A aventura europeia do FC Porto começou com uma derrota no terreno do HC Motor, da Ucrânia, na primeira jornada do Grupo B da EHF Champions League.
7 Inicial do FC Porto: Nikola Mitrevski, Diogo Branquinho, Pedro Valdés, Rui Silva, Djibril M’bengue, Miguel Alves e Victor Iturriza.
Foi a equipa do HC Motor que teve a primeira posse de bola da partida e que abriu o ativo no primeiro minuto, antes do FC Porto responder com dois golos consecutivos, reclamando a vantagem no marcador pela primeira vez. Victor Iturriza assinou o primeiro golo portista na edição 2021/2022 da EHF Champions League, Rui Silva fez o segundo, ambos com assistência do reforço Pedro Valdés. Gennadiy Komok, guarda-redes do emblema ucraniano foi dificultando a vida aos Dragões nos primeiros instantes e aos oito minutos, o HC Motor colocou-se novamente na frente e com dois golos à maior, pela primeira vez (4-2), não deixando que a equipa portuguesa voltasse a empatar até ao intervalo. Nikola Mitrevski apareceu pouco depois, com três defesas consecutivas mas o ataque não correspondeu, o que acabou por sair caro aos azuis e brancos, que foram permitindo ao adversário que dilatasse os números. O FC Porto esteve cerca de oito minutos sem marcar e, em desvantagem por 7-4, Magnus Andersson pediu time-out a 10 minutos do descanso. Após a paragem, os Dragões deram uso ao 7×6, mas nem isso fez com que a diferença fosse encurtada, uma vez que as dificuldades no ataque se matinham, enquanto que do outro lado, o HC Motor mostrava mais pragmatismo na hora de finalizar. Chegaram a ser seis os golos que separaram as duas equipas (13-7) e o FC Porto saiu para o intervalo a perder por 15-10. Um dos dados curiosos no primeiro tempo foi o facto de, a dois minutos do descanso, os sete golos apontados pelo Campeão Nacional, foram concretizados por jogadores diferentes.
No reatar do encontro, o FC Porto continuou a apostar no sistema 7×6, na tentativa de chegar ao empate o mais rapidamente possível, mas a eficácia dos ucranianos mantinha-se inabalável, bem como os níveis de concentração no capítulo defensivo, algo menos evidente do lado português. Outro dos obstáculos dos Dragões na tentativa de encurtar distância ia sendo o inspirado Gennadiy Komok, que aos 42 minutos já somava 11 defesas e uma percentagem de 42% de eficácia entre os postes. No entanto, o FC Porto recusava-se a baixar os braços e reduziu a diferença para três golos aos 44 minutos (20-17), pelo estreante Pedro Cruz, na conversão de um livre de 7 metros. Tardou mas apareceu o nível elevado que o FC Porto apresentou na temporada passada na competição europeia, o que fez com que a incerteza quanto ao vencedor da partida pairasse até ao final. A 10 minuto do final, Leonel Fernandes reduziu para a margem mínima (23-22), de contra-ataque, após um roubo de bola na defesa. De seguida, após três remates falhados, só à quarta oportunidade clara é que o FC Porto conseguiu o tão ambicionado golo do empate, que apareceu a dois minutos do fim, pela mão de Fábio Magalhães, após passe de António Areia, o melhor marcador portista no encontro com seis golos. No entanto, num final de jogo tremendo a nível emocional, o HC Motor acabou por conseguir levar a melhor e venceu por 30-27.
O próximo desafio do FC Porto na EHF Champions League será diante dos alemães do SG Flensburg-Handewitt no próximo dia 23 de setembro, às 19h45, no Dragão Arena.
Grupo B
1ª Jornada
16.09.2021 – 17h45 – HC Motor x FC Porto, 30:27 (15:10)
