Portugal vence «europeia» Islândia no primeiro de dois particulares

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Portugal venceu esta noite a Islândia por 28-32, no primeiro dos dois jogos particulares que o seleccionado luso veio disputar integrados no estágio de preparação para o ‘play-off’ do Mundial de 2017.

Frente a um adversário muito poderoso, que disputou todas as fases finais dos últimos oito campeonatos da Europa e dois (2011 e 2013) dos três últimos mundiais; medalha de bronze no Europeu de 2010 e nos Jogos Olímpicos de 2008, e na fase final de preparação para o Europeu da Polónia, não se adivinhava tarefa fácil para os pupilos de Rolando Freitas.

Pavilhão cheio, numa cidade (Hafnarfjordur) onde o Andebol é especialmente acarinhado. Portugal a entrar com Alfredo Quintana; Fábio Antunes, Pedro Portela, Tiago Rocha, Rui Silva, Gilberto Duarte e Cláudio Pedroso. Nas ações defensivas, entravam Bosko Bjelanovic e Ricardo Pesqueira para os lugares de Rui Silva e Cláudio Pedroso.

Equilíbrio nos primeiros minutos com a Islândia a conseguir a primeira vantagem de dois golos aos cinco minutos e Portugal a reduzir de imediato. E foi o mesmo jogador que, aos sete minutos, num rápido contra-ataque, fez o seu terceiro golo consecutivo, empatando a quatro.

O lado esquerdo do ataque islandês, muito poderoso, com o capitão e veterano Sigurdsson (FC Barcelona) e Aron Parmarsson (MVM Vezprem), merecia especial atenção à defesa portuguesa. A Islândia conseguiu três vantagens de dois golos (7-6, 9-8 e 10-8) assim passando ao minuto 17. Com 20 minutos, Portugal estava perfeitamente dentro da partida (11-10), provavelmente para surpresa do público que lotava o pavilhão.
Com 23 minutos, e a perder por três (13-10), Rolando Freitas solicita o primeiro ‘time-out’ e à entrada dos quatro minutos finais já Portugal tinha empatado a 13.

Dois erros do ataque permitiram outros tantos contra-ataques da Islândia e o afastamento no marcador (15-13). Tiago Pereira entrou para organizador do jogo de ataque já nos minutos finais e o intervalo chegou pouco depois, com a Islândia a vencer por tangencial 17-16.

ENTRAR BEM NO SEGUNDO TEMPO

Rolando Freitas não mexeu na equipa para o segundo tempo e entraram os mesmos sete que terminaram o primeiro período. Portugal abriu com um contra-ataque de Fábio Antunes que fez o seu sexto golo da partida e o empate a 17. E, pela primeira vez, Portugal passou para a frente do marcador. Portela começou por empatar a 18 para Cláudio Pedroso, com dois golos consecutivos, fazer o 18-20. Depois, Portugal desperdiçou um contra-ataque em situação de um contra zero e a Islândia reduziu para empatar pouco depois (21-21) depois de Portugal ter voltado a desperdiçar novo contra-ataque.

As primeiras alterações na equipa passaram pelo lado esquerdo com as entradas de Fábio Magalhães e Pedro Solha. Pouco depois, foi a vez de António Areia. Estavam decorridos 43 minutos de jogo e Portugal perdia por 23-22. Com as formações empatadas a 23 golos (44 m.), Aron Kristjansson, técnico da Islândia, solicitou paragem de jogo. Pesqueira foi depois excluído, numa decisão muito duvidosa da equipa de arbitragem, mas Portugal aguentou bem e não sofreu qualquer golo. E voltou mesmo ao comando do marcador (23-24, aos 47 m.). Acabado de entrar, José Costa desfez o empate a 24, tomou-lhe o gosto, voltou a marcar e deu vantagem de dois golos a Portugal (24-26) aos 50 minutos. Quando a vantagem chegou aos quatro golos (24-28), o treinador islandês solicitou um ‘time-out’. Faltavam pouco mais de oito minutos para a partida terminar.

MINUTOS INTENSOS

Os minutos finais foram muito ‘intensos’… Pedro Portela recolocou a vantagem em três golos (26-29), a Islândia voltou a reduzir e, com pouco mais de cinco minutos para jogar, e em dupla inferioridade numérica, foi a vez do treinador português solicitar o ‘time-out’. Gilberto Duarte ampliou para 27-30 (56m30s.). A dois minutos do fim Portugal dispôs de um livre de sete metros que António Areia aproveitou para colocar a vantagem de novo em três golos. (28-31). Já no minuto final a Islândia recorreu a uma defesa «homem a homem» que não evitou que Areia voltasse a marcar. O jogo terminou pouco depois com a vitória de Portugal, por 28-32, resultado que seguramente surpreendeu o público que encheu por completo o pavilhão de Hafnarfjordur).

Boletim, estatística e filme do jogo podem ser consultados em www.visir.is

Marcha do marcador: 5-4 (10 m.); 11-10 (20 m.); 17-16 (30 m.); 20-21 (40 m.); 24-26 (50 m.) e 28-32 (60 m.).

ROLANDO FREITAS, SELECCIONADOR NACIONAL
«Apresentamos melhorias significativas»

Rolando Freitas, no final do jogo, fez a habitual apreciação ao modo como decorreu a partida.

«Foi um excelente jogo de andebol, tal como tinha acontecido com as duas partidas na Suíça.Com mais uns dias de trabalho e com aquilo que conseguimos trabalhar com base no que fizemos nos jogos da Yellow Cup, apresentamos hoje melhorias significativas em termos defensivos, sofrendo apenas 11 golos na segunda parte», começou por constatar o seleccionador nacional.

«Estou contente com o desempenho dos jogadores que acreditaram ser possível jogar ao melhor nível frente a uma das boas equipas da Europa, quinta classificada no último Europeu. No entanto, foi apenas mais um passo naquilo que acreditamos ser o trabalho que estamos a desenvolver com vista ao ‘play-off’ de Junho», terminou o seleccionador nacional.

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