Foi Glasgow que recebeu o Congresso da Federação Europeia de Andebol, entre os dias 19 e 20 de Junho, no qual marcaram presença, Pedro Sequeira, Vice-Presidente da Federação de Andebol de Portugal, Ulisses Pereira, Diretor para as Relações Institucionais e Leonor Mallozzi, do Departamento de Relações Internacionais.
O Congresso da EHF, que decorreu em Glasgow, teve muitas resoluções, especialmente no que diz respeito a atribuições dos Campeonatos da Europa.
EHF Euro 2022 Masculino na Hungria e Eslováquia
Os dois países destronaram França, Espanha e Bélgica, na corrida para a realização do segundo Campeonato da Europa com 24 equipas, após uma apresentação de grande destaque, as Federações decidiram atribuir a organização à Hungria e Eslováquia. Estes dois países já têm experiência na organização de Campeonatos Europeus de camadas jovens, tendo a Hungria sido já co-organizadora do EHF Euro 2014 Feminino com a Croácia.
EHF Euro 2022 Feminino na Eslovénia, Macedónia e Montenegro
Pela primeira vez, um Campeonato da Europa Feminino será organizado por três países, em Dezembro de 2022. A Capital Verde da Europa, Ljubljana, na Eslovénia, receberá encontros na Arena Stozice, com capacidade para 12,480 espectadores, ao passo que, Skopje, Capital da Macedónia, terá como palco principal a Arena Boris Trajkovski, que tem 6,173 lugares. Também na Eslovénia, a casa do RK Celje Pivovarna Lasko, que disputa a EHF Champions League, em Celje, será um dos locais de eleição, com mais de 5 mil lugares. No terceiro país, Podgorica – Capital de Montenegro, receberá no famoso Moraca Hall alguns jogos deste Campeonato da Europa Feminino, em 2022.
EHF Euro 2024 Masculino na Alemanha
A Federação Alemã de Andebol derrotou a candidatura conjunta da Dinamarca e Suíça, e será pela primeira vez organizadora de um Campeonato da Europa Masculino, que terá 24 equipas e que também será acolhido apenas por um país. Em 2017, os alemães acolheram o Campeonato do Mundo Feminino, com mais de 320 mil espectadores e um final de semana esgotado no Barclaycard Arena, em Hamburgo. Já o Campeonato da Europa Feminino de 2024 não teve licitações, sendo os direitos organizacionais passados para o Comité Executivo da EHF.
Congresso de 2021 no Luxemburgo
A Federação Luxemburguesa de Andebol será a anfitriã do próximo Congresso, nos dias 23 e 24 de Abril, em 2021.
Presidente da EHF propõe Campeonato do Mundo com 32 equipas
Michael Wiederer, Presidente da Federação Europeia de Andebol, apresentou uma ideia de expansão do Mundial já a partir de 2021, sendo que o Campeonato da Europa, agora alargado, contará com 24 equipas de grande nível europeu, que podem alavancar o Campeonato do Mundo e trazer-lhe mais qualidade e diversidade.
Sanções ao Qatar a partir de 1 de Janeiro de 2019
Também o Presidente da EHF, Michael Wiederer, anunciou que devido à falta de pagamentos à EHF Marketing GmbH, por parte do Comité Organizador do Campeonato do Mundo em 2015, haverá uma cessação de cooperação entre as nações europeias e o Qatar.
Convenção de Rinck assinada
Bósnia Herzegovina e Kosovo aderiram à Convenção de Rinck que garante o reconhecimento mútuo de padrões e certificados de formação de treinadores.
Moções
1 – No futuro, a partir de 2021, o Congresso da EHF será realizado em anos ímpares, harmonizando assim as datas com o cronograma do Congresso da Federação Internacional de Andebol.
2 – A posição de Tesoureiro será renomeada como Vice-Presidente Financeiro.
3 – A fim de assegurar uma representação justa e igual, em ambos os sexos, na Comissão de Competições, será criada uma nova posição para as competições femininas.
