FC Porto Vitalis na fase de grupos da EHF Champions League

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O FC Porto Vitalis venceu esta tarde o HCM Constanta por 22-26, após prolongamento, na final do grupo 4 de apuramento par a fase de grupos da EHF Champions League. Com este triunfo, a formação campeã nacional garantiu a presença na fase de grupos, onde vai ter como adversários no grupo B, entre outros, os alemães do THW Kiel, os dinamarqueses do KIF Koldin, os polacos do Targi Kielce e os franceses do Dunquerque.

Para o decisivo confronto frente aos romenos do HCM Constanta o FC Porto Vitalis entrou exatamente com o mesmo ‘sete’ que utilizou na véspera, frente ao Elverum: Alfredo Quintana; Ricardo Moreira, Mick Schubert; Gilberto Duarte, Pedro Spínola, Wilson Davyes e Tiago Rocha. Nas ações defensivas, David Davis substituía Pedro Spínola.
O jogo começou intenso, com os romenos a tentarem impor a sua compleição física – especialmente na defesa – mas com o campeão de Portugal a responder muito bem, sem mostrar qualquer tipo de receios. A primeira vantagem de dois golos (2-4) favoreceu o FC Porto Vitalis quando, à passagem do minuto oito, Mick Schubert concretizou um rápido contra ataque. Dois ataques desperdiçados por Ricardo Moreira e Pedro Spínola acabaram por permitir aos romenos repor a igualdade (4-4, aos 13 m.) e passar pouco depois para a frente.

À entrada dos 15 minutos o treinador do FC Porto fez a primeira alteração com a entrada de João Ferraz para o lugar de Gilberto Duarte. Pouco depois, foi Salina a render Tiago Rocha. Aos 22 minutos, um livre de sete metros convertido por Pedro Spínola recolocou o FC Porto com vantagem de dois golos, aquecendo ainda mais o Dragão Caixa que não regateava apoio contínuo à sua equipa. O técnico do Constanta solicita um ‘time-out’, Quintana faz abortar o ataque dos romenos e na resposta Pedro Spínola, com um excelente golo, amplia a vantagem (7-10, aos 24 m.). Pouco depois é Ljubomir Obradovic a solicitar paragem do jogo. OS minutos finais do primeiro tempo foram muito quezilentos mas o FC Porto conseguiu passar ao lado e chegar ao intervalo a vencer por 9-12.

O FC Porto entrou muito bem na segunda parte, ampliou a vantagem para quatro golos ainda antes do minuto 35 (10-14), mas a reação do Constanta não se fez esperar (13-14, aos 38 m.) enquanto Ljubomir Obradovic trocava de guarda-redes. O FC Porto – a defender muito bem – passa por algumas dificuldades mas consegue ultrapassar bem uma dupla inferioridade numérica. Mesmo assim, não evita o empate a 15 (41 m.). Laurentino evita por várias vezes males maiores, os dois ataques não conseguem sobrepor-se às defesas e o marcador fica inalterável durante seis minutos. E só de livre de sete metros, concretizado por Tiago Rocha, o FC Porto volta a adiantar-se no marcador (15-16). A vantagem de dois golos esfuma-se rapidamente, os romenos empatam a 17 (51 m.) e, pior que isso, na mesma jogada Wilson Davyes é excluído pela terceira vez e fica afastado do resto do jogo. O Constanta não aproveita uma dupla superioridade numérica – porque Hugo Laurentino não deixou – e na resposta o FC Porto regressa ao comando do marcador (17-18, as 53 m.). Os minutos finais replicaram a emoção de toda a partida. As equipas entram nos quatro minutos finais empatadas a 19 e assim se mantêm até à entrada do minuto final e Gilberto Duarte, com infelicidade, remata ao poste. A 30 segundos do final, um mau passe anula o ataque romeno e o FC Porto fica, depois do time-out pedido por Obradovic, com 23 segundos para resolver a partida. E não fosse mais uma infelicidade – desta vez um remate ao poste de João Ferraz – e o FC Porto teria evitado o prolongamento.

