José Ricardo Costa faz a antevisão do Colégio 7 Fontes-ABC de Braga

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O ABC de Braga prepara a 5ª jornada do campeonato. A deslocação ao Maria Balaio Colégio 7 Fontes é curta, até porque o jogo será no pavilhão Flávio Sá Leite, com a equipa povoense a jogar em casa “emprestada” no Sá Leite.

Os bilhetes são gratuitos, pelo que se espera uma forte concentração de apoiantes academistas, Sábado, às 18h00, na Catedral do Andebol.

O pivot Ricardo Costa é taxativo na abordagem ao jogo: “Nunca se pode facilitar. Não podemos entrar a pensar que está ganho. Temos de fazer o nosso trabalho e se o fizermos, o resultado vai aparecer”. O Maria Balaio, à entrada para a 5ª jornada, ainda não venceu qualquer jogo, mas os facilitismos são declinados. “É uma equipa jovem, querem mostrar trabalho e jogar contra o ABC é sempre uma motivação extra”, considera o pivot academista.

Ricardo Costa regressou esta época ao ABC, após vários anos a actuar em outras equipas. Em boa hora, pois aos 35 anos, o pivot está a realizar um início de época muito bom, o que não o surpreende: “Estou bem fisicamente e quando assim é, os resultados tendem a aparecer, mas ainda me falta melhorar em alguns aspectos. Estou a fazer muitas faltas técnicas, mais do que o normal e é um capítulo que ainda tenho que corrigir. Tenho a noção do meu valor e quem me convidou para o ABC também tem”.

A nível desportivo tudo vai bem para o pivot e a nível pessoal, dificuldades em camuflar as emoções: “Estou muito feliz. Foi com grande prazer que recebi o convite para regressar a casa e estou a tentar dar sempre o máximo, em todos os treinos, em todos os jogos. Dou o máximo que posso e o que não posso também (risos)”.

Frente ao Benfica, seis golos e muito suor em campo, não foram suficientes para vencer: “Foi uma questão de pormenores, falhamos muito dos 6m, falhamos em momentos cruciais, em que podíamos ter empatado. Mas, acho que ficou a sensação, que podíamos ter ganho. A ameaça de jogo passivo também nos obrigou a falhar mais, porque não tínhamos tempo para pensar tão bem o jogo. Do outro lado, não foi bem igual (!). Mas, teremos mais oportunidades, para “vingar” este jogo”.

Quem não falhou foi o público e o nº22 academista não disfarça o arrepio quando fala do Sá Leite e da família ABC e questionado se tinha saudades de jogar, em casa, no Sá Leite, Ricardo Costa não se inibe: “Muitas! Clube de andebol em Portugal há só um: é o ABC! Sempre foi bom jogar aqui por outra equipa, sempre houve respeito. Podia andar por 20 clubes, mas o nosso clube é sempre aquele onde começamos. E isso fica para a vida. O Sá Leite é a nossa casa (risos). Isto é uma família, adeptos, jogadores e todas as pessoas no ABC”.

DIAS DIFÍCEIS

Ricardo Costa reconhece a importância do ABC na sua formação, mas o ABC não se esquece da luta do pivot que viu o sonho do andebol ruir, aos 15 anos. “Parti o braço esquerdo [ndr: fractura exposta do rádio], a cirurgia prendeu-me os tendões e não conseguia abrir a mão. Eu todos os dias fazia recuperação na Clínica, vinha para aqui [ndr: Sá Leite] fazer mais recuperação e ainda treinava com a outra mão. Ainda hoje me dizem que é muito raro recuperar daquela lesão como eu recuperei, e que se deveu muito ao facto de eu ser teimoso ou maluco (risos). Nunca desanimei e nunca me passou pela cabeça desistir do andebol. Nunca!”, recorda Ricardo Costa. 20 anos depois, valeu a pena o esforço: “Sem dúvida…”.

Também de histórias felizes se faz o andebol e no ABC há muito para contar. Histórias de vida, de coragem que ajudam a explicar a desfaçatez com que estes jogadores lutam, jogo a jogo, sempre pela vitória… em família.

Sábado, mais uma oportunidade para se juntar à família ABC. E Ricardo Costa convida: “Vim para o ABC para ser campeão e ajudar a trazer os adeptos de volta ao Sá Leite. Espero, agora, que os adeptos continuem a apoiar-nos, que nunca deixem de acreditar em nós, porque… nós queremos muito”.

FONTE:: ABC de Braga – Andebol SAD

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