Portugal e Tunísia voltaram a defrontar-se esta tarde, no Pavilhão Multiusos de Tábua, no segundo e último jogo do Torneio Internacional de Elite, que serviu de preparação aos portugueses para o apuramento para o Campeonato da Europa de 2016. Depois da vitória lusa por 31-29, no primeiro jogo, realizado na noite de sexta-feira, em Oliveira do Hospital, Portugal repetiu a vitória, desta feita por 27-26, num jogo fisicamente muito exigente.
Na tarde deste sábado, Rolando Freitas fez alinhar, no sete inicial, Pedro Solha, Gilberto Duarte, Rui Silva, Claudio Pedroso, Pedro Portela, Bruno Moreira e o capitão Hugo Figueira, na baliza. Pedro Solha, da ponta esquerda, inaugurou o marcador, mas ainda antes dos três minutos, a Tunísia ficou em vantagem (1-2), anulada por Bosko Bjelanovic, em contra-ataque. Pedro Portela, novamente em contra-ataque, voltou a colocar Portugal em vantagem, ampliada logo a seguir por Solha. Com Gilberto Duarte excluído, Hugo Figueira, muito seguro, defendeu um livre de sete metros e, na jogada seguinte, foi a vez de Rui Silva sofrer uma exclusão e a formação lusa ficou a jogar com menos dois elementos. A Tunísia mostrava-se muito agressiva, tanto a defender como a atacar e, com Portugal ainda em inferioridade numérica, os tunisinos não desperdiçaram e passaram novamente para a frente (5-6). A vantagem adversária durou pouco tempo e, aos 15 minutos, foi a vez dos tunisinos verem três jogadores excluídos; Portugal aproveitou a superioridade numérica em campo e aumentou para três golos (10-7) a diferença. Portugal foi seguindo na frente, perante uma Tunísia que apostava no maior poderio físico para causar dificuldades aos lusos, até que, aos 27 minutos o marcador assinalou nova igualdade a 14 golos. À entrada do último minuto de jogo do primeiro tempo, ainda houve tempo para um golo para cada lado e Pedro Solha não conseguiu finalizar com sucesso o livre de sete metros já em cima do intervalo. Portugal e Tunísia foram para o intervalo empatadas a 15 golos.
De regresso para o segundo tempo, alinharam de início Fábio Antunes, Gilberto Duarte, Rui Silva, Pedro Spínola, Bruno Moreira, José Costa; Quintana, na baliza, entrou muito bem a defender um livre de sete metros. Portugal ficou reduzido a seis jogadores ainda antes dos cinco minutos de jogo e a Tunísia colocou-se em vantagem e, aos dez minutos, ganhava por 17-19, vantagem que foi mantendo. Pedro Cruz reduziu para a diferença mínima, a meio da segunda parte e Quintana fez vibrar o público ao defender um contra-ataque adversário. A Tunísia voltou a adiantar-se e vencia por 19-22 a dez minutos do fim, numa altura em que Portugal se deparava com maiores dificuldades ao nível ofensivo. Fábio Antunes marcou o golo que empatou a partida a 23 golos, deixando tudo ainda em aberto para o resultado final. Claudio Pedroso reentrou da melhor forma no jogo e, aos 28 minutos, voltou a colocar a formação lusa na frente; Quintana, na jogada seguinte, defendeu e segurou a vantagem, no início do último minuto. Bruno Moreira fechou o marcador para Portugal, que ainda sofreu um golo mas já não deixou fugir a – segunda – vitória.
Claudio Pedroso foi o melhor marcador de Portugal, com seis golos. O boletim de jogo pode ser consultado aqui, em anexo.
Marcha do marcador: 2-2 (5m), 5-4 (10m), 8-7 (15m), 13-9 (20m), 14-11 (25m), 15-15 (30 m)/ 15-16 (35m), 17-19 (40m), 19-20 (45m), 19-22 (50m), 23-24 (25m), 27-26 (60m).
“HOJE QUEM GANHOU O JOGO FOI O GRUPO
“Nós sabíamos que a Tunísia é uma equipa que joga muito com o físico, falámos isso com os jogadores, nomeadamente em termos defensivos, agarrando muito, e marcando muito as trajectórias dos jogadores. Nesse sentido, sabíamos que era um jogo que nos íamos solicitar um esforço acrescido nesse aspecto, que será o que vamos ter de fazer no futuro, na qualificação. É um bom adversário e é uma excelente oportunidade que temos de agradecer aos Municípios de Oliveira do Hospital e de Tábua e à direcção da FAP, ter-nos proporcionado esta oportunidade neste estágio. Estamos muito contentes com a coesão do grupo. Hoje quem ganhou o jogo, na parte final, quando estávamos três golos abaixo, foi o grupo, o poderem ajudar-se e superar esta dificuldade. Estamos muito contentes com a forma como trabalham e como se empenharam. Por isso damos nota mais, uma nota muito positiva a este estágio”, destacou o seleccionador nacional, no final do jogo, em conferência de imprensa.
Por sua vez, Pedro Portela disse que “A união deste grupo já veio do apuramento passado e nos últimos quatro jogos entrámos mal, mas a união do grupo fez com que conseguissemos quatro vitórias em quatro jogos. Agora mostrámos mais uma vez que o grupo está unido e que estamos confiantes para este novo apuramento”
