O Sport Clube Vianense, em Viana do Castelo, o Atlético Clube do Cacém, em Lisboa e o Moura Andebol Clube, em Beja são três desses clubes, que agora (re)aparecem no panorama nacional da modalidade.
Começando a Norte do país, o Sport Clube Vianense é um clube fundado em 13 de Março de 1898 (120 anos) e dedicava-se quase exclusivamente ao futebol; com um ex-jogador de andebol como Presidente, Rui Pedro Silva, e um deficit enorme de clubes que ofereçam a possibilidade de praticar Andebol, a modalidade foi criada no clube, com o apoio da Federação. ”Viana do Castelo já foi um local onde se praticou a modalidade, mas na última década, mercê de problemas vários, nomeadamente a deslocalização de estudantes para os grandes centros (Braga e Porto) fez com que os clubes fossem ficando inactivos. Com o surgimento deste novo clube é uma esperança para que o andebol recomece a sua prática na cidade de Viana do Castelo”, conta o Presidente da AA Viana do Castelo, Fernando Ferrão, que também apoiou o aparecimento do novo clube.
Numa fase muito precoce, o SC Vianense tem 2 equipas de Minis, com um total de 20 jogadores – 12 rapazes e 8 meninas – treinados por João Pedro Oliveira, convidado para ser o treinador e responsável pela formação. Para além disso, é também jogador na equipa sénior da AD Afifense. A captação de novos atletas faz-se basicamente a partir da escola, como explica Fernando Ferrão: “O principal objectivo é fazer uma formação de base para que se consigam criar raízes sólidas para o crescimento da modalidade, apostando fortemente no desporto escolar como ”viveiro” para recrutamento do clube”. A curto prazo, o SC Vianense pretende estabelecer protocolos com os agrupamentos escolares e a respectiva autarquia.
É também através de um jogador, veterano, de Andebol que o Atlético Clube do Cacém já dá os primeiros passos, na capital. “O Atlético do Cacém é um clube fundado em 1941, que sempre teve a promoção do desporto na localidade a sua preocupação. Durante grande parte destes anos o futebol foi o desporto de eleição, mas nos últimos 8 anos, pela mão do seu Presidente João Souto Nogueira, tem vindo a tentar diversificar a oferta a nível desportivo. Em Junho deste ano foi- me feito um convite para introduzir a modalidade no Clube e cá estamos nós a dar os primeiros passos“, conta Luís Ribeiro, coordenador de Andebol no AC Cacém. Com uma pequena estrutura – um treinador estagiário, Guilherme Alves, dois dirigentes, Luis Evaristo e João Ferreira, é sobretudo através dos 5 professores das Actividades Extra-Curriculares nas 3 Escolas Básicas de São Marcos que é feita a captação de novos atletas. Para já, o AC Cacém tem 1 equipa de Bambis e 1 equipa de Minis. Para além disso, a estratégia passa por divulgar a modalidade nas redes sociais, realizar Festands, criar pólos de Andebol nas escolas e fazer a interligação com o Desporto Escolar nas escolas da localidade.
Apesar de muito recente, o AC Cacém tem vários objetivos definidos: criar uma secção de Andebol com forte impacto tanto no clube como na localidade, apostar nos escalões masculinos e femininos, ter um crescimento sustentado na formação, dar apoio social para a prática desportiva para os mais desfavorecidos e dar a oportunidade às crianças de conhecer a modalidade e principalmente que se divirtam a jogar Andebol.”Ter um pavilhão próprio para a implantação da secção de Andebol , neste momento é o nosso maior entrave ao crescimento, o pavilhão onde treinamos não tem medidas”, revela, ainda Luís Ribeiro.
Para além dos novos Clubes, há também aqueles que voltam à actividade, depois de algum tempo sem ter Andebol. Um desses clubes é o Moura Atlético Clube, em Beja. ”Há mais de trinta anos, o andebol começou a ser praticado numa coletividade filarmónica, “Os Leões” e passado algum tempo passou para outra coletividade, “O Ateneu”, onde se manteve por algum tempo. Mais tarde, Francisco Cravo, Presidente da Assembleia do Moura A.C., convidou o andebol a passar para o Clube com maior representação na cidade”, recorda José Osório. A falta de atletas e a escassez de apoios financeiros, aos quais se juntou o desinteresse dos responsáveis da secção de Andebol da altura levaram ao fim da prática da modalidade. “A ideia de reativar o Moura A.C. surgiu de um convite feito pelo Presidente da Associação do Algarve, João Estrela, este ano (2018) e entrou em funcionamento depois da reunião feita com a autarquia e a assinatura de um protocolo assinado pela FAP, Câmara de Moura, Moura Atlético Clube e os Agrupamentos Escolares”, conta.
O Moura A.C. continua a apoiar-se no Futebol, mas José Osório, com uma secretária do clube e “alguns amigos no apoio logístico”, reativaram a secção de Andebol, que tem, para já, duas equipas. É através do contacto com as escolas do primeiro ciclo que o clube quer atrair mais atletas para o Andebol.
Este ano, são já nove os novos Clubes – Sport Clube Vianense (Viana do Castelo), Andebol Clube do Crato (Portalegre), Atlético Clube Cacém (Lisboa), Promov- Rebordosa Andebol (Porto), Associação Universidade Beira Interior (Castelo Branco), Sporting Clube Santacruzense (Madeira), União Desportiva da Serra (Leiria), Famalicense Atlético Clube (Braga) e Vila Verde Atlético Clube (Braga). O Portimonense Sporting Clube (Portimão), Moura Atlético Clube (Beja) e Núcleo Andebol Escola Básica 1 Cruzes – Barrosas (Braga) são dois dos Clubes que voltam a inscrever o nome na lista de Clubes activos, depois de alguns anos de paragem.
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