Terminamos hoje a apresentação das 14 equipas que vão disputar o Campeonato Andebol 1, ouvindo os técnicos das três formações em falta: ABC de Braga/UMinho; Madeira SAD e Delta Belenenses.
Começamos pelo ABC de Braga, que chegou ao título de campeão nacional na época finda após um ‘play-off’ extremamente disputado frente ao S.L. Benfica.
Carlos Resende tem os objetivos traçados e compartilha-os aqui, com os amantes da modalidade.
«Vamos entrar no campeonato com os mesmos objetivos do ano passado, ou seja vencer a competição. Aliás, essa será a meta para todas as competições internas que ainda vamos disputar esta temporada», começou por referir o treinador dos bracarenses.
«Nas competições europeias, a prova onde vamos entrar é consideravelmente mais exigente do que a Taça Challenge, que disputámos e ganhámos na época anterior, pelo que o nosso objetivo passa por ficar nos dois primeiros lugares do nosso grupo. Mas, para que isso se verifique, temos primeiro de conquistar esse direito, vencendo, na Áustria, o grupo de qualificação. Estes são os nossos objetivos para a época», resume Carlos Resende.
Voltando ao Campeonato Andebol 1, o treinador da formação campeão nacional valoriza muito não só as entradas de Dario Andrade e José Costa como de um outro jogador que esteve ‘ausente’ durante largo tempo da época anterior. «Não podemos esquecer esse ‘reforço’ que é o Ricardo Pesqueira. Temos, de facto, uma equipa bastante diferente mas, bastaria que o Ricardo Pesqueira tivesse apto e já sairia reforçada. Temos duas saídas, o Fábio Vidrago e o Nuno Rebelo, o Fábio foi brilhantemente substituído pelo Dario Andrade. O facto de termos este ano a possibilidade de contar com dois pivôs com a qualidade do José Costa e do Ricardo Pesqueira dá algumas garantias ao treinador», reconhece Carlos Resende.
MADEIRA SAD QUER COMEÇAR POR GARANTIR O GRUPO A
O Madeira SAD é outro dos emblemas com espaço conquistado na modalidade e que todos os anos rubrica desempenhos muitíssimo interessantes. Na época finda terminou a fase regular na quinta posição, à frente da AA Águas Santas, acabando por conseguir manter essa posição no ‘play-off’, precisamente frente ao mesmo Águas Santas. Para este ano, a equipa conseguiu importantes reforços, como Bruno Moreira, Fábio Magalhães, ambos ex-Sporting, bem como Hugo Rosário (ex-Águas Santas).
Quando convidado a abordar a próxima época, Paulo Fidalgo começou por recordar que «assistimos a modelo competitivo diferente da época passada, e isso influencia na forma como estruturamos os nossos objetivos».
O treinador insular não esconde que «estamos focalizados alcançar o Grupo A na primeira fase», embora considera «esta tarefa é difícil, já que existem quatro equipas de grande qualidade que têm dominado o Andebol Português nos últimos anos, e depois aparece um conjunto muito equilibrado de formações que lutam por dois lugares. Entre essas quatro equipas está o Madeira SAD.», reconhece Paulo Fidalgo que, no entanto alerta.
«Houve um investimento maior em algumas equipas que ficaram atrás do Madeira SAD no último ano, como são os casos do Belenenses e Águas Santas, pelo que temos de trabalhar imenso para alcançarmos o Grupo A. Se alcançarmos esse objetivo, novos desafios irão ser colocados ao Madeira SAD.»
E quais são? «Tal como na época passada, pretendemos ser competitivos com os quatro grandes clubes nacionais, apesar das diferenças financeiras evidentes».
Outro objetivo importante do Madeira SAD é «construir mais atletas de qualidade para o Andebol Português, de forma a tornamos ainda mais qualitativo o nosso campeonato, para ajudarmos Portugal a ter sucesso internacional», refere Paulo Fidalgo.
DELTA BELENENSES QUER SUBIR ALGUNS PATAMARES
Chegamos ao Delta Belenenses. Formação de longo e rico currículo no historial da modalidade e que na época finda garantiu em campo o direito a manter-se no escalão maior do andebol nacional, ao ser segundo classificado do grupo B.
O clube volta a contar com João Florêncio Júnior no comando técnico da formação sénior,e o treinador começa por falar do final da última temporada e da construção do grupo para este ano.
«Depois de termos salvo a equipa da descida, o plantel que construímos este ano tem um perfil diferente. Queremos ir subindo alguns patamares, não vamos estabelecer desde já uma meta definitiva», diz o treinador da formação de Belém.
No entanto, João Florêncio Júnior não esconde que «queremos apontar para o grupo A. Queremos evoluir todos os dias. Tenho à minha disposição um grupo de jogadores com idades com muito baixas. Queremos evoluir jogo a jogo e, se possível, e entrar no grupo A», confessa o treinador do Delta Belenenses.
SEIS MESES PARA MOSTRAR O QUE VALEM
A partir de amanhã, e ao longo dos seis próximos meses, teremos oportunidade de acompanhar os desempenhos destas equipas e ir comparando, semana a semana, o cumprimento destas metas. Quando, em 11 de Março de 2017, terminar a primeira fase do campeonato, alguns destes desejos estarão irremediavelmente comprometidos. Outros, continuarão de pé. Venha de lá essa competição!