Derrota tangencial (26-25) no segundo particular frente à Islândia

PUB

Portugal perdeu esta noite por tangencial 26-25 com a Islândia, no segundo jogo particular que efectuou com a seleção islandesa que dentro de alguns dias inicia a sua participação no Campeonato da Europa – Polónia 2016.

Portugal a entrar com um sete totalmente diferente do que arrancou o jogo de véspera. Ricardo Candeias; Pedro Solha, António Areia, Fábio Magalhães, Ricardo Pesqueira, Jorge Silva e Bosko Bjelanovic. Nas ações ofensivas, entravam Tiago Pereira e José Costa para os lugares de Bosko e Pesqueira. O técnico da Islândia, na fase final da preparação para o Europeu, subscreveu a mesma opção de Rolando Freitas.

Tal como no primeiro encontro, marcador dividido nos primeiros instantes (3-3, aos 5 m.) e primeira exclusão muito madrugadora para a equipa de Portugal (Ricardo Pesqueira aos 6 minutos). Jogo muito rápido, com alguns erros de ambos os ataques e a Islândia a insistir muito no jogo para os seis metros onde o possante pivô Kari Krististjansson (1,98 m. e 108 kg.) colocava dificuldades à defesa lusa. Os empates sucessivos que aconteceram até ao minuto 13 (6-6) espelham bem o equilíbrio que se verificava. Depois, Portugal teve uma ‘branca’ que durou quatro minutos e, a perder por três (9-6), aos 17 minutos de jogo, Rolando Freitas solicitou um ‘time-out’.

À entrada do minuto 20 primeiras alterações na equipa portuguesa, com a entrada de Rui Silva (ataque), Tiago Rocha e Cláudio Pedroso. Portugal perdia, nessa altura, por quatro golos de diferença (10-6) e esteva sem marcar entre o minuto 13 e o minuto 21. De seguida, entrou Gilberto Duarte que completava a primeira linha com Rui Silva e Cláudio Pedroso. Portugal entrou nos cinco minutos finais a perder por 12-8, o contra-ataque não se mostrava tão eficiente como no primeiro jogo e, até final do primeiro tempo (14-10), não conseguiu reduzir a desvantagem, muito por culpa do excelente desempenho do guarda-redes do Aalborg Handball, Aron Edvardsson.

UM NOVO SETE PARA O SEGUNDO TEMPO

Portugal regressou com Alfredo Quintana; Pedro Portela, Fábio Antunes , Tiago Pereira, Gilberto Duarte, Fábio Magalhães e Tiago Rocha. Nas ações defensivas, Ricardo Pesqueira substituía Tiago Pereira. Entrou melhor a Islândia que, aos 34 minutos, tinha ampliado a vantagem para seis golos (17-11) depois de mais algumas falhas do ataque luso. Portugal esteve pouco depois em dupla superioridade numérica, Fábio Antunes e Tiago Rocha, por duas vezes, reduziram para 17-14, resultado com que se atingiu o minuto 38. A defesa portuguesa não acertava; o ataque desperdiçava, entretanto, algumas situações claras e os islandeses aproveitaram para repor a diferença em cinco golos (20-15).

Portugal reagiu muito bem, foi-se aproximando no marcador e, com um parcial de 1-6, chegou ao empate a 21 aos 47 minutos, com golo de Pedro Portela. Pouco depois, na conversão de um livre de sete metros, Tiago Rocha passa Portugal para a frente (21-22). A superioridade numérica lusa terminou quando a dupla de arbitragem, de uma assentada, excluiu Ricardo Pesqueira e Alfredo Quintana. Aproveitou a Islândia da melhor forma, fazendo dois golos (23-22, aos 51 m.). Portugal tentou colocar mais velocidade no contra-ataque mas nem sempre aproveitou da melhor forma as situações de superioridade. A vencer por um (23-22) aos 52 minutos, o técnico islandês solicitou um ‘time-out’ e à entrada dos cinco minutos finais, o mesmo resultado e a mesma opção de Rolando Freitas.

Os instantes finais da partida pouco acrescentaram à história do jogo. Portugal ainda reduziu para 25-24, graças a um contra-ataque conduzido e concretizado por Gilberto Duarte, mas uma falha do ataque português permitiu que a Islândia respondesse e, em contra-ataque, voltasse a colocar a diferença do marcador em dois golos. Com pouco menos de dois minutos para jogar, Portugal voltou a desperdiçar o ataque. O técnico da Islândia solicitou um ‘time-out’ já dentro do minuto final, a sua equipa não aproveitou o último ataque de que dispôs e foi Portugal a fixar o resultado final em 26-25, num jogo marcado pelo elevado numero de exclusões: oito para Portugal e seis para a Islândia.

Marcha do marcador: 4-4 (10 m.); 9-6 (20 m.); 14-10 (30 m.); 18-15 (40 m.); 22-22 (50 m.) e 26-25 (60 m.).

Boletim, estatística e filme do jogo podem ser consultados em www.visir.is

ROLANDO FREITAS, seleccionador nacional
«Não entrámos bem no jogo mas melhorámos na segunda parte»

Sem poder dizer que estava satisfeito, porque esse é um sentimento que não se comunga após uma derrota, Rolando Freitas não escondeu que não tinha grandes motivos para estar descontente.

«Nós não entrámos muito bem no jogo. Também fomos um pouco penalizados com algumas exclusões, numa fase em que estávamos a tentar assentar o jogo», começou por recordar Rolando Freitas. «Curiosamente, acabamos por chegar ao intervalo com menos golos sofridos que ontem, e uma das nossas maiores deficiências hoje foi o ataque, onde temos estado bem, com eficácias acima dos 60 por cento. Hoje, com apenas 10 golos marcados até ao intervalo, apossou-se de nós um lamento por não termos atingido melhor nessa fase do jogo». Um jogo onde Portugal, curiosamente, sofreu o menor número de golos dos quatro encontros que disputou na Suíça e Islândia.

«Melhorámos bastante na segunda parte, voltamos a ter um índice de golos sofridos como o de ontem (11 contra 12), marcámos 15 golos, que foi uma melhoria significativa. E poderíamos ter marcado mais… Mas a verdade é que voltámos a ser fustigados com algumas exclusões quando equilibrámos o jogo, empatando e passando mesmo para a frente». No final, «o jogo acabou por ‘cair’ para o lado da Islândia mas penso qeu fizemos um bom trabalho e voltou a ser um bom jogo de andebol», finalizou Rolando Freitas.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Os confrontos entre Portugal e Islândia começaram em 1977 quando, em Klagenfurt, a Islândia venceu Portugal por 29-14, em jogo a contar para o Mundial – Grupo B.
No que respeita aos encontros mais recentes, disputados já este século, Portugal entrou no jogo de quarta-feira com um pecúlio francamente negativo: uma vitória, em Junho de 2014, e seis derrotas, acrescentando agora mais uma vitória e uma derrota.

Patrocinadores Institucionais