S.L. Benfica, AA Águas Santas, Sp. da Horta e Ac. São Mamede dão conta dos seus objetivos

PUB

Prosseguimos a apresentação das equipas participantes no Campeonato Andebol 1, auscultando a opinião dos técnicos do Sport Lisboa e Benfica; Associação Atlética Águas Santas; Sporting da Horta e Académica de São Mamede. Estamos, naturalmente, perante formações com meios e objetivos distintos que vamos agora descobrir.

Mariano Ortega é o técnico do S.L. Benfica, equipa que na temporada finda chegou à final do «play-off», que viria a perder no último jogo para o ABC de Braga/UMinho. A fase regular do campeonato não correu tão bem como seria desejo de todo o grupo encarnado, com a equipa a ficar no quarto lugar. Este ano, como será?

«Vamos tentar melhorar a cada jogo, jogar muito melhor, tentar entrar nos seis primeiros para a disputa da fase final», começou por esclarecer Mariano Ortega. «Vamos tentar acabar a primeira fase o mais em acima possível, para enfrentar a fase final com vontade de tentar conseguir o título».

Mariano Ortega não tem dúvida que «vai ser uma época muito complicada, mas a equipa está a trabalhar bem, temos a base do ano passado e esperamos dar tudo para conseguir o título. A equipa está muito equilibrada, jovem mas com experiência de muitos minutos neste escalão. Estamos preparados para lutar», finaliza o treinador do S.L. Benfica.

A.A.ÁGUAS SANTAS: UM JOGO DE CADA VEZ

A Associação Atlética de Águas Santas é um dos emblemas mais carismáticos da modalidade que, por norma, joga sempre para os lugares cimeiros da prova. Na época anterior terminou a fase regular em sexto, com mais 11 pontos que o sétimo (Passos Manuel), começou o play-off defrontando o Sporting CP, com duas derrotas que afastaram os maiatos dos quatro primeiros lugares da classificação. O Águas, como popularmente é conhecido, terminou o campeonato em sexto lugar. Para a época que se avizinha, Paulo Faria prefere abordar um jogo de cada vez.

«Esta época, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, é um ano que não vamos definir nenhuma meta. Vamos pensar um jogo de cada vez, por várias razões», referiu o técnico da AA Águas Santas, para depois explicar.

«Por a construção da equipa e por aquilo que aconteceu o ano passado: o Águas Santas foi, dos seis primeiros, a única equipa que não contratou jogadores a meio da época», referiu Paulo Faria. «E então, ao não contratar a meio da época, estarmos agora a avançar com um objetivo para depois as outras equipas contratarem dois ou três jogadores, altera profundamente o requisito inicial».

Assim sendo, «o que vamos fazer é trabalhar jogo a jogo, fazer o melhor possível, continuar com uma integração cada vez maior de jogadores da Formação do Águas Santas, jogadores novos, e depois no final vamos ver que resultado é que conseguimos, sem prometer nada, sem nos candidatarmos a nada e esperarmos só aquilo que o Andebol nos conseguir dar».

SP. HORTA QUER ESTABILIZAR A EQUIPA E JOGA PARA A MANUTENÇÃO

Viajamos até aos Açores onde encontramos o Sporting da Horta. Emblema com tradições no andebol nacional, não teve uma época particularmente feliz na temporada finda. Foi 12.º e último na fase regular e depois, no grupo B, foi terceiro, com os mesmos pontos (29) do segundo (Delta Belenenses) e do quarto classificados (A.C. Fafe). A desistência do NAAL Passos Manuel evitou que os açorianos fossem à liguilha disputada recentemente e que garantissem de imediato a presença no Campeonato Andebol 1.

Filipe Duque mantém-se à frente da equipa técnica dos insulares e faz a antevisão da temporada que se avizinha.

«A nossa época começa só no dia 10 de Setembro, já que o primeiro jogo, frente ao AC Fafe, foi adiado. Este ano, os objetivos passam pela manutenção», esclarece de imediato Filipe Duque. «Estamos a fazer uma equipa nova, ainda mais nova anos anteriores, muito diferente. Jogadores novos, vai ser um ano de estabilização e de recomeçar não só trabalhos que já vínhamos a fazer como outros trabalhos novos». Mas, reforça Filipe Duque, «o objetivo é a manutenção, só depois poderemos pensar nos seis primeiros. Claro que queremos ficar no grupo da frente, como já aconteceu duas vezes, nas temos de ter os pés bem assentes na terra».

Isto porque, na opinião do técnico do Sp. Horta, «o Madeira SAD está muito forte, em relação às últimas épocas,está reforçado e o Águas Santas é forte candidato aos seis primeiros. Depois há os quatro habituais. O objetivo é claramente manter-nos na 1.ª divisão e estabilizar esta nova equipa».

O REGRESSO DA AC. SÃO MAMEDE AO CONVÍVIO DOS GRANDES

A Académica de São Mamede regressa à primeira divisão nacional, seis anos após a última passagem pelo escalão maior do andebol nacional (2010/2011).

Nuno Silva, o treinador que conduziu com êxito a equipa a este patamar, vai manter-se à frente do grupo e tem uma visão muito interessante sobre aquilo que devem ser os objetivos do clube para esta época.

«A nossa equipa é cem por cento amadora, como outras, pelo que o objetivo passa por manter-nos no escalão maior», refere com todo o realismo. «A Académica de São Mamede é um clube com pergaminhos, com ambição, pelo que queremos conquistar o nosso espaço e manter-nos na primeira divisão. Queremos também transmitir uma boa imagem do que se faz no clube».

Nuno Silva recorda um ‘pequeno’ pormenor. «Este ano vamos ter as duas modalidades mais representativas do clube, voleibol e andebol, na primeira divisão. Já há muitos anos que as duas não estão em simultâneo nesse patamar e isso diz bem do trabalho feito globalmente no clube», recorda o treinador da Ac. São Mamede.

Técnico e restante staff só em 21 de Agosto teve a absoluta certeza de que a equipa disputaria a 1.ª divisão, facto que condicionou toda a preparação da equipa e até a constituição do plantel. «Condicionou, e bastante… Alguns dos jogadores disseram que se o clube fosse para a 1.ª divisão seria difícil continuarem, dado as exigências serem maiores. Mas vão fazer um esforço e vão continuar. Temos oito jogadores novos e oito reforços que vão tentar ajudar a equipa a conseguir os seus objetivos», que passam, pelo que foi dito por Nuno Silva, pela manuenção no principal escalão do andebol português.

.

Patrocinadores Institucionais