O ponta esquerda do FC Porto, que começou a sua carreira no ADA Maia, participou desde cedo nas camadas jovens de Portugal, tendo feito parte da geração de 1998, que conquistou, por duas ocasiões, o 4º lugar no Campeonato do Mundo e no Campeonato da Europa, em 2019 e 2018, respetivamente. Leonel Fernandes integrou a primeira participação na Seleção Nacional A Masculina, no Mundial de 2021, que decorreu no Egito e deu a Portugal o 10º lugar, é desde então presença assídua na equipa de Paulo Pereira.
Leonel Fernandes abordou o percurso nas camadas jovens e ainda o peso que o mesmo teve na sua carreira desportiva, nomeadamente na chamada à Seleção Nacional A Masculina.
“Eu comecei cedo nas camadas jovens, lembro-me que o meu primeiro estágio de uma seleção nacional foi, na altura, de infantis, onde conheci o Diogo Silva e o Rúben Ribeiro também. Desde aí, sempre fiz parte das camadas jovens da formação da Seleção Nacional, sempre mostrámos a nível coletivo, muita qualidade. Conseguimos surpreender muita gente e surpreender-nos a nós próprios. Posso dizer que foi um percurso, do qual me sinto bastante orgulhoso e feliz de ter participado e contribuído e, principalmente, por ter culminado na minha integração na Seleção A Masculina, o que mostra a qualidade e o trabalho que foi feito nessas camadas.”
O ponta de 23 anos recordou ainda a sua primeira participação numa prova internacional e acredita que desta vez será totalmente diferente.
“Felizmente já tive o privilégio de participar numa grande competição, no Mundial, do ano passado, no Egito. O facto de não ter público, para mim, tira um bocadinho da magia ao espetáculo. Portanto, é um dos fatores que eu estou ansioso, de uma forma positiva, para experienciar; jogar perante uma multidão, um pavilhão cheio porque é sempre outra energia e motivação e estou super feliz – é mais uma meta que se está a concretizar na minha carreira.”
Leonel Fernandes abordou ainda o momento mais marcante de Quinas ao peito, no último encontro frente a França, no Torneio Pré-Olímpico, em março do ano passado, que culminou na vitória da Portugal e o consequente apuramento para os Jogos Olímpicos.
“O nosso apuramento para os Jogos Olímpicos acho que foi o jogo que me trouxe mais emoção e que me fez sentir mais orgulhoso. Foi uma conquista histórica para qualquer pessoa que goste minimamente de desporto e é português.”
Por fim, o ponta esquerda, abordou o primeiro adversário do Grupo B, da edição de 2022, do Campeonato da Europa, bastante conhecido da turma lusa, com a qual já disputou três jogos, recentemente, com duas vitórias para os Heróis do Mar e uma derrota.
“A Islândia é uma seleção com alguma história connosco, tem jogadores com muita qualidade mas, neste momento, o foco está mais no nosso trabalho, nas nossas capacidades que é o que nós podemos controlar. Olhando para a seleção da Islândia e para nossa, não consigo deixar de sentir que temos qualidade suficiente e capacidade para os defrontarmos de uma maneira justa – sempre olhando para eles com vontade de ganhar. E se queremos chegar o mais longe possível, a primeira parte dessa caminhada é passar a fase de grupos, se queremos realmente continuar a fazer história – temos que começar com uma vitória e acabar com uma vitória, se possível, seria o ideal.”
Portugal parte amanhã para Budapeste, na Hungria, que se tornará na sede da comitiva lusa durante a participação no Campeonato da Europa de 2022, com o jogo inaugural da Seleção Nacional a ter lugar a 14 de janeiro, frente à Islândia.
Men’s EHF Euro 2022
Grupo B
14.01.2022 – 19h30 – Portugal : Islândia, RTP2
16.01.2022 – 17h00 – Portugal : Hungria, RTP2
18.01.2022 – 19h30 – Países Baixos : Portugal, RTP2