A equipa nortenha chega a esta Final Four depois de deixar pelo caminho CA – Baltar CRD, Juve Lis e ND Santa Joana. Já as lisboetas derrotaram Colégio de Gaia Toyota, CS Juventude Mar e SIR 1º Maio/ADA CJB.
Alexandre Monteiro, técnico do ARC Alpendorada, salienta o estado de espírito da sua formação: “A equipa encontra-se naturalmente motivada e ansiosa para participar na Final Four, são eventos marcantes e especiais pelo que representam e por si só elevam os graus de motivação de qualquer equipa que nela participem.” A sua atleta, Ângela Pessoa, refere também o aspeto animíco e deixa claro que a equipa quer melhorar a prestação de 2019: “Estamos muito motivadas para a Final Four! Já estivemos presentes na Final Four de 2019 e o desfecho não foi o que esperávamos, o que nos motiva ainda mais para obtermos um resultado diferente.”
Em Porto Salvo, Paulo Santos, treinador da formação do SIMPS, afirma que esta passa o seu melhor momento: “O estado de espírito da equipa para a Final Four é o melhor possível: estamos na máxima força, não temos lesões, temos tido hipótese de trabalhar muito e bem e, ao mesmo tempo serve-nos para preparar a fase final do campeonato da IIª Divisão, jogando com as melhores equipas de Portugal.”. Raquel Califórnia, ponta direita das lisboeta, refere-se à sua equipa como sendo uma família: “O estado espírito é excelente, vamos viajar em família e defrontar as melhores equipas de Portugal. Estamos muito felizes por podermos disputar esta fase este ano. Será mais um desafio que nos ajudará a trabalhar para chegarmos à final do campeonato da 2ª Divisão.” – rematou.
A turma de Alpendorada já está acostumada a realizar dois jogos em dias consecutivos, como refere Alexandre Monteiro: “A maior parte do nosso campeonato foi jogado com jornadas duplas, como tal tivemos forçosamente que nos adaptar a condições de enorme desgaste físico e mental de todos os intervenientes. Será muito bom sinal se conseguirmos fazer a última jornada dupla do ano e estaremos prontos caso isso aconteça para dar a melhor resposta possível.” A lateral do ARCA afirma que gestão do esforço não será feita a pensar num possível segundo jogo: “Para a Final Four penso que vamos gerir da mesma forma que temos feito no campeonato, pensar num jogo de cada vez e não gerir o esforço em função do jogo do dia seguinte.”
Em Porto Salvo, num paradigma diferente de competição, o técnico afirma que dois jogos em dias consecutivos representam alguma dificuldade: “A gestão física e psicológica por termos dois jogos em dias seguidos é difícil, mas é nas situações difíceis que aprendemos e melhoramos. Se tivermos dois jogos é sinal que chegámos à final e não há melhor tónico para combater o cansaço e a pressão. A nossa equipa é muito jovem e todas as nossas jogadoras adoram o Andebol, adoram o clube e estão em família nesta equipa, têm pouca experiência mas têm a irreverência da juventude. Ao termos jogado com equipas da Iª Divisão, ajudou-nos a manter um ritmo de trabalho muito intenso e com o objetivo de alcançar a fase final da IIª Divisão, logo jogar 2 jogos seguidos é o melhor treino que podemos ter.” – finalizou.
A nível de pressão da competição, o técnico nortenho denomia-a de especial: “A pressão da Taça de Portugal é especial porque é uma competição diferente do campeonato, as melhores equipas são as que lidam melhor com este tipo de situações, nós queremos continuar a crescer e dominar todos os aspetos envolventes do jogo como a pressão existente nestes jogos.”
Do lado do SIM Porto Salvo, o seu técnico não compara as pressões entre competições pois o principal objetivo da época é a subida de divisão: “A pressão na Taça de Portugal, não é idêntica ao campeonato, porque no campeonato o objetivo desta época é subir de divisão e na Taça qualquer objetivo que se trace é condicionado pelo sorteio. O sorteio é muito importante: em 4 rondas, jogámos com duas equipas da Iª Divisão e duas da IIª Divisão, tivemos a sorte de jogar sempre em casa e isso ajudou-nos imenso no nosso percurso.” Raquel Califórnia reforça também a ideia da subida de divisão: “Temos a ambição de subir à 1ª Divisão e essa conquista só dependerá de nós. Em contrapartida, a taça sendo por sorteio implica uma constante redefinição dos objetivos.”
