Clube Andebol de Leça (CALE) – um pouco da história do clube com maior número de jogadores incritos

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Depois de vários anos como presidente da assembleia geral, Alcino Glória assumiu a presidência do clube há perto de três anos. Passado este tempo, o presidente do CALE confessa que nunca se sentiu arrependido da decisão.

«Não, não sinto nem nunca me senti arrependido. Quando respondi ao desafio que me foi lançado pelo João Santos, o grande mentor do CALE, sabia que ia ter um árduo trabalho pela frente e por isso só aceitei abraçar este projeto depois de refletir sobre o mesmo, e estar ciente do trabalho e das dificuldades que iria encontrar», refere o presidente do CALE. «Por isso não me posso arrepender da decisão tomada. Aliás se me tivesse arrependido não me teria candidatado a um segundo mandato e teria saído em Novembro do ano passado», esclarece.

Na temporada que findou há pouco, o CALE inscreveu 243 jogadores, de todos os escalões masculinos e femininos entre bambis e seniores, o que lhe transmite uma dimensão que já necessita de uma estrutura e apoios consideráveis. Alcino Glória não esconde que o emblema a que preside tem conseguido os apoios necessários para manter uma normal atividade do clube.

GESTÃO RIGOROSA

«Apesar das dificuldades económicas dos últimos anos, que são transversais a todas as instituições (clubes, empresas, autarquias, etc.), acho que temos conseguido cativar alguns apoios, necessários para manter a nossa atividade. É verdade que não se abrem todas as portas a que batemos, ou não são tão generosos como gostaríamos, mas se não tentarmos é que não conseguimos nada», acentua, mostrando determinação. «Mas o mais importante é fazer uma gestão muito rigorosa com base no que temos e não no que poderemos vir a ter». Quanto aos principais apoios, «sem desvalorizar o apoio da Junta de Freguesia local e das empresas que connosco colaboram, porque todos são importantes, sem dúvida que é da Câmara Municipal de Matosinhos que vem o principal apoio. O município, para além do apoio monetário à formação, disponibiliza as instalações desportivas graciosamente. Este apoio é fundamental para manter toda a atividade», reconhece o presidente do CALE, que adianta.

«Mas já que falamos de apoios há um outro que é imprescindível ao nosso clube que são as dezenas de voluntários, maioritariamente pais dos atletas, que ocupam as mais diversas tarefas no clube de forma graciosa. Falo de treinadores, dirigentes, “mesas”, diretores de campo, etc. São eles também, sem qualquer dúvida, o grande suporte do CALE».

UM GRANDE DESAFIO

Dirigir um clube nunca é simples. Presidir a uma agremiação com a dimensão do CALE, imagina-se facilmente que não seja tarefa fácil.

«Eu não diria que é fácil ou difícil… Diria antes que é um grande desafio. Eu costumo dizer que criar ou fundar qualquer coisa é a parte mais fácil. Seja um clube, uma associação ou até mesmo uma empresa. O difícil é manter. Aí é que está o grande desafio», refere Alcino Glória para depois desvendar um pouco do ‘segredo’. «Mas com trabalho, muita dedicação e principalmente uma grande união de todos em torno do clube é mais fácil dirigir e ultrapassar as dificuldades».

E uma das maiores dificuldades com que a generalidade dos clubes se depara – a disponibilidade de recintos – não se faz sentir muito no CALE. «Quanto aos recintos, felizmente estamos sediados no concelho de Matosinhos que tem um parque desportivo invejável. O Município disponibiliza-nos todos os dias, incluindo fins de semana, as estruturas desportivas municipais existentes em Leça da Palmeira, incluindo uma pista de atletismo e um ginásio! É bom lembrar que temos em atividade todos os escalões do feminino e masculino, pelo que facilmente se percebe o número elevado de horas mensais que utilizamos de pavilhões». MAs a dimensão do clube ainda obriga a alugar algumas horas noutros pavilhões, pois com tantos escalões e atletas, «e apesar da ajuda preciosa da MatosinhoSport, empresa municipal que gere os equipamentos desportivos do concelho, em tentar encontrar mais espaços disponíveis, neste momento não é possível realizar todos os treinos nas estruturas municipais. Mas com maior ou menor dificuldade vamos levando o barco a bom porto».

