Árbitras internacionais Marta Sá e Vânia Sá são Embaixadoras do Andebol4Girls

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Marta Sá e Vânia Sá, a primeira dupla internacional feminina de Portugal, aceitaram mais um desafio: o de ser Embaixadoras do Andebol4Girls.

O Andebol4Girls é um projeto que nasce de uma parceria com a Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade e a Federação de Andebol de Portugal e surge da preocupação em diminuir a diferença existente na participação de mulheres e homens nas diversas áreas de intervenção desportiva na modalidade.

Marta Sá e Vânia Sá, irmãs gémeas, são a primeira dupla feminina internacional de árbitros de andebol. Marcaram golo ao aceitar o convite para serem Embaixadoras do Andebol4Girls e mostram o cartão vermelho à desigualdade de oportunidades.

Primeiro de tudo, é de louvar iniciativas como esta. O Andebol e o desporto têm que ser, cada vez mais, um meio promotor de igualdade de oportunidades para todo o praticante e amante da modalidade”, começa por dizer Marta Sá.

Para nós, esta participação é um reconhecimento de todo o nosso trabalho feito até agora na modalidade e um motivo de muito orgulho”, afirma Vânia Sá. “O poder partilhar algumas das nossas vivências é uma mais valia e acreditamos e gostaríamos de poder influenciar outras meninas a seguirem as nossas pisadas. E dar continuidade ao bom trabalho que se tem feito”, diz, com orgulho.

O Andebol faz parte da vida destas irmãs de 33 anos, naturais de Tarouca, desde os tempos de escola. “Desde cedo que começamos a praticar Andebol. Felizmente uma das modalidades do Desporto Escolar (DE) na nossa escola era o Andebol, este era o desporto “rei” na nossa escola. Seguimos alguns dos nossos modelos na escola e algumas das meninas da nossa turma foram desafiadas para iniciar os treinos e foi assim que começamos esta caminhada, no 5º ano de escolaridade na Escola C+S de Tarouca”, recorda Vânia.

As irmãs gémeas começaram por ser jogadoras, mas a arbitragem surgiu quase ao mesmo tempo. “Começamos a competir no escalão de iniciadas e juvenis, porque desde o início que fomos logo convocadas para o escalão acima. Como a nossa escola tinha vários escalões a participar em provas do DE, fomos também desafiadas a arbitrar jogos noutros escalões e, também, no género masculino, nos encontros regionais e nacionais escolares. Como somos gémeas, bastava fazer o convite a uma, que íamos as duas”, brinca Marta.

DE JOGADORAS DO DESPORTO ESCOLAR AOS PAVILHÕES DO MUNDO

Desde que são árbitros internacionais, Marta e Vânia já participaram em Campeonatos da Europa e do Mundo e nas mais diversas competições internacionais, para além de serem uma dupla do mais alto nível nacional. “Neste momento, somos árbitros nacionais desde 2007, Europeus 2014 e internacionais desde 2017”, recorda Marta. “Este é um desafio para a vida, não só por seres árbitro mas por toda a envolvência. Não é à toa que os programadores linguísticos usam muito a expressão “se tu acreditas muito numa coisa, isso vai acontecer“, sim acontece, se tu acreditares e desafiares-te a ti própria e fores a luta”, acredita.

Para Vânia Sá, “ser árbitro é um desafio e ser árbitro feminino é também um desafio, mas vais à luta. E se neste projeto visamos a igualde de oportunidades para género, porque não também a igualdade de oportunidades para funções, e assim acreditamos que mais meninas se poderão desafiar”, apela.

Sobre este novo desafio que agora abraçam, enquanto Embaixadoras do Andebol4Girls, pretendem “acima de tudo, desmascarar um bocadinho a imagem do árbitro, pois a maior parte das pessoas associa a imagem do árbitro a uma “pessoa carrancuda e arrogante”, e não é bem assim… o árbitro é um elemento integrante do jogo e, tal como os treinadores e os jogadores, nós também estamos em constante evolução e aprendizagem. Durante o desenrolar do jogo, consegues aplicar as regras do jogo, não esquecendo que és uma pessoa e que estás a lidar também com outras pessoas”, revela.

Marta Sá vê o Andebol4Girls como mais uma oportunidade de desenvolver o Andebol feminino: “Neste momento vivemos na região do Porto, felizmente é uma das zonas de Portugal onde o Andebol tem um grande número de participantes. Acreditamos que este projecto pode ainda ajudar a desenvolver mais o  Andebol no género feminino quer como jogadora, treinadora quer como árbitro ou dirigente e no projeto, além de mim e da Vânia como árbitros, temos também a Joana Resende e a Helena Mendes que são grandes nomes e referências na nossa modalidade”, salienta.

Se neste momento já temos um bom número de praticantes femininos, vamos agora querer aumentar esse número e acreditar que mais meninas vão querer desempenhar um papel ativo dentro da mesma, porque esta luta deverá ser uma luta por e apenas questão de competências e não luta de géneros”, finalizam as Embaixadoras do Andebol4Girls.

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