A enorme vontade de fazer história

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Trata-se de um jogo da quinta jornada do grupo seis da fase de apuramento para o Campeonato da Europa de seniores masculinos – Áustria 2010.

Estiveram presentes os seleccionadores nacionais, Mats Olsson e Claude Onesta e os jogadores Carlos Carneiro e Jerome Fernandez que, perante um grupo alargado de jornalistas, fizeram a antecipação da partida e deram conta das suas expectativas para a partida de amanhã.

No que respeita ao treinador da formação campeã olímpica e mundial, Claude Onesta recordou que “este jogo vem num período muito complicado, com a equipa a defrontar-se com muitas ausências”. Mesmo assim, Onesta diz-se “preparado para o jogo”, que prevê “delicado, face ao valor da equipa portuguesa e da vontade e aplicação que certamente demonstrará perante o seu público”. Claude Onesta mostra um bom conhecimento do adversário, referindo que “Portugal tem bons jogadores, fez dois bons resultados conta a Letónia e, com o apoio do público, tentará impor um ritmo forte à partida”. Sobre o favoritismo, não o descarta. “Assumimos o favoritismo, de outra maneira não poderia ser, já que somos os campeões mundiais e olímpicos”. Numa coisa Claude Onesta e Mats Olsson estão de acordo. “O apuramento vai discutir-se entre três equipas: França, Portugal e República Checa”.

Jerome Fernandez, uma das estrelas francesas que joga em Espanha (Ciudad Real), é de opinião que “numa fase de apuramento com cinco equipas, a apurar duas, quem desejar ser apurado pode apenas perder dois jogos, no máximo, e nós já perdemos um, frente à República Checa”. Fernandez conhece bem os dois portugueses que jogam em Espanha, Ricardo Costa e David Tavares, e sabe que “Portugal tem um bom colectivo, pode apenas faltar um pouco de potência física”.

COM RESPEITO MAS SEM MEDO

Do lado de Portugal, o seleccionador nacional Mats Olsson começou por referir ser “uma grande honra defrontar o campeão olímpico e mundial”, recordou que “a pressão está do lado dos franceses”, mas confessou que “a equipa está preparada para disputar os dois pontos e continuar a lutar pelo apuramento para a fase final do campeonato da Europa. Vamos jogar com respeito mas sem medo”. Mats Olsson considera que os jogos decisivos vão ocorrer frente à República Checa e, sobre as ausências na equipa francesa, não acredita que tornem o colectivo gaulês mais débil. “A França é um país que produz muitos e bons jogadores, há de facto grandes ausências, mas os jogadores que os substituem são de nível semelhante”. Quanto à maneira como a equipa vai evoluir amanhã, Mats Olsson não abre o jogo mas acredita que “para ganhar à França, temos de jogar bem individual e colectivamente. Queremos ganhar, nem que seja por um”.

Carlos Carneiro, capitão da selecção, trouxe à conferência de imprensa o sentir dos jogadores. Tal como o treinador, o capitão acredita que Portugal pode ganhar mas, para isso, “temos de fazer um jogo quase perfeito e anular os poucos pontos fracos da França. Queremos fazer história e vencer a França, o que nunca sucedeu em ocasiões anteriores, salvo no longínquo ano de 1949, em andebol de 11”.

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