F.C. Porto conquista Supertaça com triunfo tangencial sobre o Sporting CP

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O Futebol Clube do Porto conquistou hoje a Supertaça Masculina 2014/2015, ao vencer no pavilhão do Águas Santas o Sporting Clube de Portugal por tangencial 29-28. Um jogo emocionante, equilibrado de principio ao fim, com várias alternâncias no marcador, e que só terminou quando o Sporting, já com o tempo de jogo concluído, desperdiçou um livre de sete metros.

O FC Porto iniciou a partida com Alfredo Quintana, Mick Schubert, Ricardo Moreira, João Ferraz, Gilberto Duarte, Alexis Borges e Daymaro Salina. No ataque, Nuno Roque substituía Alexis Borges.

Por seu lado, o Sporting CP entrou com Ricardo Correia, Pedro Solha, Pedro Portela, Fábio Magalhães, Rui Silva, Pedro Spínola e Pedro Portela. Nas ações defensivas, Rui Silva dava lugar a Bosko Bjelanovic.

Equilíbrio nos instantes iniciais da partida, com empates sucessivos nos cinco primeiros minutos (2-2), com a primeira vantagem de dois golos a favorecer o FC Porto (4-2), após um golo de João Ferraz, em apoio, ao minuto seis e meio. Com um ataque muito eficaz, o Sporting foi evitando os contra-ataques que o FC Porto tanto gosta de protagonizar. E ao cair do minuto 10, Bruno Moreira fez regressar tudo à estaca zero (5-5). Nessa altura já Obradovic tinha lançado Yoel Morales no lugar de João Ferraz, respondendo Frederico Carlos com a entrada de Frankis Carol em prejuízo de Fábio Magalhães. Rui Silva, à passagem do minuto 45 colocou pela primeira vez o Sporting na frente do marcador (7-8). A defesa leonina, em excelente plano, colocava grandes dificuldades ao adversário, obrigado a jogar no limite do jogo passivo. O técnico do FC Porto mexeu claramente na equipa, fazendo entrar Hugo Santos e Miguel Martins (no ataque), para os lugares de Mick Schubert e Nuno Roque. Do lado do Sporting CP, Frederico Carlos trocou de guarda-redes à entrada do minuto 20 (8-8), fazendo entrar Ricardo Candeias. Duas exclusões consecutivas, entre os minutos 23 e 24, dificultaram a tarefa do FC Porto e ‘obrigaram’ Ljubomir Obradovic a solicitar um ‘time-out’. Valeu, na ocasião, o excelente desempenho de Alfredo Quintana, para evitar males maiores. Mesmo assim, os leões chegaram à vantagem de dois golos (9-11), à entrada do minuto 27.

Até ao intervalo, os jovens Hugo Santos e Miguel Martins (por duas vezes) reduziram, Frankis marcou por duas vezes, mas foi Mick Schubert, em cima do apito para o intervalo, a fazer o empate (13-13).

ALTERNÂNCIAS NO MARCADOR

Tal como o primeiro tempo, a segunda parte começou equilibrada e foi o capitão Ricardo Moreira que, aos 34 minutos, numa ação de contra-ataque, fez a sua equipa regressar ao comando do marcador (15-14), ainda que por pouco tempo. Com 16-16, Alfredo Quintana parou um ‘sete metros’ de Pedro Solha, na resposta Ferraz atirou por cima e depois, muito bem servido por Fábio Magalhães, Bruno Moreira voltou a colocar a sua equipa na frente (16-17). Após novo desperdício do ataque portista, foi Solha a ampliar a vantagem. Estávamos com 40 minutos e o Sporting regressava à vantagem e dois golos (16-18). Novo ataque falhado pelo FC Porto e resposta imediata dos leões, a ampliarem para 16-19, primeira vantagem de três golos. Jogada a um ritmo intenso, e com falhas de ambas as equipas, a partida ganhou novo aliciante quando Ricardo Moreira, à entrada do minuto 44, voltou a empatar (20-20). No entanto, nova sucessão de falhas por parte do ataque do FC Porto permitiram três golos consecutivos do Sporting que entrou no minuto 48 a vencer por 20-23. Um parcial de 3-0 voltou a colocar as equipas empatadas (23-23) e a 10 minutos do fim percebia-se que a partida estava completamente em aberto. Gilberto deu o mote (25-24) a seis minutos do fim, ‘obrigando’ Frederico Carlos a solicitar um ‘time-out’.

As duas equipara foram para os cinco minutos finais empatadas a 25 e assim continuaram depois de Morales e Magalhães marcarem (26-26) e Gilberto e Portela fazerem o gosto à mão (27-27). Ricardo Moreira, na conversão de um livre de sete metros voltou a colocar a sua equipa na frente mas, pouco depois, Pedro Portela voltou a empatar o jogo (28-28). ‘Time out’ solicitado pelo treinador do FC Porto, para programar o último ataque de que resultou um livre de sete metros cometido sobre Alexis Borges. Ricardo Moreira não perdoou (29-28). Na resposta, e com o tempo a esgotar-se rapidamente, o ataque dos leões é travado em falta que a dupla de arbitragem sanciona com sanção a Edgar Landim. Depois foi Obradovic a ver o cartão vermelho e, a poucos segundos do final, em dupla superioridade numérica, Pedro Portela conquista o livre de sete metros que Rui Silva desperdiça, atirando à base inferior do poste esquerdo da baliza de Alfredo Quintana.

Seguiu-se a festa de todo o staff portista e dos muitos adeptos presentes e a entrega dos respetivos troféus às duas equipas de que se encarregaram o presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, e o presidente da Associação de Andebol do Porto, Paulo Martins, e o presidente da Federação de Andebol de Portugal, Ulisses Pereira.

EM DIRETO

Rui Silva (técnico do FC Porto): “Sabíamos que o jogo ia ser extremamente disputado, entre duas das melhores equipas nacionais, e alguns dos melhores jogadores nacionais. Foi uma final muito disputada, decidida nos pormenores, e nós conseguimos anular alguns dos pontos fortes do Sporting, assim como o Sporting conseguiu anular alguns dos nossos. No final, tivemos a felicidade que a vitória caísse para o nosso lado, conquistando a Supertaça. A diferença mínima de um golo mostra a competitividade do jogo. A vitória poderia ter caído para qualquer dos lados, as duas equipas trabalharam muito.”

Frederico Carlos (técnico do Sporting CP): “Basta olhar para o resultado para ver que foi um jogo muito bem disputado por duas excelentes equipas. O FC Porto teve a felicidade de marcar mais um golo que o Sporting mas, de qualquer maneira, quero dar os parabéns à entrega dos jogadores do Sporting e à qualidade do jogo apresentado. Era um jogo que sabíamos que ia ser disputado até ao fim, infelizmente não conseguimos ganhar, era esse o nosso objetivo. Temos de continuar a trabalhar, levantar a cabeça, para que o ano de 2015 nos traga mais alegrias que o ano de 2014. Houve altura do jogo em que o FC Porto foi superior, outras fomos nós. Se fosse o Sporting a ganhar, a Supertaça também estaria bem entregue. Foi um bom jogo de promoção da modalidade.”

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