Portugal assegurou esta noite a vitória no Torneio Inter Municipal do Vale do Côa, ao empatar com a Roménia a 27 golos, no terceiro e derradeiro encontro entre as duas equipas, disputado em Figueira de Castelo Rodrigo. Ao intervalo Portugal vencia por tangencial 14-13, após uma primeira parte em que dominou o adversário.
No terceiro e derradeiro confronto com a Roménia, Portugal iniciou a partida com Alfredo Quintana, Pedro Portela, Pedro Solha, Fábio Magalhães, Jorge Silva, Tiago Rocha e Bosko Bjelanovic que, no ataque, trocava com Nuno Roque.
Primeiros minutos de equilíbrio, entre duas formações que se conhecem bem, mas com Portugal a comandar o marcador (4-2 aos oito minutos). A Roménia ainda se aproximou mas, utilizando bem o contra-ataque, Portugal ampliou para 8-4 (12 m.), com um golo de belo efeito de Pedro Solha, que levou o ténico da Roménia a solicitar o primeiro ‘time-out’. O jogo foi decorrendo sem grande história, com Portugal a manter o sete inicial e o comando do marcador até ao minuto 20 (13-9). Ricardo Pesqueira foi o primeiro jogador a saltar do banco, aos 23 minutos (13-10), numa altura em que o ataque de Portugal tinha desperdiçado algumas ocasiões de ‘um contra um’. Aprovetou a Roménia para, em cima do apito, fixar o resultado ao intervalo em 14-13, lisonjeiro para a turma visitante.
Para o segundo tempo, António Areia, Nuno Grilo e Rui Silva, no ataque, entraram na equipa portuguesa que, após permitir o empate a 14, viu Nuno Grilo faturar por duas vezes e ampliar para 16-14. A Roménia passou pela primeira vez para a frente do marcador aos 39 m. (16-17), depois de Portugal desperdiçar um livre de sete metros. Foi ‘sol de pouca dura’ já que, quando Fábio Vidrago substituiu Pedro Solha, aos 41 minutos, já os lusos estavam na frente do marcador (19-18). A vencer 20-19, com Pedro Portela no lugar de António Areia, a partida entra num ritmo mais rápido, com ataques curtos, golo cá, golo lá, e empates a 21 e 23 (52 m.). Dois golos de livres de sete metros, concretizados por Tiago Rocha, ditaram empates a 25 e 26, com Pedro Portela a apontar o derradeiro golo, que fixou o resultado final num empate a 27 golos e consequente triunfo de Portugal no Torneio Inter Municipal do Vale do Côa.
N o final do jogo, Ulisses Pereira, presidente da Federação de Andebol de Portugal, e Paulo Langrouva, presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, procederam à entrega dos troféus às duas equipas.
O boletim de jogo pode ser consultado em anexo
EM DIRETO
Tal como os responsáveis pelos municípios de Mêda e Pinhel, Paulo Langrouva, presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, considera estes eventos essenciais para o seu território.
“Sem dúvida alguma. Estes eventos são muito importantes para estes concelhos do interior que, por vezes, têm um défice de eventos desta natureza e que mobilizam as pessoas. A articulação destas parcerias entre as três câmaras municipais, em nosso entender, é de facto um reforço daquilo que se pode fazer em favor de um desporto, neste caso o andebol, mas eu penso que também é possível fazer este esforço a outros níveis”, referiu oPaulo Langrouva. “É isso que temos de continuar a fazer, mobilizar, unir esforços, porque estes concelhos do interior estão muito esquecidos. Este tipo de atividades e iniciativas servem para unir os diferentes concelhos e mobilizar esforços no sentido de conseguirmos desenvolver o nosso interior”.
Quanto ao seleccionador nacional, começou por fazer o balanço deste terceiro jogo frente à Roménia.
“Foi um jogo semelhante aos outros, onde, em minha opinião, houve um ascendente de Portugal. Contudo, por não controlarmos a marcha do marcador em momentos chave, levou a que a Roménia conseguisse recuperar e criar-nos algum stress na parte final do jogo”, referiu Rolando Freitas.
Sobre a globalidade do estágio, que incluiu estes três jogos com a Roménia, o seleccionador fez um balanço positivo do trabalho desenvolvido. ” Saio daqui satisfeito com o trabalho. Ganhamos o torneio em disputa, sem perder nenhum dos três jogos. Mas, para nós, o importante foi o trabalho que realizámos, os jogadores que observamos, as experiências que fizemos e os testes que conseguimos fazer, sem nunca pôr em causa a nossa forma de jogar e sabendo também que defrontámos uma boa equipa romena que mostrou um bom nível competitivo”.
