Durante grande parte do primeiro tempo houve poucos golos, quer de Portugal, quer da Hungria e esse acabou por ser o dado mais relevante. A turma lusa abriu o ativo, respondeu a formação magiar com dois golos sem resposta (2-1). Portugal reverteu, esteve sempre na frente desde então e aos 18 minutos o marcador registava uma igualdade a seis golos (6-6). Nesse momento, a equipa húngara chegou ao 7-6, naquela que foi apenas a segunda vez na liderança e os papeis inverteram-se daí em diante, com Portugal a ter que ir atrás do prejuízo. Os últimos minutos da primeira parte tiveram muitos – mais – golos de parte a parte, com várias alternâncias na dianteira do marcador e o último golo pertenceu à hungria, que assinou o 12-12, resultou que prevaleceu no final dos 30 minutos iniciais.
Intervalo: 12-12
No segundo tempo, e depois de sete minutos equilibrados, à semelhança do que havia acontecido na etapa inicial, a Hungria superiorizou-se e chegou a um patamar até então desconhecido, de quatro golos de vantagem (20-16), após alguns erros no ataque de Portugal. Nuno Santos optou por não colocar o time-out na mesa e resposta da Seleção Nacional foi irrepreensível: melhorias em todos os processos, principalmente na vertente defensiva e, passo a passo, a diferença passou de quatro para zero, quando Tiago Sousa assinou o empate a 20 golos, aos 17 minutos. O ímpeto húngaro foi totalmente anulado e a utilização do time-out pertenceu ao treinador adversário. No entanto, a cinco minutos do final a seleção magiar voltou a agarrar uma vantagem de três golos (25-22) e acabou por conseguir segurá-la até final, vencendo por 28-23.
Nuno Santos, Selecionador Nacional, abordou os dois jogos realizados até ao momento da competição, dizendo que há um crescimento notório dos atletas, principalmente no capítulo defensivo e que os jogadores apresentaram inúmeras soluções ofensivas: “O primeiro jogo foi, na minha opinião, muito interessante e o facto de termos perdido não significa absolutamente nada, apesar de ninguém gostar de perder. Defensivamente temos muitas lacunas, principalmente nas situações de 1×1, mas em contra partida, no ataque estivemos muito bem, com o tempo de trabalho que temos e com a gente nova que está aqui, conseguimos, quer no jogo de ontem, quer no de hoje, fazer golos de todas as maneiras: de contra-ataque, das pontas, de meia distância, de penetração, na relação com os pivôs, tivemos presença nessas zonas todas do ataque com sucesso. Hoje demos um passo em frente, conseguimos defender como pretendemos defender, com um pouco mais de profundidade, a assumir esse risco e penso que crescemos em relação ao jogo com a Eslovénia – a Hungria também é uma seleção mais forte.”
O líder da equipa lusa disse falou ainda do próximo jogo com a Croácia e mostrou-se satisfeito com o desempenho dos atletas que compõe este grupo, que conta com seis jogadores que estão a representar a Seleção Nacional pela primeira vez, três dos quais ainda pertencem ao escalão sub-16: “Amanhã vamos defrontar uma equipa mais pesada e mais alta, vai ser um jogo com outro tipo de características com a Croácia, tal como também foi o primeiro. Para estes atletas está a ser proporcionada uma experiência fantástica em termos competitivos e apesar dos resultados, estamos satisfeitos com o desempenho que eles têm tido. O grupo é jovem, tem jogadores estreantes e é natural que quando se mexe na equipa esta oscile um pouco. Mas é importante expor os atletas a este tipo de dificuldades e nós temos que assumir isso se queremos que eles evoluam.”
O terceiro e último adversário de Portugal neste torneio que serve de preparação para o Europeu da categoria, que se realizará em agosto deste ano, será a Croácia, este sábado às 10h00 (hora portuguesa).
Calendário
17.03.2022 – 15h00 – Portugal x Eslovénia, 32:36 (15:21)
17.03.2022 – 17h00 – Hungria x Croácia, 37:34 (18:21)
18.03.2022 – 15h00 – Eslovénia x Croácia, 22:31 (9:15)
18.03.2022 – 17h00 – Hungria x Portugal, 28:23 (12:12)
19.03.2022 – 10h00 – Croácia x Portugal
19.03.2022 – 12h00 – Hungria x Eslovénia