4 – A EHF procederá à criação de uma nova estrutura de modo a promover uma representação equitativa, num sistema equilibrado e harmonizado, envolvendo pessoas de ambos os géneros no Comité das Nações, Conselho das Nações e Conselho de Andebol Feminino.
5 – Aprovação do limite de idade para os membros do Comité Executivo da EHF, passará aos 70 anos, no entanto, poderá sofrer uma prorrogação até quatro anos.
6 – Inclusão nos estatutos da EHF da vertente de Andebol em Cadeira de Rodas.
7 – Aprovação de parcerias sem fins lucrativos por parte da Federação Europeia de Andebol.
8 – Alteração dos Estatutos para que o Comité Executivo da EHF modificasse o Catálogo de Sanções Administrativas – não aprovada.
9 – Moção da Federação de Andebol da Noruega – não aprovada.
10 – Criação de um papel de “iniciador de processos” no Tribunal de Andebol da EHF para que os interesses estejam protegidos da divulgação aos stakeholders, proposto pela Federação Irlandesa de Andebol.
11 – Criação de um novo orgão para decidir a compensação de futuros Presidentes da EHF, constituído por Jean Brihault (FRA), Henrik La Cour (DEN) e Robert Prettenthaler (AUT).
12 – Proposta lançada pela Federação de Andebol da Eslovénia, que visa a profissionalização da arbitragem e esclarecimentos sobre jogo passivo, falta ofensiva, lançamento inicial e interrupção de jogo – sem votação, tópicos levantados para discussão futura.
13 – Proposta da Federação Sueca de Andebol sobre a publicidade na roupa dos atletas, pedindo esclarecimentos e implementação de mudanças – aprovada.
Prémios para as Nações
Melhor Classificação de uma Nação, em 2016: Alemanha
Nação melhor classificada em Andebol de Praia, em 2016 e 2017: Espanha
Melhor Classificação de uma Nação, em 2017: França
Prémio para a Organização de três ou mais eventos: Portugal, Gergia, Lituânia, Croácia, Dinamarca e Suécia.
Acordo do EHF Euro Cup assinado
As Federações da Suécia, Áustria, Noruega e Espanha assinaram o acordo do EHF Euro Cup, que acontecerá em Outubro de 2018, na mesma altura que as qualificações do EHF Euro 2020.
Pedro Sequeira, Vice-Presidente da Federação de Andebol de Portugal, realçou a capacidade organizativa de Portugal e o orgulho em receber este reconhecimento, “Para Portugal é sempre um orgulho reconhecerem a nossa capacidade de organização de eventos de andebol. Sabemos que os países e a EHF valorizam muito esta nossa capacidade e fazem sempre questão de nos dizerem, seja de forma informal ou formal, como foi agora com a atribuição do prémio. Se há coisas que o andebol português se pode orgulhar desde há muitos anos (mesmo antes de existir EHF) é deste permanente reconhecimento.”
Como balanço geral, Pedro Sequeira considera que o Congresso foi muito positivo, “O Congresso correu de forma muito intensa, mas num ambiente muito calmo e positive com todos os países a empenharem-se para que as decisões fossem bem ponderadas, o que realça a segurança com que a Europa trilha o seu caminho. Um dos momentos mais marcantes diria que foi quando o Presidente da EHF, em pleno congresso, sugeriu ao Presidente da IHF que os futuros Mundiais passassem a ter 32 países para que assim menos países europeus ficassem de fora, tendo em conta que muitos países fortes correm o risco de ficar. Na minha opinião uma decisão neste sentido poderia ser muito interessante para países como Portugal. Outra decisão fundamental para nós foi a inclusão nos estatutos do Andebol em Cadeira de Rodas. sendo que, há muitos anos que a Federação aposta nesta vertente pelo que a partir de agora está aberta a possibilidade de termos Campeonatos de Europa e desta vertente poder um dia ser modalidade paralímpica. Por outro lado permite a outros países conseguirem agora mais facilmente incluir esta vertente dentro das suas federações. Arrisco-me a dizer que todas as moções e decisões tomadas neste congresso representam desafios interessantes para todos os países, incluindo o nosso, pelo que são de impacto positivo.”
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