EHF Euro 2022: Espanha e Suécia na luta pelo ouro

PUB

Espanha e Suécia garantem presença na final; Dinamarca e França têm encontro marcado à procura de conquistar a medalha de bronze.

Espanha – Dinamarca

Na primeira meia final do dia, a atual bicampeã europeia Espanha – vencedora em 2018 e 2020 – derrotou a campeã do mundo Dinamarca. Os espanhóis procuram a terceira conquista consecutiva, feito apenas conseguido pela Suécia no Campeonato da Europa, em 1998, 2000 e 2002. Já os dinamarqueses, continuam a tentar recuperar o título que não vencem desde 2012.

Foram os campeões do mundo, pela mão de Mikkel Hansen, a abrir o ativo no MVM Dome, em Budapeste. Os dinamarqueses dominaram os primeiros 30 minutos, apesar de um início de jogo atribulado para ambas as partes, os comandados de Nikolaj Jacobsen conquistaram quatro golos de vantagem à passagem do minuto 18, pela mão de Mathias Gidsel, fixando o resultado a 4-8. Apesar do 7×6 utilizado pela Dinamarca, que procurava alargar a vantagem, os espanhóis conseguiram adaptar a sua defesa e reduzir para a diferença mínima, após um roubo de bola e golo concretizado por Aleix Gómez perante a baliza deserta, instantes antes do apito para o descanso.

Intervalo: 13:14

Na segunda metade foi a equipa de Jordi Ribera quem entrou mais forte, principalmente no plano defensivo, perante uma Dinamarca que voltou ao 6×6 e foram precisos perto de seis minutos para Rasmus Lauge furar as redes defendidas por Gonzalo Perez de Vargas, voltando a conquistar a liderança 14-15. Aos 40 minutos de jogo Aleix Gómez dava a primeira vantagem aos espanhóis, 16-17 e, instantes mais tarde, Joan Cañellas aumentava para as duas bolas de diferença, 16-18. Nikolaj Jacobsen pediu um tempo técnico para organizar a sua equipa e quebrar o bom momento espanhol que vencia por 22-19 à entrada dos últimos dez minutos da partida. No entanto, o suspeito do costume – Aleix Gómez – voltou a alargar a vantagem espanhola, 24-21. Com uma nova paragem técnica do dinamarquês, com 5 minutos por jogar, os campeões do mundo regressaram com o 7×6 mas não conseguiram quebrar a hegemonia espanhola, que acabaria por selar a passagem à final pela mão de Joan Cañellas, fechando o resultado a 29-25.

MVP: Aleix Gómez – 11/14 (79% de eficácia)

França – Suécia

Yannis Lenne inaugurou o marcador a favor dos franceses, na segunda meia final do dia, onde os gauleses entraram com uma defesa forte, sofrendo apenas 1 golo em 6 minutos de jogo. O técnico norueguês no leme da equipa sueca, Glen Solberg, não pode adiar o seu primeiro time-out e parou o jogo quando o placard assinalava 5-1 a favor dos franceses. Os suecos foram crescendo, através das iniciativas de Jim Gottfridsson no ataque e da inspiração de Andreas Palicka na baliza, e chegaram à diferença mínima, 7-6, com um golo do guardião sueco perto do minuto 13. Dika Mem voltou a alargar a vantagem francesa para as três bolas, 9-6, mas Andreas Palicka continuava de mão quente e estabelecia o empate a 10 golos, sendo o melhor marcador da Suécia com 20 minutos jogados, 3 golos assinalados. Jonathan Carlsbogard, com um golo de nota artística deu a primeira vantagem aos nórdicos, 10-11. Seguiram-se sucessivos empates até que Jim Gottfridsson coloca, pela primeira vez, a Suécia a liderar por duas bolas, 13-15. Em cima do apito final, o mesmo central, camisola 24, voltou a fazer as redes de Vincent Gérard tremer ao assinalar uma vantagem de três golos na saída recolha aos balneários.

Intervalo: 14:17.

A Suécia voltou aos 40×20 como os havia deixado – mais forte que os gauleses nas várias fases do jogo. Dois golos sem resposta colocaram os suecos a vencer por cinco, 14-19, assinado por Lucas Pellas, atleta do Montpellier HB que regressou à competição nesta meia final depois de ter estado afastado pela COVID-19. O melhor que os homens de Guillaume Gille conseguiram, nos primeiros 15 minutos da segunda parte, foi reduzir a desvantagem para dois golos, por diversas ocasiões. No entanto os suecos foram mantendo a superioridade e os quatro golos à maior mantinham-se à entrada dos últimos dez minutos de jogo.

O técnico francês parou a partida com o resultado fixado em 29-32 e o cronómetro a marcar 55 minutos com vista a dar o último sprint na luta pela final. Hugo Descat e Aymeric Minne, com dois golos subsequentes reviveram a esperança francesa, ao reduzir a desvantagem para 31-32. Seguiram-se alguns minutos frenéticos, mas os suecos não perderam a liderança e, após o golo 34 de Gottfridsson, Andreas Palicka voltou a aparecer e a negar a redução para a margem mínima a Ludovic Fabegras. Depois de uma defesa homem a homem, os gauleses tentavam tudo nos últimos segundos da partida, e ainda conseguiram duas recuperações, Aymeric Minne assinou o 33-34 mas Ludovic Fabregas voltou a esbarrar em Andreas Palicka em cima do apito final.

MVP: Jim Gottfridsson 9/10 (90% eficácia) e 6 assistências

Patrocinadores Institucionais