Quando questionado se a um clube com a dimensãodo CALE ainda lhe é permitido sonhar em crescer, o presidente não hesita. «Claro que pode crescer. Somos muito grandes em número de praticantes e continuamos abertos a acolher todos aqueles que queiram aprender e jogar andebol. Mas penso que a nossa grande margem de progressão passará pelo aumento da qualidade. Apesar dos títulos regionais e nacionais que vamos conquistando, sabemos que um clube tão grande pode e deve fazer mais e melhor e por isso a aposta futura passa por um aumento da qualidade o que levará a uma maior competitividade. E quando falamos de qualidade e competitividade é lógico que o limite é o céu», diz, sem receios.

AJUDAR A FORMAR CRIANÇAS E JOVENS DESPORTIVA E SOCIALMENTE

Quanto a metas e objetivos para a época que agora se inicia, Alcino Glória começa logo por esclarecer que «no CALE a principal meta para cada época está sempre traçada: ajudar a formar crianças e jovens não só desportivamente mas também socialmente. Eles serão os homens e mulheres do futuro e nós temos a obrigação de os preparar da melhor forma. É claro que desportivamente também temos objetivos que são os de trabalhar muito e bem ao longo da época para no final chegar o mais longe possível». Para isso, o presidente do CALE esclarece que «estamos a preparar a próxima época com todo o cuidado, e nesse sentido, uma vez que temos vindo a verificar que no setor masculino, ao contrário do feminino onde o coordenador Vasco Ramos e a sua equipa têm conseguido manter um nível elevado ao longo das épocas, estávamos a recuar muito nos nossos objetivos, decidimos alterar a estrutura e a forma de trabalhar». Para isso, diz Alcino Glória, «contamos a partir de agora com a preciosa colaboração do Prof. Luís Mortágua, que já está a trabalhar connosco na preparação da próxima época. Esperamos a curto prazo começar a ver frutos destas alterações». Mas quando se fala em metas «é lógico que continuaremos sempre a trabalhar no sentido de no final de cada época termos a possibilidade de discutir um ou outro titulo nacional. Na época transata fomos campeões nacionais de Iniciados Femininos. Agora, em 2016/2017 vamos ver o que acontece».

CALE: UM CLUBE ABERTO A TODOS, COM EXCELENTE TRABALHO SOCIAL

Um dos aspetos a que o CALE dá muita atenção, como aliás já foi referido é à parte social, não só dos seus atletas mas também de quem os rodeia.

«Relativamente aos atletas isentamos do pagamento de qualquer verba todos aqueles que comprovadamente não possam suportar qualquer custo. Ninguém deixa de treinar e jogar no CALE por ter dificuldades financeiras! Por exemplo temos um acordo com um Lar de crianças e jovens, do sexo feminino, que são atletas do clube e estão isentas de qualquer pagamento, mas participam em todas as atividades como as outras. E não pensem que isto é um favor que fazemos. É uma obrigação!», refere com convição o presidente do CALE.

«Mas também queremos que esses e todos os outros atletas se preocupem com o que se passa à sua volta, pelas privações que outras criança e jovens como eles passam e por isso organizamos anualmente pelo menos duas campanhas solidárias. Uma na altura em que realizamos o nosso Festand, em que recolhemos alimentos para entregar no Lar atrás referido. Outra na altura do Natal em que contactamos uma instituição que trata da distribuição de alimentos aos mais necessitados de Leça da Palmeira e perguntamos qual o bem alimentar que mais necessitam e fazemos uma campanha entre a grande “família” do CALE». E o presidente do CALE dá um exemplo prático. «Na última campanha realizada juntamos quase 1000 litros de leite em duas semanas. É bom que todos percebam que não vivemos sozinhos neste mundo e em particular na nossa terra». Outro exemplo bem recente «foi um apelo que o clube fez para juntar vestuário desportivo para enviar para as crianças de um conhecido clube de andebol da Madeira que ficou sem nada devido aos recentes incêndios. Apesar de ser período de férias, numa semana juntamos oito caixotes com peças de roupa e calçado para ser enviado para a Madeira. Para além das iniciativas atrás referidas estamos sempre atentos e disponíveis para colaborar com as instituições sociais que nos rodeiam com o objetivo de colmatar situações de carência que surjam», assegura Alcino Glória.

CALE – Clube de Andebol de Leça: um clube que se impõe não só pelo número de atletas que inscreve e movimenta durante a época mas por toda uma atividade social em prol do meio onde está inserido.

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