O ABC/UMinho venceu este fim de tarde o Sport Lisboa e Benfica por 32-30, após prolongamento, no quinto jogo da final do «play-off» de atribuição do título nacional de andebol sénior masculino. Ao intervalo os bracarenses perdiam por 13-16, lograram o empate a 28 a pouco mais de 10 segundos do final e, no prolongamento, foram mais eficazes e mais felizes.
Foi um pavilhão Flávio Sá Leite com a lotação esgotada bem antes do apito inicial, o que levou muito publico a ficar fora do recinto, por questões de segurança impostas pelas forças policiais.
A primeira vantagem de dois (5-3), aos seis minutos, favoreceu o ABC mas o S.L. Benfica rapidamente empataria a cinco. O jogo foi depois interrompido aos 16 minutos, por curtos espaço de tempo, e o S.L. Benfica passou pela primeira vez frente do marcador aos 17 m. (7-8), O Benfica consegue aos 22 minutos uma vantagem de dois golos (9-11) e pouco depois, a perder por 9-12 (24 m.) Carlos Resende solicita o primeiro time-out. Mariano Ortega responde a seguir, aos 25m21s., quando a sua equipa vencia por 10-12.
Em cima do intervalo, o ABC desperdiçou um livre de sete metros (nota – durante toda a partida dispôs de cinco é apenas concretizou um) e foi para o descanso a perder por 13-16.
O S.L. Benfica abriu o segundo tempo a ampliar a vantagem, mas o jogo mantinha-se intenso, com golo cá, golo lá. Pedro Spinola reduziu para 15-17, em cima do minuto 32, e o jogo continuava aberto mas sempre com o S.L. Benfica no comando do marcador, Com 15-18, a formação da casa volta a desperdiçar um livre de sete metros mas, pouco depois, Fábio Vidrago aproxima as equipas (16-18), numa altura em que Carlos Resende já tinha lançado Emanuel Silva na baliza bracarense.
A vencer 18-19, aos 39 minutos, Mariano Ortega solicita o seu primeiro time- out do segundo tempo. A meio da segunda parte, e após nova falha do ataque bracarense, o Benfica cavou a maior diferença (19-23). Mas não fugiu mais e foi o ABC que, sempre apoiado pelo público, voltou a aproximar-se. Quando aos 48 minutos Carlos Resende solicitou paragem da contagem do tempo de jogo, a sua equipa perdia por 21-24. Com 23-25, e a nove minutos do final, Mariano Ortega troca de guarda redes e faz regressar Hugo Figueira. Que, de imediato, defende (mais) um livre de sete metros e coloca ainda maior pressão sobre o ABC que, a oito minutos do final, via -se a perder por três (23-26). A outra baliza também já estava de novo entregue a Humberto. O ABC adiantou a sua defesa, jogava contra o tempo, arriscou tudo e entrou nos cinco minutos finais a perder por quatro. O ABC assusta, quando a três minutos do final ainda faz o 25-27 “obrigando” Mariano Ortega a solicitar um derradeiro time-out. Os bracarenses reduzem para 26-28 , aos 28 minutos e, logo de seguida, Nuno Grilo faz o 27-28. O pavilhão estava ao rubro. O ABC desperdiça o ataque e é o S. L. Benfica que fica de posse da bola à entrada do último minuto, gere o tempo de jogo -estava a vencer por 27-28. A perca de bola permitiu a Nuno Grilo empatar a 10 segundos do final e levar o o jogo para prolongamento.
Aí, e com uma grande intensidade a marcar os 10 minutos finais, foi mais feliz e eficaz o ABC. Que até começou mal, desperdiçando (mais) um livre de sete metros que Hugo Figueira, em excelente momento, defendeu. Depois foi a vez do outro guarda redes, Humberto Gomes, se mostrar e sacar uma bola aos seis metros. Seara passa a equipa para a frente (29-28) e Pedro Spinola dá mais algum descanso quando faz o 30-28. Ferro ainda reduziu, com uma entrada da ponta, fixando o resultado (30-29) com que as duas equipas foram para o segundo tempo do prolongamento.
Aí, o ABC manteve a defesa muito adiantada, Pedro Spínola volta a faturar, mantendo a vantagem em dois golos (31-29). Hugo Figueira volta a negar o golo numa situação aos seis metros eo S.L. Benfica reduz para 31-30. Com 1m20s. para jogar é o ABC que tem a posse de gola que tenta gerir da melhor forma. E é Pedro Spínola quem acaba por sentenciar a partida, fazendo o 32-30 a um minuto do fim. Até ao derradeiro apito, ainda deu tempo para Humberto se mostrar e suster um remate da ponta do S.L. Benfica.
Seguiu-se a natural festa dos adeptos da casa, que festejaram um título que lhes fugia há nove anos, recebendo o troféu das mãos do diretor executivo da Federação de Andebol de Portugal, Miguel Fernandes.
Nuno Grilo, com oito, e Pedro Spínola, com sete golos, foram os melhores marcadores do ABC. Do lado do S.L. Benfica, pontuaram Belone Moreira, cinco goos, e João Pais e Elledy Semedo, com quarto.
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