Fê-lo dentro das quatro linhas, no Pavilhão Flávio Sá Leite, recinto onde – com a camisola da selecção nacional, do ABC ou dos outros clubes que representou – conheceu momentos de glória. Como pano de fundo, uma baliza. A baliza que o celebrizou e que testemunhou – tal como as camisolas dos clubes que representou – a voz embargada no momento da despedida.
Recorde-se que Carlos Ferreira, guarda-redes do ABC, estava fora da competição desde meados de 2008, altura em que sofreu uma ruptura completa do supra-espinhoso do ombro direito, lesão que obrigou a esta decisão.
Na presença de muitos jogadores do ABC, treinadores e membros da administração, Carlos Ferreira agradeceu a todos os que foram seus companheiros de aventura, e com quem diz ter aprendido muito.
A cerimónia ficou marcada pelo agradecimento explícito e muito emocionado à sua família, representada na cerimónia pela esposa e um dos filhos, “pelo acompanhamento que sempre me fizeram, nos bons e nos maus momentos”.
Carlos Ferreira deixa a baliza mas não deixa o andebol. Conforme foi confirmado por Luís Teles, presidente do conselho de administração do ABC de Braga Andebol SAD, o ex-guarda-redes vai passar a fazer parte da equipa técnica do clube, na qualidade de adjunto de Jorge Rito. Será também, esclareceu Luís Teles, o elo de ligação entre a administração e a equipa sénior, mantendo-se Armando Fernandes como director desportivo.
Recorde-se que Carlos Ferreira iniciou a prática do andebol no Fermentões, seguindo-se o Desportivo Francisco de Holanda, ABC, Sporting e F. C. Porto. Sagrou-se por 11 vezes campeão nacional e foi internacional sénior por Portugal em 150 vezes.
