Seleccionador Duarte Freitas acredita que o apoio dos adeptos madeirenses pode ser decisivo

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SELECCIONADOR DUARTE FREITAS ACREDITA QUE O APOIO DOS ADEPTOS MADEIRENSES PODE SER DECISIVO

“Tenho a certeza que pavilhão vai estar cheio”

O seleccionador nacional de seniores femininos, Duarte Freitas, deu a conhecer hoje a lista das 16 eleitas, onde o Madeira SAD domina com sete jogadoras na convocatória. Na apresentação oficial da fase de qualificação para o Mundial 2011, o técnico da equipa das quinas fez também uma pequena antevisão do que espera ser o comportamento da selecção portuguesa frente adversários como a Bielorrússia, Turquia e Finlândia. “São tudo equipas que na última competição ficaram classificadas no mesmo nível de Portugal, por isso, são adversários muito equilibrados. Alguns dos nossos opositores, tem vindo a fazer um trabalho de muita qualidade, caso da Turquia, e por certo, todos se apresentarão aqui com o mesmo interesse que o nosso: ser apurado para o Play-off”, começou por afirmar. Quanto ao facto de o conjunto madeirense ter 50 por cento das atletas convocadas, o líder das portuguesas confirmou que pode ser importante: “Antes de falar sobre os 50 por cento das jogadoras que fazem parte do Madeira SAD, quero primeiro destacar que temos uma selecção com 100 por cento portuguesas. Claro que o facto de metade da equipa já trabalhar junta, pode ajudar. Mas todas as jogadoras sentem o mesmo carinho aqui na Madeira. As que já cá estão com certeza que estão orgulhosas como eu de jogar aqui na Região”.

Importante no entender de Duarte Freitas, é o calor humano que se espera em redor das suas pupilos, como já é hábito na Madeira. “O facto de jogarmos em casa pode ajudar, bem como, o triunfo conseguido no torneio das Quatro Nações, são tudo factores motivação acrescida para conseguirmos o nosso objectivo que é passagem à fase seguinte. O facto de jogarmos na Região também aumenta o nosso conforto”, afirmou. E concluiu: “Acho que faz parte dos adeptos madeirenses encher os pavilhões do andebol. Estou certo que esta qualificação não será excepção. O pavilhão vai estar cheio de certeza e a apoiar-nos”.

HENRIQUE TORRINHA ENALTECE O TRABALHO DO SECTOR FEMININO MADEIRENSE NA APRESENTAÇÃO OFICIAL DA FASE DE QUALIFICAÇÃO

“Os masculinos têm de reflectir e criar um projecto”

Contando com a presença do presidente da Federação de Andebol de Portugal, Henrique Torrinha, a Associação de Andebol da Madeira apresentou hoje o evento que vai acolher de 3 a 5 de Dezembro, a fase de qualificação para o Mundial de seniores femininos, que irá disputar-se no Brasil, em 2011.

O líder da AAM, Emanuel Alves enalteceu a importância dos patrocinadores para que esta fase se possa realizar no Funchal. Para além dos responsáveis máximos da AAM e FAP, estiveram presentes o presidente do IDRAM (Instituto do Desporto da Região Autónoma da Madeira) Catanho José, o Vereador da Câmara Municipal do Funchal (cidade onde se desenrola a competição) Pedro Calado. O seleccionador Duarte Freitas e a atleta Bebiana Sabino (Madeira SAD) também estiveram presentes na conferência de imprensa que decorreu no Hotel Four Views Baía e que serviu também para a divulgação da lista de convocadas da formação de portuguesa. “Nem sempre só o dinheiro nos ajuda. Há outras formas de ajudar. Por isso quero agradecer a todas as instituições que nos apoiam neste evento, bem como, os nossos sponsers, casos da Coca-Cola, Promerche, Hotel Four Views Baía, ENDU, que tem feito um grande sacrifício para nos dar o dinheiro necessário para podermos assumir esta organização. Quero também destacar a presença da comunicação social pois sem eles a promoção do evento não pode ser feita. Esta fase de qualificação trás para a Madeira em Dezembro, uma bela forma de promoção, numa altura bem bonita na Região”, afirmou Emanuel Alves líder da AAM.

“É sempre um prazer estar em qualquer associação. Hoje é na Madeira, mas isso significa que está a acontecer alguma coisa importante. Quis estar aqui com muito gosto, pois é a forma de reconhecer o trabalho que a AAM tem feito ao longo dos anos. Não é só o que se vê ao nível do jogo, mas também ao nível dos outros agentes. A Madeira tem árbitros internacionais, seleccionadores nacionais, jogadores nas selecções. Isto é o fruto de hoje estarmos aqui a apresentar os eventos que se vão desenrolar na Madeira na semana que antecede a fase de qualificação, pois vamos ter aqui a Dinamarca, uma potencia do Mundial feminino e vai trabalhar connosco, sendo um reconhecimento do trabalho que estamos a desenvolver. Vamos ter também o curso de Grau IV, o primeiro que se vai realizar no país face à nova legislação, é um curso que dá carteira profissional. Estão inscritos 16 treinadores, um número bem significativo. É um curso que vai durar dois anos e vai possibilitar e continuar a termos um padrão de elevada qualidade, essencialmente, no sector feminino”, começou por referir o presidente da FAP Henrique Torrinha. E explicou o porquê de destacar o sector feminino: “Diz-se que a Madeira compra atletas. Para terem uma noção, a Madeira tem 20 jogadoras nas diversas selecções nacionais e 15 são made in Madeira. Nem tudo o que se diz é verdade. Algumas delas são de geração excelente que está na Croácia nos Jogos do Mediterrâneo e a conseguir excelentes resultados. Este é um momento que vamos ter durante 15 dias na Região e que não é mais nem menos do que um reconhecimento do trabalho da Associação. Pode não haver dinheiro, mas se tivermos muitos parceiros podemos ser muito ricos. É esse o nosso lema e vamos continuar, pois não há lugares para coitadinhos, mas os que querem evoluir e aprender todos os dias. Isto é o futuro e nós queremos continuar a estar nessa onda bem alta”.

Não há nada para inventar mas sim para evoluir

Por último, o líder da FAP, deixou um “recado” para o sector masculino: “É altura para os clubes da Madeira reflectirem em conjunto face ao que fazem. Não há nada para inventar. Desde que a roda foi inventada está tudo inventado, temos é de saber entrar e sair dessa roda. Se em femininos estão 15 atletas nas selecções, nos masculinos está meio atleta. Uma pequena grande diferença. Que este seja o momento de reflexão dos clubes, é preciso potenciar o trabalho desenvolvido numa sociedade desportiva que representa a Região. Já foi dado o primeiro passo e cortaram uma perna, mas ainda há a outra. Estamos a tempo de em conjunto se perspectivar um projecto com um mínimo de seis anos, tendo de haver paciência para aprender todos os dias e que possamos atingir os objectivos traçados. Para isso, a FAP e a AAM, estão abertos ao diálogo, mas é necessário haver um projecto desportivo”.

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