Atlético Clube das Sismaria e Juventude Desportiva do Lis são dois dos emblemas mais prestigiados da zona centro. A rivalidade entre ambas as formações vem de longe e esta temporada disputam a zona sul do campeonato nacional de seniores masculinos da 2.ª divisão – zona sul. Disputadas 10 jornadas, o AC Sismaria leva quatro pontos de vantagem sobre a Juve Lis.
As referências anteriores não são notícia. São meras constatações.
Notícia será o que mereceu ampla reportagem por parte do Jornal de Leiria, na sua edição de 3 de Dezembro, ilustrada com foto de Ricardo Graça, e que tomamos a liberdade de publicar em anexo.
É que AC Sismaria e Juve Lis defrontaram-se recentemente no pavilhão da Gândara, em partida a contar para a nona jornada do referido campeonato e os irmãos Tiago e André Cotrim encontraram-se pela primeira vez como adversário num jogo a doer. Refira-se que Tiago levou a melhor sobre André, não só porque marcou cinco golos mas, principalmente, porque a sua equipa, o AC Sismaria, venceu (21-19).
Também este pormenor poderia não ser, por si só, motivo de tão ampla reportagem.
Mas, a verdadeira notícia, o assunto que levou o jornalista do Jornal de Leiria a meter mãos à reportagem, foi o facto de os jogadores das duas equipas, pese a reconhecida rivalidade, terem prolongado o jogo para além dos 60 minutos e juntarem à mesa os dois plantéis num salutar convívio. Ou, antes, num saboroso prolongamento…
A ideia foi de João Marques, um dos mais veteranos da Juve Lis, que tem amigos em ambas as equipas. «Quisemos dar o exemplo e provar que num derbi existe uma forte rivalidade entre os jogadores, mas é uma rivalidade sadia».
Opinião comungada pelo capitão do Sismaria, Luís Portela. «Estes encontros acontecem muitas vezes. De uma maneira diferente mas as pessoas são as mesmas. Muitos de nós somos amigos de longa data».
Um exemplo a seguir ou, se preferirem, a outra face de uma rivalidade que se confina às quatro linhas.