O lateral esquerdo que, atualmente, joga pelo HBC Nantes, em França, foi afastado dos Jogos Olímpicos, no verão do ano passado, devido a uma lesão no tornozelo, e está preparado para representar os Heróis do Mar em mais uma grande prova internacional. Alexandre Cavalcanti abordou a sua recuperação e ainda como se sente ao participar, novamente, no Campeonato da Europa.
“Foi uma recuperação complicada, um momento muito difícil para mim, pois não consegui participar nos Jogos Olímpicos, que era um grande sonho meu. Restabeleci-me em Nantes, onde tive todo o apoio do corpo clínico do clube para que fosse o mais célere possível o meu regresso, acabou por correr tudo conforme o planeado e, regressei dentros dos parâmetros normais no início da época. Acabei por viver já um momento bastante feliz no clube ao vencer a Taça da Liga Francesa, em Dezembro, em Metz, o que tornou todo este processo mais fácil, se olhar para trás. Quanto ao Europeu, encontro-me a 100% para ajudar a equipa a passar a fase de grupos, que é o nosso principal objetivo e, se possível, posteriormente, pensar jogo a jogo. É para mim um grande orgulho e uma experiência incrível participar nestas duas edições, sendo que a primeira, com a nossa melhor classificação de sempre foi excepcional mas representar Portugal tem sempre um sabor especial”
Em 2020, Portugal obteve a sua melhor classificação de sempre num Campeonato da Europa, alcançando o 6º lugar, após uma estrondosa vitória frente à Hungria, por 34-26, garantindo um lugar no Torneio Pré-Olímpico, que culminou na participação na mais prestigiante prova do desporto mundial, os Jogos Olímpicos. Nesta nova edição do EHF Euro, Portugal irá enfrentar, novamente, a Hungria, mas desta vez na fase de grupos e enquanto anfitriã da prova. A seleção húngara conta com caras conhecidas dos portugueses, como é o caso de Chema Rodriguez, treinador que comanda o SL Benfica e ainda, Roland Mikler, Bence Bánhidi, Richard Bodó e Miklós Rosta, que jogam com Miguel Martins no Pick Szeged.
“A Hungria tem uma grande seleção e excelentes jogadores, o que contribuir´á para que seja uma batalha bastante difícil para nós. Jogámos contra eles no último Europeu, onde tivemos uma boa vitória mas não podemos contar com isso para este jogo, pois tal como nós evoluímos, eles também o fizeram e acredito que hoje estejam mais fortes do que estavam há dois anos atrás. Este jogo terá um sabor especial para os húngaros porque jogam em casa, neste Europeu e, admito que junto do seu público tudo farão para chegar o mais longe possível, no entanto, nós cá estaremos para tentar reverter esse favoritismo.”
Sobre o primeiro adversário da equipa das Quinas, a Islândia, os Heróis do Mar têm um boas memórias, já que em três jogos venceram dois, perdendo apenas no jogo de qualificação que antecedeu o Campeonato do Mundo, por 32-23, na deslocação a Reykjavík. Alexandre Cavalcanti, sobre este adversário nórdico destacou o seu poder ofensivo.
“Conhecemos muito bem esta equipa tal como eles nos conhecem a nós devido ao passado recente. Este país [Islândia] tem uma grande tradição no andebol e, tipicamente, boas prestações nas provas em que participam. São uma equipa muito forte e rápida ofensivamente, por isso, teremos que estar preparados para combater essa mais-valia; contam também com um treinador bastante experiente e com o capitão Aron Palmarsson que é uma peça fundamental no seu ataque.”
Em relação aos Países Baixos, que se qualificaram na segunda posição do Grupo 5, para esta nova edição do EHF Euro, em igualdade pontual com a Eslovénia (9 pontos), deixando para trás a Polónia e a Turquia. O lateral esquerdo destacou o nome de Luc Steins, adversário que já enfrentou por diversas ocasiões, já que este joga, atualmente, no Paris Saint-Germain mas reconhece que esta Seleção tem outras armas.
“O cérebro desta equipa, dos Países Baixos, é o Luc Steins, que é um jogador bastante rápido e imprevisível, que certamente nos irá causar muitas dificuldades. Mas, tal como vimos pela fase de grupos e qualificação, a chave desta formação também passa pelo coletivo e, nesse sentido, têm conseguido evoluir bastante nos últimos anos, culminando nesta participação – deixaram pelo caminho a Polónia que é, normalmente, uma equipa muito forte com individualidades de alto nível:”
O Comité Executivo da Federação Europeia de Andebol (EHF) confirmou a decisão, na quinta-feira, que se baseia nas mais recentes recomendações de saúde pública relativas aos períodos de quarentena após uma infeção por Covid-19. Seguindo também as experiências adquiridas no IHF Women’s World Championship, que decorreu em Espanha, em Dezembro. Para todas as adaptações, a Federação Europeia de Andebol procurou aconselhamento médico especializado.
A quarentena obrigatória para os membros da delegação da equipa, ou seja, jogadores ou pessoal técnico, foi reduzida para cinco dias. Para uma reentrada na competição, serão necessários dois testes PCR negativos subsequentes. O primeiro teste PCR pode ter lugar no quinto dia após a infeção ter sido detectada. Entre os dois testes, tem de haver pelo menos um intervalo de 24 horas. A pessoa também tem de estar livre de quaisquer sintomas e apresentar uma confirmação médica a comprovar a sua capacidade de participar em atividades desportivas de alto nível.
Além disso, o Executivo confirmou uma alteração ao regulamento do EHF EURO que permite a substituição de jogadores por novos jogadores de fora da Lista de 35 Jogadores, em circunstâncias especiais, e com razões substanciais que necessitam de uma aprovação da Gestão do EHF Euro 2022. As alterações ao conceito de higiene e ao regulamento entram em vigor com efeito imediato e são também válidas no que diz respeito às infeções por Covid-19 que foram comunicadas à Federação Europeia de Andebol antes de 6 de Janeiro de 2022.
Men’s EHF Euro 2022
Grupo B
14.01.2022 – 19h30 – Portugal : Islândia, RTP2
16.01.2022 – 17h00 – Portugal : Hungria, RTP2
18.01.2022 – 19h30 – Países Baixos : Portugal, RTP2