finais, e a perder por 13-11, foi a vez de Rolando Freitas parar o jogo para deixar as indicações para o que faltava do primeiro tempo. Quando soou o apito que anunciava o final do primeiro tempo, e já com Fábio Magalhães em campo, a Áustria vencia por 16-14.

BOA ENTRADA NO SEGUNDO TEMPO

Para a segunda parte Portugal regressou com Alfredo Quintana, Fábio Antunes, Pedro Portela, Gilberto Duarte, Jorge Silva, Ricardo Pesqueira e Tiago Rocha, com Rui Silva a entrar par ao lugar de Pesqueira nas ações de ataque. Rapidamente o seleccionado luso deu a volta ao marcador e passou para o comando (16-17) aos 32 minutos. O equilíbrio mantinha-se e, com um a igualdade a 18 aos 38 minutos o treinador da Áustria solicitou um ‘time-out’.

Pouco depois, Portugal regressou ao comando do marcador, com um contra-ataque concretizado por Gilberto Duarte. Golo cá, golo lá…o jogo estava vivo e as igualdades sucediam-se. Rolando Freitas mexeu na equipa, fazendo entrar Ricardo Candeias e José Costa. A seguir, a troca dos pontas, com a saída de Portela e Vidrago, numa altura (50 m.) em que se registava um empate a 26 golos. Na baliza, Ricardo Candeias segurou o empate por duas vezes dentro do minuto 49. Pouco depois, foi o técnico austríaco a parar o jogo. Com um remate muito feliz de Kandolf Thomas, a Áustria ampliou a vantagem para dois golos (29-27) e o jogo ganhou maior velocidade nos cinco minutos finais (30-29). Portugal desperdiça um livre de sete metros que poderia dar a igualdade a 30 e, na resposta, a Áustria conquista também um livre de sete metros – de que resultou o ampliar da vantagem para dois golos (31-29) – e uma exclusão a Tiago Rocha. Com pouco mais de dois minutos para jogar, Portugal correu atrás do prejuízo e o adversário aproveitou para conquistar uma vantagem de quatro golos (33-29) que, de maneira alguma, espelhava o que foi o jogo. Antes do apito final, Areia ainda reduziu mas Cristian Hallman fixou o resultado final (34-30), selando a vitória da Áustria, formação que desde 2010 participou em duas fases finais de Europeus (2010 e 2014) e outras tantas de Mundiais (2011 e 2015).

TUNÍSIA VENCE FINAL

A Tunísia chamou a si a vitória no torneio ao ganhar a final à Suíça por expressivo 37-29. Ao intervalo, os africanos já ganhavam por 20-15.

Os boletins de jogos, filmes das partidas e estatísticas podem ser consultados em www.handball.ch, em Liveticker – Jetz live.

ROLANDO FREITAS, SELECCIONADOR NACIONAL
«Acusámos algum cansaço frente a equipas que estão
a poucos dias de disputar a qualificação para o ‘play-off’ de acesso ao Mundial»

No final da partida, o seleccionador nacional fez a habitual abordagem ao jogo frente à Áustria e, também, uma abordagem à presença lusa neste torneio.

«Foi um bom jogo. Um jogo muito intenso, a exemplo do que sucedeu com todas as outras partidas do torneio e em que cada seleção marcasse na globalidade mais de 60 golos no conjunto dos dois jogos», começou por referir Rolando Freitas.

«Foi um jogo muito intenso, mais do que o de véspera, em termos de velocidade de jogo, e nós entrámos melhor em termos defensivos mas, no final da primeira parte, perdemos alguns lances ofensivos que permitiram à Áustria fazer alguns contra-ataque, concretizados em golo, e fosse para o intervalo na frente»

Rolando Freitas reconhece que, no segundo tempo, «voltámos a entrar bem, a acertar em termos defensivos mas depois notou-se aquilo que já se tinha feito sentir de véspera, fruto da nossa preparação reduzida para este torneio – acusámos um pouco de cansaço em função do ritmo de jogo, perante equipas que daqui a alguns dias estão a jogar a qualificação para o ‘play-off’ para o qual nós já nos apurámos», sustenta Rolando Freitas para depois referir que «estamos contentes, não pelo resultado do jogo mas pelo que fizemos durante a partida. Temos a certeza que os processos estão no bom caminho»

PRESENÇA POSITIVA

Abordando o torneio de uma forma mais global, Rolando Freitas reconhece que a presença de Portugal nesta edição da Yellow Cup foi positiva dentro dos objetivos que presidiram à deslocação.

«Estes dois jogos foram muito importantes. Isto porque, para a maioria dos jogadores convocados, há um espaço de tempo grande entre a última paragem dos seus campeonatos nacionais a nível de clubes e este torneio, o que não sucede com os dois adversários que defrontámos aqui e que, como referi, estão já na reta final da preparação para jogos do ‘play-off’ de apuramento para o Mundial». E é importante, segundo Rolando Freitas, porque «foi mesmo fundamental disputar estes jogos, ganhar ainda mais experiência internacional e avaliar comportamentos e procedimentos. É fundamental sabermos o que ainda temos de fazer evoluir». E o seleccionador nacional aponta um exemplo. «Temos de fazer evoluir a nossa defesa, temos de fazer melhor em termos defensivos e ser mais regulares ao longo de cada jogo. São as duas questões que queremos melhorar nos jogos seguintes com a Islândia.»

Projetar aquilo que vai ser o trabalho nos dias que restam de estágio na Islândia e os jogos com essa seleção que vai estar no Mundial, leva Rolando Freitas um pouco atrás para voltar a falar da Yellow Cup.

«Nós, sabendo que a maior parte dos jogadores que constituem o grupo não estava nas melhores condições físicas, fizemos uma gestão alargada da sua utilização nos jogos. O que, por vezes leva a que possa haver alguma quebra nalgum momento de jogo. De qualquer forma, é um dado adquirido que temos de fazer evoluir o desempenho da nossa defesa, algo que tenho vindo a referir ao longo do tempo. Estamos nesse caminho e vamos apontar para essa fase para que, no tempo que temos para trabalhar, incluindo os dois jogos, fazermos algo melhor em termos defensivos, sabendo que vamos apanhar pela frente um adversário que está prestes a começar o campeonato da Europa e, por isso mesmo, em muito bom nível»

DEPOIS DA YELLOW CUP, DOIS PARTICULARES NA ISLÂNDIA

Cumprido o compromisso da «Yellow Cup», a comitiva ruma esta segunda-feira a Reykjavic onde, nos dias 6 e 7, Portugal defronta a Islândia, formação que se encontra na fase final de preparação para o Campeonato da Europa da Polónia, a disputar a partir de 15 de Janeiro, e onde os islandeses integram o grupo B, juntamente com a Croácia, Bielorrússia e Noruega.

Miguel Martins regressa, entretanto, a Portugal, a fim de participar no Torneio das Quatro Nações, enquanto Tiago Pereira integra a comitiva para os jogos na Islândia.

O regresso a Portugal está agendado para o dia 8 de Janeiro.

CALENDÁRIO DA «44.ª YELLOW CUP»:

– Dia 2 de Janeiro, sábado:

16h30 – Tunísia-Áustria, 34-29 (19-13)
19h00 – Suíça-PORTUGAL, 33-31 (15-16)

– Dia 3 de Janeiro, domingo:

13h00 – Apuramento de 3.º/4.º classificados – Áustria-Portugal, 34-30 (16-14)
15h30 – FINAL – Tunísia-Suíça, 37-29 (20-15)

NOTA – Menos uma hora em Portugal Continental.

Todas as informações sobre o torneio em Yellow Cup.

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