Onde o campeão de Portugal entra bem, com um parcial de 0-3 e um punhado de excelentes defesas de Quintana. O ambiente aquece, vermelhos para Tiago Rocha e Simicu e a primeira parte do prolongamento a terminar com um novo vermelho, por terceira exclusão, a outro jogador romeno e Spínola a garantir uma confortável vantagem de quatro golos (19-23) para o segundo tempo do prolongamento. Cinco minutos sem história, tal o domínio do FC Porto. E foi já com a jovem segunda linha toda em campo que o FC Porto selou um triunfo (22-26) que o coloca na fase de grupos da EHF Champions League.

Seguiu-se a natural festa que envolveu todo o staff portista bem como o público que encheu por completo o Dragão Caixa.

Em anexo pode ser consultado o boletim de jogo

No jogo de atribuição dos 3.º e 4.º lugares, o Elverum Handball venceu o HV KRAS por 32-24.

PRESIDENTE DA FAP TESTEMUNHOU FEITO

Tal como no dia anterior, o presidente da FAP, Ulisses Pereira, marcou presença na tribuna de honra do Dragão Caixa e vibrou com as incidências da partida, testemunhando mais um grande momento do andebol português.

«Nesta ocasião queria saudar o FC Porto, na pessoa de todos os seus jogadores, técnicos e demais ‘staff’ da equipa. Trata-se de um resultado que prestigia e beneficia não só o FC Porto como toda a modalidade. Por isso, todos os agentes ligados ao andebol devem comungar desta satisfação», referiu o presidente da FAP.

MINUTO DE SILÊNCIO

A exemplo do que aconteceu na primeira jornada, disputada sábado, também os jogos deste domingo foram precedidos de um minuto de silêncio, cumprido em homenagem aos Bombeiros recentemente falecidos nos diversos fogos que têm vindo a assolar o território nacional.

EM DIRECTO

Pedro Spínola (jogador do FC Porto Vitalis): «É um dos dias mais importantes da minha vida desportiva. É o concretizar de um sonho que perseguimos há quatro anos. Há quatro anos que trabalhámos para isto e hoje é o concretizar desse sonho. É estar entre os melhores da Europa. Quezílias? Não, são situações normais quando se defrontam duas equipa que perseguem ambas o mesmo sonho. Lutaram com as armas que tinham para alcançar a Liga dos Campeões. São coisas normais de um jogo em que os atletas dão tudo por tudo para ajudar a sua equipa. A equipa estava preparada para disputar dois jogos seguidos, com esta intensidade. Trabalhámos na pré-época para isso. Estamos na fase de grupos da Liga dos Campeões e agora vamos jogar jogo a jogo. Sabemos que são equipas muitos complicadas mas o nosso objetivo é ficar nos quatro primeiros do grupo para fazermos ainda mais jogos. Quantos mais jogos fizermos deste nível mais vamos aprender».

Ljubomir Obradovic (treinador do FC Porto Vitalis): «Ainda não estamos em nós e não temos bem consciência do que fizemos. Pensávamos resolver o problema nos primeiros 60 minutos mas não conseguimos e tivemos de jogar 70 minutos, o que complicou a situação. Agora, só amanhã ou terça-feira vamos acordar e ter bem consciência onde estamos e o que fizemos – entre as melhores equipas da Europa. Vamos ver o que podemos fazer neste grupo da Liga dos Campeões. Preparamos bem este jogo, preparamos também a última jogada, não tivemos sorte, a bola foi ao poste e foi preciso ir a prolongamento. Os nossos adeptos foram mais um jogador com o apoio dos nossos adeptos que tanto ontem como hoje foram incansáveis. A defender como defendemos e com o seu apoio foi mais fácil vencer. Complicámos a situação com os cartões vermelhos mas soubemos ultrapassar isso. Esta entrada na fase de grupos significa muito para nós e para o andebol português».

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