Apesar de não ser uma responsabilidade para a equipa da ARCA, Alexandre Monteiro afirma que chegando a esta fase da competição, vencer a Taça passa a ser um objetivo: “Vencer a Taça Portugal depende sempre de um conjunto de fatores para que um clube como a ARCA o tenha como principal objetivo numa fase inicial, com o desenrolar da competição poderá ser um objetivo e nesta fase, já que estamos na final four, passa a objetivo concreto mas também sabemos que todas as equipas o querem e alguns com mais responsabilidades de o fazer que nós.” Também a lateral afirma o compromisso da equipa em ir o mais longe possível na competição: ”Tínhamos o compromisso de ir o mais longe possível e à medida que os sorteios eram realizados, áamos tendo uma ideia de até onde tínhamos de ir.”
Na segunda divisão o objetivo inicial de época, como já referido acima, não seria vencer a Taça de Portugal mas a equipa do SIM Porto Salvo quis repetir o feito da época passada ao alcançar a fase final da competição: “Já o ano passado o Porto Salvo também alcançou a Final Four e só não a disputamos devido à interrupção causada pelo Covid. As jogadoras mantém-se quase todas no Clube e a técnica responsável pelo apuramento para a Final Four do ano passado (professora Micaela), forma a nossa dupla de trabalho técnico deste ano.”, afirmou o técnico e, a sua ponta direita reforçou a ideia “Chegar a esta fase da Taça de Portugal era algo que pretendíamos alcançar, igualar o que atingimos a época passada que, dadas as circunstâncias, não pudemos concluir. Felizmente, teremos essa oportunidade este ano!”.
Para concluir, Alexandre Monteiro não desvaloriza o valor do seu adversário na meia final: “independentemente de ser o Porto Salvo, Alavarium ou Madeira SAD, se temos como objetivo ganhar a Taça teremos que ganhar sempre os dois jogos. Calhou o Porto Salvo na meia final e, teoricamente, até podemos ser favoritos mas Colégio de Gaia e SIR também o eram e esta equipa derrotou ambas. No campo é que se vêm os favoritos e estou certo que teremos uma palavra a dizer.” Ângela Pessoa assume a responsabilidade da sua equipa para a primeira partida: “Acho que todas as equipas da primeira divisão acarretam sempre um pouco de responsabilidade quando defrontam uma equipa da segunda divisão. Porém temos de dar o devido valor ao Porto Salvo visto que venceu equipas de qualidade da primeira divisão feminina.”
Paulo Santos volta a afirmar a motivação da sua equipa em estar presente nesta fase da competição: “Enfrentar uma das melhores equipas do campeonato da Iª Divisão dá-nos uma motivação enorme, para mostrar que existe muito valor na IIª Divisão, logo não somos favoritos, mas não apostem todas as fichas no Alpendorada”. A ponta direita da equipa oriunda de Lisboa afirma que o favoritismo não tem representado muito durante os 60 minutos: “Creio que a condição de favorito não tem sido preponderante, no entanto, vamos encarar o jogo como temos feito até aqui, com um enorme respeito pelo adversário e felizes por jogar com uma equipa com um enorme valor. Neste cenário, motivação não falta. Queremos ser capazes de dar um bom espetáculo e mostrar toda a nossa garra e união.”
Pode acompanhar este duelo, às 17h00, de sábado, n’A Bola TV.
Final Four da Taça de Portugal
19.06.2021 – 14h30 – Madeira SAD : Alavarium Love Tiles, A BOLA TV
19.06.2021 – 17h00 – ARC Alpendorada : SIM Porto Salvo, A BOLA TV
20.06.2021 – 17h30 – Final, A BOLA TV