Portugal vence Bósnia no útimo jogo da fase de apuramento para o Mundial

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Portugal venceu esta tarde a Bósnia por 27-26, em jogo da sexta e última jornada do grupo 5 da fase de apuramento para o play-off do Mundial de 2015.

Para o sete inicial, Rolando Freitas introduziu algumas alterações em relação ao jogo na Letónia, com a chamada de Bruno Moreira, Fábio Vidrago e Pedro Portela. Assim, começaram por entrar em campo Hugo Figueira; Fábio Vidrago, Pedro Portela, João Ferraz, Rui Silva, Gilberto Duarte e Bruno Moreira. Portugal procedia a duas substituições «defesa x ataque» com as entradas de Ricardo Pesqueira e Wilson Davyes para os lugares de Bruno Moreira e Rui Silva.

Portugal entrou bem e passou aos 4 minutos a vencer por 3-1. A defender de forma superior, Portugal conseguia colocar em prática o contra-ataque, arma que tão bons efeitos surtiu nos últimos jogos. A formação de Rolando Freitas passou aos nove minutos a vencer por 7-3. A Bósnia reagiu bem, começou a criar mais problemas à defesa lusa e, aos 15 minutos, tinha reduzido para 8-6. Rolando Freitas mexe na equipa e faz entrar Fábio Magalhães e Pedro Spínola. O técnico bósnio solicita o seu primeiro ‘time-out’. No minuto seguinte, a Bósnia empata e é a vez de Rolando Freitas parar o jogo. Com uma magnífica entrada de Rui Silva aos seis metros Portugal volta ao comando do marcador (10-9). Pouco depois, da mesma posição, é Bruno Moreira a ampliar. Portugal entrou nos cinco minutos finais do primeiro tempo com dois golos de vantagem (12-10), a Bósnia teve uma dupla exclusão que a obrigou a jogar em dupla inferioridade a partir do minuto 27m.50s. mas o ataque português não aproveitou e foi a Bósnia a, com alguma surpresa, empata a 13. Em cima do apito final, Pedro Spínola fixa o resultado ao intervalo (14-13).

ROLANDO FREITAS MEXE NA EQUIPA

Para o segundo tempo Rolando Freitas chamou Ricardo Candeias para a baliza e passou a utilizar José Costa no ataque. Foi boa a entrada de Portugal que ampliou para 19-16, à passagem do minuto 36. Três minutos depois, e a vencer por 20-18, é a vez de Ricardo Moreira entrar para a ponta direita. Pouco depois, é Dario Andrade a substituir Fábio Vidrago. O ataque português comete várias falhas consecutivas, a Bósnia aproveita para, muitas vezes em contra-ataque, passar pela primeira vez para a frente do marcador, aos 45 m. (21-22). Figueira regressa à baliza de Portugal logo depois, mas o ataque luso mantém-se menos eficaz que no primeiro tempo. A sete minutos do fim a Bósnia vence por 23-24. Ricardo Moreira faz o empate, em contra-ataque, Figueira segura a igualdade e Pedro Spínola volta a colocar Portugal na frente (25-24). Faltam cinco minutos e o pavilhão, completamente cheio, vibra de emoção. Um parcial de 0-2 coloca de novo a Bósnia na frente mas José Costa, a dois minutos e meio do final, empata a partida (26-26).

Dario Andrade coloca Portugal na frente e a Bósnia fica com o minuto final para o seu ataque. Hugo Figueira defende. Rolando Freitas interrompe o último ataque luso para pedir o seu último time-out e Portugal ficou com 23 segundos para segurar a vitória.

Antes do jogo, Fábio Vidrago e Jorge Silva receberam placas que marcam a sua primeira internacionalização ao serviço da seleção A, ocorrida recentemente.

Marcha do marcador:.7-4 (10 m.); 9-9 (20 m.); 14-13 (30 m.); 20-19 (40 m.); 23-23 (50 m.) e 27-26 (60 m.).

EM DIRETO

No final do jogo, na conferência de imprensa, as primeiras palavras de Rolando Freitas foram para o público local que encheu por completo o pavilhão.

«Estamos com satiafeitos com esta vitória, como não podia deixar de ser. Foi agradável jogar aqui em Mafra. Com condições atmosféricas adversas e a concorrência de outros eventos desportivos, foi interessante ver o pavilhão cheio de um público que teve a iniciativa de apoiar a seleção. Portugal sentiu isso e foi um elemento fundamental para alcançarmos a vitória», começou por relevar o seleccionador nacional.

