Os portugueses aterraram em Gdańsk com a missão de conquistar os dois pontos e dar um passo importante na qualificação para o próximo Campeonato da Europa. A Seleção Nacional A Masculina não conseguiu superiorizar-se à Polónia que se transcendeu frente aos mais de 9.000 adeptos que se fizeram ouvir na ERGO Arena. A missão lusa segue em Odivelas, este domingo, pelas 17h30.
7 Inicial: Gustavo Capdeville, Diogo Branquinho, Gabriel Cavalcanti, Rui Silva, João Gomes, Pedro Portela e Luís Frade.
Na ERGO Arena, em Gdańsk, foi a equipa da casa a começar com bola mas a trave foi amiga de Portugal e, na resposta, Gilberto Duarte inaugurou o marcador, naquele que foi o seu regresso à Seleção Nacional A Masculina praticamente um ano depois. Apesar de ter sofrido golo na sequência, no primeiro ataque organizado, João Gomes foi letal e levou o jogo a 2-1 mas a inversão foi inevitável, com os polacos a liderarem no arranque do encontro.
Gabriel Cavalcanti na sua primeira internacionalização conseguiu a sua estreia como marcador após uma excelente assistência de João Gomes, mas a Polónia manteve a toada (5-4) à chegada aos 10 minutos. Pouco tempo depois, os Heróis do Mar conseguiram estar melhor, e o jovem lateral direito português conseguiu colocar os lusos na liderança (6-7).
A equipa de leste voltou a passar para o comando embora por poucos instantes, já que as igualdades foram constantes no marcador, sem que nenhuma das equipas se conseguisse distanciar. Telmo Ferreira levou a cabo uma troca na baliza lusa, fazendo entrar Diogo Valério, mas a toada manteve-se.
Os três golos de vantagem da Polónia acabaram por acontecer, à passagem do minuto 23, pela mão de Marek Marciniak, que levou o placar a 12-9. Os comandados de Paulo Pereira conseguiram reduzir mas quem acabou por parar o encontro foi a equipa da casa, com Michal Skórski a levar o cartão verde à mesa. Portugal conseguiu chegar à margem mínima, com um grande contributo de Daymaro Salina, mas a Polónia não tirou o pé do acelerador e recolheu aos balneários com dois golos de vantagem.
Intervalo: 16-14
Na entrada para a segunda metade, Portugal entrou com todas as armas e Luís Frade acabou por fazer regressar a igualdade ao marcador, com apenas três minutos jogados, a 17 golos. O encontro seguiu com igualdades sucessivas até ao 20-20 mas com novo parcial de 3-0, a Polónia conseguiu passar para a dianteira e forçou um pedido de time-out por Paulo Pereira.
João Gomes conseguiu reduzir para dois golos de diferença (24-22) mas a Polónia manteve a consistência e o lateral registou nova margem mínima, com o placar a assinalar 27-26. Um novo parcial da formação da Europa de leste levou o jogo aos quatro golos de diferença (31-27) quando faltavam pouco mais de 10 minutos para o final.
Daymaro Salina iniciou a recuperação portuguesa e Pedro Portela respondeu da mesma forma, na conversão de um livre de 7 metros, reduzindo a distância para dois (31-29). Os polacos foram mantendo a vantagem e, com hipótese de empatar, Leonel Fernandes acabou por falhar mas quem não falhou foi Gilberto Duarte que colocou o encontro pela margem mínima (34-33).
Gustavo Capdeville com uma defesa deu a Portugal o ímpeto para empatar a partida, a 90 segundos do final, e Daymaro Salina fez a igualdade mas o mesmo atleta acabou por fazer falta e os polacos capitalizaram da marca dos 7 metros e Paulo Pereira colocou o seu último time-out na mesa. António Areia conseguiu marcar ao cair do pano e nem um time-out do adversário mudou o empate no marcador.
Resultado Final: 36-36
MVP & Top Scorer: João Gomes – 7 golos (100% eficácia)
Paulo Pereira, Selecionador Nacional, analisou as fases do jogo e não pode deixar de referir as ausências de diversos jogadores devido a lesões nas últimas semanas mas continua a sentir um orgulho imenso neste grupo: “Neste jogo, tivemos apenas dois defensores centrais de raiz [em virtude da onda de lesões] e, improvisámos com o Luís Frade e com o Gilberto Duarte, que fez um jogo extraordinário, juntamente com o João Gomes. Acabámos por deslocalizar alguns jogadores na defesa, tivemos algumas dificuldades, sobretudo na recuperação. Nós sabíamos tudo do que eram os duelos da Polónia, e acho que no próximo jogo podemos melhorar essa relação na defesa, até porque é mais um jogo e eu creio que, à medida que o tempo vai passando, podemos melhorar um pouco o rendimento defensivo. Acho que, de uma forma geral, o nosso ataque esteve espetacular, creio que até o 7×6 com, mais uma vez, jogadores deslocalizados das suas posições originais. E, mais uma vez, estou muito orgulhoso deste grupo de atletas que, quando é chamado a lutar, está sempre presente.”
Sobre a lotação esgotada em Odivelas, o técnico acredita que os adeptos portugueses podem ser o fator chave para catapultar Portugal para uma nova qualificação: “Nós aqui [em Gdańsk] jogámos contra nove mil pessoas, portanto, as nossas duas mil têm que fazer muito mais pressão aos polacos do que os nove mil que tiveram aqui a torcer pela Polónia. Se assim for, é garantido que nós vamos qualificar em Odivelas.”
João Gomes reconheceu algum mérito do adversário e demérito da prestação defensiva mas acredita que, apesar das ausências, os Heróis do Mar vão festejar em Odivelas: “Foi complicado jogar fora, acho que a Polónia jogou muito bem e acho que não conseguimos estar no nosso melhor principalmente na defesa. Agora é pensar já no próximo jogo em Portugal para ver se conseguimos um bom resultado. O nosso objetivo é a qualificação, mas estar com nove atletas lesionados não é fácil, há muitos jogadores mas penso que vamos fazer um jogo ainda melhor em Odivelas”
Portugal regressará a jogo, este domingo, frente à Polónia, em Odivelas, num encontro com lotação esgotada. O pedido de acreditação para o jogo em Odivelas deve ser feito AQUI.
EHF Euro 2026 Qualifiers
Calendário:
1ª Jornada
07.11.2024 – 19h00 – Portugal x Roménia, 37-30 (12-16)
3ª Jornada
13.03.2025 – 17h00 – Polónia x Portugal, 36-36 (16-14)
4ª Jornada
16.03.2025 – 17h30 – Portugal x Polónia, RTP2
6ª Jornada (antecipada)
10.11.2024 – 17h30 – Portugal x Israel, 36-23 (21-13)
O Men’s EHF EURO 2026 vai decorrer de 15 de janeiro a 1 de fevereiro de 2026, numa organização conjunta entre três países que respiram Andebol: Suécia, Dinamarca e Noruega. A França, Campeã da Europa em 2024, também já tem presença assegurada na fase final da competição.
