Euro 2014 – saiba como é a Espanha que Portugal vai defrontar

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Que seleção é a Espanha que Portugal vai encontrar na próxima quinta-feira, em Sevilha, no primeiro jogo do grupo 1 da fase de apuramento para o Europeu da Dinamarca? Como joga, quais são as suas principais figuras, os pontos altos do seu historial recente? O que deve Portugal fazer para surpreender ‘nuestros hermanos’? Perguntas que colocámos a Rolando Freitas e para as quais o selecionador nacional mostrou ter a resposta na ponta da língua.

«Um adversário muito forte, que historicamente tem tido um grande ascendente sobre Portugal nos últimos jogos. É uma seleção que conquistou nove medalhas nas grandes competições realizadas na última década. Nos últimos anos, a Espanha foi uma vez campeã do Mundo, em 2005 na Tunísia; conseguiu várias medalhas de prata em campeonatos da Europa; ganhou uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim – 2008, para além de outra medalha de bronze no campeonato do Mundo da Suécia – 2011. Parece-me que é uma equipa que, nesse aspeto, dispensa apresentações», refere Rolando Freitas.

Se em termos de seleção o palmarés é rico, em termos de clubes também estamos perante uma potência europeia. «Tem dois dos melhores clubes da Europa, o FC Barcelona e o Atlético de Madrid, que marcaram presença na ‘final-four’ da «Champions League» e que contam com muitos jogadores de nacionalidade espanhola, e por isso mesmo disponíveis para a sua seleção. Além disso, este ano a Espanha ‘exportou’ um lote significativo de jogadores para os campeonatos francês e alemão. Estamos perante uma equipa de muito bom potencial onde ficam, mesmo assim, de fora muitos jogadores que aspiravam ser chamados à seleção mas que não mereceram essa confiança por parte do selecionador, que tem um lote alargado de escolhas para suprir qualquer eventualidade», sustenta o Rolando Freitas.

O selecionador nacional estudou bem o adversário de quem mostra ter um conhecimento profundo. «Em termos coletivos e em termos defensivos a Espanha tem vindo cada vez mais a situar-se num nível muito bom. Ao mesmo tempo, estamos perante uma seleção que tem visto evoluir o seu jogo ofensivo, mantendo uma boa relação entre linhas, pelo que é uma equipa de muito boa qualidade em todas as fases do jogo».

UMA SELEÇÃO ONDE TODOS SÃO FIGURAS

Falar de figuras da equipa quase não tem sentido quando se aborda a seleção espanhola.

«Todos os jogadores da Espanha são de muito bom nível», começa por alertar Rolando Freitas, «apesar de alguns terem um pouco menos de protagonismo devido à sua idade e recente aparição na seleção espanhola. O pivô, Julen Aguinagalde é o jogador de maior destaque, ele que foi reconhecido como os Jogos Olímpicos de Londres. Depois, os irmãos Entrerrios, dois jogadores de muitíssimo bom nível; o jovem Jorge Maqueda que se transferiu para o HBC Nantes, atleta em fase de grande crescimento; Cristian Ugalde, que se mudou este ano para a Hungria, onde joga no Veszpren; os guarda-redes, José Manuel Sierra e Sterbik, que são do melhor que há no andebol Europeu. Mas, de facto, o jogador que mais de destaca no combinado espanhol é o pivô Aguinagalde, que atravessa um excelente momento da sua carreira desportiva. Uma equipa repleta de valores, em resumo».

AS ARMAS PORTUGUESAS

Perante este cenário, como é que Portugal pode surpreender a Espanha? Sem entrar em grandes detalhes, Rolando Freitas foi adiantando alguns pormenores.

«Portugal vai tentar fazer valer as suas armas. Somos uma boa equipa, que conhece as suas limitações competitivas pela recente ausência nas competições internacionais de maior prestígio e isso torna-se um handicap importante em relação à seleção espanhola. Mas, Portugal tem regras de funcionamento e terá regras muito precisas para saber até onde poderemos contrariar a Espanha. Tudo vai depender muito do querer e vontade que julgo todos os jogadores vão ter. Nestas situações em que pode haver algum equilíbrio, a nível internacional, muita coisa depende do momento. Esperamos chegar lá com todos os jogadores em boas condições, disponíveis, para definir a nossa estratégia com vista a diminuir o potencial dos pontos fortes da Espanha e tentar descobrir algum ponto fraco da Espanha que nós possamos aproveitar».

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