A luta por um lugar no Main Round, do Grupo B, mantém-se acérrima com quatro possibilidades de apuramento para a fase seguinte, entre Islândia, atual líder do Grupo, Hungria, Países Baixos e Portugal, sendo que apenas a Islândia depende de si própria para passar à fase seguinte, independentemente dos golos marcados ou sofridos, precisando apenas da vitória frente à Hungria, no dia 18 de janeiro. Estas duas formações entram em campo, no MVM Dome, às 17h00 e poderão determinar se Portugal entra no próximo jogo já afastado da fase seguinte.
Rui Silva, um dos capitães da Seleção Nacional e MVP dos dois encontros disputados até agora, faz a análise a este adversário [Países Baixos] que tem superado bastante as expectativas neste Campeonato da Europa.
“É uma equipa que está a surpreender por tudo aquilo que tem feito, uma equipa que joga um andebol muito rápido e que tem em dois jogadores, principalmente, uma qualidade acima da média. Acredito que seja o jogo mais parecido com o jogo da Islândia devido às características dos próprios jogadores mas acho que depois do jogo que fizemos [contra a Hungria] estamos com melhores sensações. Acredito que podemos conseguir um resultado positivo mas, infelizmente, neste momento não dependemos só de nós.“
O central, que para além de vestir a camisola das Quinas joga no FC Porto, abordou ainda as armas individuais da formação neerlandesa, como Luc Steins, central do Paris Saint-Germain contra quem já jogou esta época e ainda Kay Smits, lateral direito, do Magdeburgo.
“São dois atletas que jogam nos dois primeiros classificados das duas ligas mais fortes do mundo. São atletas que têm muito tempo de jogo nessas equipas. O Luc Steins é um jogador excepcional, apesar das características que tem, consegue alcançar e ter a capacidade de imprimir uma velocidade de jogo acima da média e uma capacidade de decisão e rapidez de jogo muito forte. E por outro lado, o Kay [Smits] acaba por ser um jogador também muito completo com características parecidas, um bocadinho mais forte, com capacidade de remate dos 9 metros, capacidade de decisão, e eu acredito que muito do jogo dos Países Baixos passe por estes dois jogadores.“
Sobre o encontro da jornada passada, frente à Hungria, o mágico número 14 destacou ainda os aspetos positivos dos Heróis do Mar e ainda o que terá de acontecer para levarem de vencida esta formação dos Países Baixos.
“A questão do desgaste físico será igual para as duas equipas, ou seja, da mesma forma que nós jogámos, eles também tiveram dois jogos muito intensos. Acredito que melhorámos e que ainda há coisas a melhorar e, se calhar, se tivessemos feito um jogo perfeito tínhamos ganho a Hungria mas, mesmo assim, acho que fizemos um bom jogo. Acredito que vamos estar melhores e, independentemente do que acontecer no jogo anterior, temos sempre que jogar para ganhar. Estamos a falar do nosso orgulho e de algo que pode contribuir para o play-off de apuramento para o Mundial, por isso, independentemente do resultado que aconteça no jogo anterior, é óbvio que vamos ficar desiludidos se chegarmos ao jogo e não tivemos a possibilidade de passar ao Main Round mas também, de outra forma, temos que tentar arranjar forças e foco para tentar ganhar o jogo.”
Os Heróis do Mar entram em campo na próxima terça-feira, dia 18 de janeiro, frente aos Países Baixos, e poderá acompanhar este duelo na RTP2.
Men’s EHF Euro 2022
Grupo B
14.01.2022 – 19h30 – Portugal : Islândia, 24:28 (10:14)
16.01.2022 – 17h00 – Portugal : Hungria, 30:31 (15:14)
18.01.2022 – 19h30 – Países Baixos : Portugal, RTP2
