O Madeira SAD venceu esta tarde o Alavarium Love Tiles por 28-29, após prolongamento, conquistando assim a Supertaça Multicare Seniores Femininos, troféu que mão lhe foge desde a longínqua época de 1998/99. Mas, tal como o ano passado, foi necessário recorrer a prolongamento para encontrar o vencedor.
Frente a frente, duas equipas que se conhecem muito bem – o campeão nacional, Alavarium Love Tiles, e o vencedor da Taça de Portugal, Madeira SAD, reeditando aquela que foi a final da temporada finda e na qual as madeirenses saíram na altura vencedoras (28-25).
A partida arrancou com as defesas a mostrarem superioridade sobre os ataques. Na baliza do Alavarium Lote Tiles, Isabel Góis mostrava que é reforço. Do outro lado, Mónica Correia também não desmerecia. À passagem do minuto sete (2-2), susto para as insulares com a lesão de Ana Andrade que no entanto recuperaria e regressaria ao jogo. Os primeiros 17 minutos foram de total equilíbrio, bem expresso no marcador (5-5).Aos 19 minutos aconteceu a primeira vantagem de dois golos (5-7) que favoreceu a equipa insular, numa altura em que estava em superioridade numérica. Carlos Neiva, técnico aveirense, solicitou o primeiro time-out. O ataque da sua formação cometia mitos erros que permitiram oa rápidos contra-ataque que fizeram disparar a diferença para quatro golos (5-9), aos 21 minutos. Após o time-out, a equipa de Aveiro reagiu bem, reduziu a distância e aos 25 minutos, a vencer apenas por dois golos (7-9) foi a vez do treinador do Madeira solicitar uma paragem da contagem do tempo de jogo. Na resposta, o Alavarium voltou a colar-se (9-9), após um parcial de 4-0. Já dentro do minuto final, na conversão de um livre de sete metros, o Alavarium Love Tiles passou para o comando do marcador (10-9). E foi de livre de sete que o Madeira SAD fixou o resultado ao intervalo (10-10).
A HISTÓRIA DO PÁSSRO QUE FUGIU DA GAIOLA
O segundo tempo manteve, durante os primeiros minutos, a toada de equilíbrio que marcou grande parte do primeiro tempo. Até que, aos 36 minutos, o Alavarium Love Tiles voltou à vantagem de dois golos, para alegria dos muitos simpatizantes que se encontravam nas bancadas. Mas a reação insular não se fez esperar e aos 41 minutos já o Madeira tinha regressado ao comando do marcador (15-16). A história do segundo tempo foi-se fazendo com empates sucessivos até que, aos 47 minutos, o Alavarium voltou cheou aos 19-17. Os minutos de jogo, em início de época, começavam-se a notar, com o jogo mais lento e as jogadoras a cometerem mais erros. Isabel Góis voltou a ser preciosa ao defender um livre de sete metros, com 50 minutos de jogo (20-19). Um parcial de 3-0 colocou o Alavarium com quatro golos de vantagem a sete minutos do fim (23-19), com o treinador insular a pedir um ‘time-out’.
A vencer por 25-21 e com três minutos para jogar, o triunfo estava mais perto do Alavarium que prometia contrariar a história. Mas quem não acreditou nisso foram as jogadoras do Madeira. Mesmo sem Erica Tavares, que se lesionou aos 57 minutos, as madeirenses acreditaram e acabaram para levar o jogo para prolongamento, depois de fazerem o empate a 25 a quatro segundos do fim.
REPETIU-SE A FINAL DO ANO PASSADO
No prolongamento, começou melhor o Madeira, chegou aos dois golos de vantagem (25-27) e foi para o descanso a vencer por 26-27. Os últimos cinco minutos foram dramáticos. Ana Andrade converteu um sete metros que ampliou a vantaem (26-28); Mariana Lopes voltou a colocar as equipas separadas por um único golo (27-28); Isabel Góis defendeu remate de Cláudia Aguiar; o Alavarium perdeu a bola no ataque; as insulares responderam da mesma forma e, aum minuto do final Mariana Lopes volta a empatar o jogo (28-28). As duas guarda-redes mostram-se nos próximos ataques e Márcia faz o 28-29 a 20 segundos do apito final.
Triunfo da maior experiência da equipa do Madeira SAD que, desde 1998/1999 venceu todas as Supertaças Femininas.
Renata Tavares (Madeira SAD), com 11 golos, foi a melhor marcadora da partida, seguida de Mariana Lopes, do Alavarium Love Tiles, com nove.
O boletim de jogo pode ser consultado em Competições – Competições Nacionais
EM DIRETO
Duarte Sousa, treinador do Madira SAD, não escondia a satisfação no final de uma partida que redundou na conquista de mais um troféu. E nem a frequência com que tal tem acontecido afeta o sabor.
“Tem sempre muito sabor, especialmente quando tivemos tantas contrariedades como as que aconteceram nes princícpio de época”, começou por referir o técnico madeirense. “Uma garda-redes que vai ser loperada a um joelho; uma outra guarda-redes que jogou com um dedo partido; tivemos outra guarda-redes que regressou e já não jogava há três anos… Tudo isto dá um sabor especial à vitória.Tinha dito às jogadoras que os jogos só acabam no fim e este é um dos bons exemplos que fica – o jogo são sessenta minutos”, relembrou Duarte Sousa.
Da parte do Alavarium Love Tiles, alguma tristeza por terem deixado fugir o pássaro nos instantes finais.
“NA segunda parte estivemos semrpe na frente, a 10 segundos do fim tivemos ‘bola’ para poder ‘matar’ o jogo, se tivessemos marcador, estaríamos contentes nesta
altura, não marcou, mas não foi por aí… Tivemos algumas falhas a nível defensivo, que não podemos ter, mas é princícpio de época. Só tinhamos feito um jogo de rpeparação, hoje deram tudo, deixaram tudo em campo, principalmente no tempo regulamentar. No prolongamento estivemos várias vezes em sinferioridade, o que nos complicou a vida. Podíamos ter ganho o jogo no tempo regulamentar. Parabéns ao Madeira SAD”
