No final de mais um período de trabalho integrado na preparação da seleção nacional sénior masculina de Portugal com vista aos jogos do «play-off» de apuramento para o Campeonato do Mundo de 2017, pedimos ao seleccionador nacional que fizesse uma abordagem àquilo que foi a presença portuguesa na «Yellow Cup», na Suíça, e os dois jogos particulares frente à Islândia.
«Entrámos neste estágio com um défice que foi o facto de não termos uma fase anterior de preparação, de dois ou três dias, para podermos entrar em cmpetição e jogar», começa por referir o seleccionador nacional. «De qualquer maneira já sabíamos que isso ia ser assim e quisemos tirar o máximo proveito possível destes quatro jogos. Penso que conseguimos isso, crescemos ao longo do trabalho e ao longo do estágio e fazemos uma boa avaliação quer da equipa quer dos jogadores, permitindo que sejam recursos importantes em Junho e precavendo-nos do risco de ficarmos limitados, como já aconteceu no passado. Testamos ainda alguns sistemas durante os quatro jogos que nos vão ser úteis no futuro”.
Por isso mesmo, Rolando Freitas assume que «sentimos que os jogos foram de bom nível, fizeram-nos crescer e demos um passo em frente relativamente à preparação que estamos a traçar com vista ao ‘play-off’ de Junho. Nesse sentido estou muito satisfeito com o trabalho realizado pelos jogadores».
Independentemente deste sentimento de satisfação, o seleccionador nacional confessa que «gostávamos de ter ganho mais um ou dois jogos, se fosse possível, mas é também necessário valorizar o que fizeram os nossos adversários, que estão em fases competitivas muito mais próximas que nós», refere Rolando Freitas.
Recorde-se que a Suíça disputa o grupo 6 de apuramento para o ‘play-off’, juntamente com Holanda e Luxemburgo, e jogou já esta quarta-feira, vencendo fora o Luxemburgo (23-36), voltando amanhã a defrontar o mesmo adversário. Quanto à Áustria, disputa o grupo 2, com Roménia, Itália e Finlândia, tendo vencido fora de porta, também esta quarta-feira, a Itália (40-27) e que a Islândia, adversária de Portugal nos dois jogos particulares realizados quarta e quinta-feiras, tem a fase final do Europeu à porta, disputando o grupo B, com Croácia, Bielorrússia e Noruega, com quem tem estreia marcada para o próximo dia 15.
«Não estamos no nosso melhor no que respeita à nossa forma desportiva, mas mesmo assim conseguimos progredir e melhorar nos aspectos que fomos identificando como menos positivos durante o estágio. Penso que os jogadores interiorizaram isso e estou convicto de que temos condições de melhorar ainda mais no estágio seguinte».
A equipa técnica nacional tem um grupo de jogadores com quem tem vindo a trabalhar mas Rolando Freitas não tem a porta fechada.
«O grupo nunca está fechado e está sempre em condições de ser reforçado com jogadores que lhe possam trazer maior qualidade. Este grupo é bom, estamos contentes, mas é evidente que há um conjunto de jogadores que tem condições para integrar este grupo de trabalho e que já o demonstrou em anteriores concentrações»
A próxima etapa de trabalho da seleção nacional sénior masculina está agendada para princípios de Abril.
