A caminho do Europeu com Fernanda Carvalho

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Fernanda Pires Carvalho
Pivot
Colégio de Gaia
72 internacionalizações

– O que sentiste ao eliminar a Polónia, no Play-Off, depois da derrota na 1ª Mão, e perceberam que estavam na Fase Final do Europeu?
– Foi uma sensação óptima, porque são muitos anos, é muita dedicação ao andebol, e eu queria mesmo, mesmo ganhar. E foi assim que eu encarei o jogo. Foi uma adrenalina, uma sensação óptima… valeu a pena, gostei muito!

– Como foste recebida no clube onde jogas, em casa e pelos amigos?
– Fui muito bem recebida. O facto de ter dado o jogo na televisão e dos jornais terem divulgado mais, no trabalho, na escola, as pessoas estavam mais atentas ao nosso trabalho e resultado, deram os parabéns… foi muito bom. Foi a primeira vez que isto aconteceu, porque nunca tínhamos alcançado um objectivo tão alto. Normalmente “damos o litro” e depois não há nada e desta vez não, foi realmente diferente.

– Já na preparação para a Fase Final do Campeonato da Europa Macedónia 2008, Portugal esteve na Eslováquia, onde ganhou o Eslováquia Cup 2008, torneio com grandes selecções. Qual foi o segredo do vosso sucesso?
– O segredo é muito trabalho, muitos anos de trabalho e dedicação, muito esforço, muito empenho… é isso.

– No Campeonato da Europa, Portugal está no Grupo 2 com a Ucrânia, Espanha e Noruega. Quais vão ser as vossas maiores dificuldades e, por outro lado, o que é que vai jogar a vosso favor?
– As maiores dificuldades são o facto delas estarem mais habituadas e terem mais experiência – ou não – do que nós; o que joga a nosso favor é a nossa motivação, o que sempre nos destacou, o empenho do grupo em geral.

– Das três selecções, qual é, para ti, a mais difícil e a mais acessível?
– Eu acho que não há selecções fáceis. Mesmo de nós, que é a primeira vez, ninguém diz isso de nós, porque nós temos o respeito delas, eu sei disso. E elas também não são fáceis, nenhuma é fácil. A mais difícil, por ser um grupo muito homogéneo de grande qualidade, é a Noruega. Agora, a Ucrânia e a Espanha são selecções fortíssimas, mas espero ganhar.

– Portugal vai estrear-se na Fase Final do Campeonato da Europa. Como é que imaginas que vai ser?
– Acho que vai ser um espectáculo, quero aproveitar ao máximo, quero dar o meu máximo. Vai ser um sonho.

– Como é que te sentes ao saber que fazes parte da Selecção que fez história, ao conseguir o apuramento para a Fase Final do Campeonato da Europa Seniores Femininos?
– Sinto-me muito feliz e ainda bem que faço parte deste grupo.

– Até hoje, qual foi, para ti, o jogo mais marcante que já fizeste pela Selecção Nacional?
– O mais marcante sem dúvida que foi o da Polónia. Foi o espectáculo dos espectáculos, porque foi o nosso apuramento. Mas também gostei muito dos jogos do Mundial de Juniores, na Costa do Marfim. Ficou marcado para sempre o grupo, o treinador… foi também muito bom.

– Tens algum hábito ou ritual que faças sempre antes do início de cada jogo?
– Não. Muita concentração, muito empenho e um pouco de nervosismo porque é assim que eu gosto de estar em campo.

– Desejos e expectativas para esta época desportiva?
– Espero conseguir o melhor resultado possível no Europeu, porque eu também não quero criar grandes expectativas, para chegar lá e aproveitar ao máximo e conseguir aquilo que pudermos conseguir. E depois o apuramento para o Mundial, que acho que está ao nosso alcance. Já estivemos quase, há uns anos atrás e acho que tem de ser desta vez.

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