Casa cheia para ver a vitória de Portugal por 23-22 frente à Dinamarca, naquele que foi o primeiro jogo de preparação da equipa portuguesa. Foi um triunfo difícil, mas que abre boas perspectivas para a fase de qualificação. Amanhã, às 17 horas no pavilhão do CS Marítimo, portuguesas e dinamarquesas voltam a encontrar-se.
Portugal e Dinamarca não começaram da melhor forma este primeiro encontro amigável e serve de preparação para a selecção portuguesa com vista à fase de qualificação que vai disputar no Funchal nos próximos dias 3,4 e 5 de Dezembro. Ambas as formações acusaram algum nervosismo e isso teve reflexo ao nível da qualidade do jogo durante os primeiros 10 minutos de jogo. As dinamarquesas defendiam 6×0 e essa defesa causou muitos problemas à turma nacional que não conseguia criar situações de remate da primeira linha. O resultado não foi desequilibrado face à boa actuação da guarda-redes Daniel Pereira e também porque as pupilas de Thomsen perderam muitas bolas em contra-ataque. Mesmo assim, o maior desnível no marcador aconteceu aos 22 minutos com o sete português a perder por 5-8.
Com a melhoria da eficácia do jogo ofensivo (destaque para Ana Sousa) e também com uma maior agressividade no seu 5×1, Portugal encetou então uma recuperação, empatando mesmo a partida a 8 golos ao 26 minutos e 49 segundos. Até ao final, as portuguesas conseguiram defender melhor e perderam mesmo uma boa situação de contra-ataque nos segundos finais que poderia dar uma vantagem superior ao intervalo: 10-9.
No segundo tempo, o equilíbrio manteve-se e as alternâncias no marcador também. No entanto, Portugal mostrou-se melhor ao nível da sua defesa 5×1, mas continuou a sentir problemas na primeira linha. Mas com Maria Pereira em bom plano na meia distância a formação das quinas foi aguentando-se na discussão da vitória. Nem mesmo quando ficou com menos duas atletas por exclusões, as pupilas de Duarte Freitas baixaram a intensidade defensiva, conseguindo mesmo ficar em vantagem (22-21). Até ao apito final, a emoção cativou o público que encheu o pavilhão do Funchal. A 30 segundos do final Daniela Silva deu vantagem ao sete lusitano e a Dinamarca nos últimos segundos desperdiçou uma situação de contra-ataque, com Sofie Sorense a não conseguir bater Daniela Pereira fez uma excelente exibição.
PORTUGAL (23) : Daniela Pereira e Tânia Silva; Cláudia Correia (2), Daniela Silva (2), Liliana Ferreira, Bebiana Sabino, Ana Andrade (3), Helena Corro, Claúdia Aguiar, Vera Lopes, Inês Catarino (4), Andreia Andrade (1), Rita Alves (2), Ana Sousa (4), Ana Correia e Maria Pereira (5).
Treinador: Duarte Freitas
DINAMARCA (22) : Rikke Poulsen e Sos Soby; Gitte-Brogger Led (2), Sofie Sorense, Louise Lyksborg (5), Maria Fisker (4), Mia Moldrup (1), Lene Bendixen, Amalie Sorensen (1), Stine Frandsen (4), Stine Jorgensen, Olivera Jurisc (2) e Kathrine Heindahl (2).
Treinador: Anders Thomsen
Ao intervalo: 10-9.
ÁRBITROS: Duarte Santos e Ricardo Vieira
DUARTE FREITAS GOSTOU DA ATITUDE
“Dá-nos esperanças para a fase de qualificação”
No final da partida, o seleccionador nacional Duarte Freitas, estava naturalmente satisfeito com a vitória conseguida perante a Dinamarca.
“Foi o primeiro jogo após algum tempo em que não estivemos juntos. Começámos muito mal, com a própria Dinamarca a cometer também muitas falhas técnicas. Mas no computo geral, na forma como se entregaram e na vontade de vencer, com uma defesa mais agressiva, ficámos mais satisfeitos”, começou por afirmar.
Esta vitória foi importante para moralizar o grupo com vista ao teste final, a fase de qualificação do Mundial: “Dá-nos esperanças em estarmos bem na fase de apuramento. Não nos podemos esquecer que estes jogos de preparação, são para dar ritmo e confiança às jogadoras para que quando precisarmos delas elas tenha uma resposta positiva”.