«O jogo foi difícil, como não podia deixar de ser, frente à seleção que se qualificou, equipa que eu sempre apelidei de uma das principais favoritas, a equipa mais difícil nesta qualificação. Acabamos por ser a única formação que os venceu neste grupo, não sem dificuldade. A partida começou bem, com a nossa postura defensiva e contra-ataque agradáveis, que cativou o púbico, mas infelizmente não fomos tão eficazes em termos de finalização em dois momentos que tivemos dois contra-ataques e não os finalizámos com sucesso, isto em situação de seis contra quatro», recorda Rolando Freitas. Por isso mesmo, «não conseguimos chegar ao intervalo com uma vantagem superior à que tivemos e a Bósnia mostrou que não veio fazer turismo mas sim para vencer o jogo. Entrou com tudo na segunda parte, criou-nos algumas dificuldades em termos estratégicos com a colocação de dois pivôs de raiz, mas Portugal nunca conseguiu, quando teve dois golos de vantagem, avançar o necessário para dar tranquilidade nos momentos finais do jogo». Por isso os minutos finais foram muito sofridos. «Estavamos preparados para uma situação dessas, os jogadores mostraram – perdoem-me a repetição – uma grande atitude, um grande caráter e uma grande vontade de jogar pela seleção nacional. Há que lhes dar os parabéns por estas quatro vitórias consecutivas rubricadas durante o mês de Janeiro».

Ciente que esta ainda não é a altura de fazer um balanço – e mostrando-se à disposição dos jornalistas para o fazer em breve – Rolando Freitas lá foi dizendo que «falhamos no primeiro jogo, um jogo em casa que não podíamos perder, mas, independentemente disso, o segundo jogo, na Bósnia foi um jogo bem conseguido, que dominámos mas perdemos, mas do qual saímos com uma sensação algo estranha no final»

Rui Silva:«Para nós era a vitória para sairmos bem desta qualificação, de cabeça erguida. Nos últimos quatro jogos cumprimos o nosso objetivo, que era ganhar. Infelizmente não conseguimos a qualificação e agora há que começar a pensar já na próxima qualificação para o Europeu de 2016. Neste tipo de qualificações onde temos jogos em casa e fora de portas, os jogos em casa são para ganhar. Falhámos aí, temos de começar a aprender com esses erros. A Bósnia tem bons jogadores, que jogam em excelentes campeonatos mas nós também provamos que temos um bom plantel, ao nível deles. Perdemos fora por dois e ganhamos aqui em Mafra por um.»

Hugo Figueira: «Quando ficamos de fora numa fase de apuramento para uma grande competição é sempre frustrante. Infelizmente caímos num grupo que era muito complicado, muito competitivo e, infelizmente, não conseguimos garantir o apuramento. A Bósnia não nos surpreendeu. No jogo de lá, os últimos cinco minutos, com três exclusões, foi quando a Bósnia passou para a frente do marcador. Bósnia e Portugal eram, em minha opinião, as seleções mais fortes deste grupo».

O boletim de jogo pode ser consultado aqui, em anexo.

Qualificação Play-Off Campeonato do Mundo Seniores Masculinos Qatar 2015

Calendário de jogos – Grupo 5

1ª Jornada
30.10.13, 21h00 – Portugal : Letónia, 26-29
31.10.13, 20h00 – Estónia : Bósnia Herzegovina, 26-29

2ª Jornada
03.11.13, 15h05 – Letónia : Estónia, 35-25
03.11.17, 17h00 – Bósnia Herzegovina : Portugal , 31-29 (13-14)

3ª Jornada
02.01.14, 20h00, Polva – Estónia : Portugal, 17-25 (10-9)
02.01.14, 17h00 – Bósnia Herzegovina : Letónia, 27-26 (17-11)

4ª Jornada
05.01.14, 15h00, S. João da Madeira – Portugal : Estónia, 35-27 (20-11)
05.01.14, 15h05 – Letónia : Bósnia Herzegovina, 21-23 (10-13)

5ª Jornada
08.01.14, 17h00 – Bósnia Herzegovina : Estónia, 28-26 (15-9)
08.01.14, 19h05, Dobele – Letónia : Portugal, 24-26 (13-8)

6ª Jornada
11.01.14, 16h00 – Estónia : Letónia, 32-30 (13-14)
12.01.14, 15h00, Mafra – Portugal : Bósnia Herzegovina, 27-26 (14-13)

CLASSIFICAÇÃO FINAL:
1º – Bósnia Herzegovina, 10 pontos
2º – Portugal, 8 pontos
3º – Letónia, 4 pontos
4º – Estónia, 2 pontos

NOTA– Todas as informações sobre a qualificação para o «play-off» do Campeonato do Mundo Qatar 2015 podem ser encontradas em www.eurohandball.com

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