O “Walking Handball” é uma vertente do andebol que não existe em Portugal, mas isso está prestes a mudar, já esta quinta-feira, graças à visão e esforço do CD Xico Andebol. Destinada a pessoas com mais de 60 anos, esta modalidade é disputada a um ritmo mais lento, no qual o jogador pode apenas dar três passos com a bola na mão, mas não pode correr, apenas driblar, passar ou rematar sem contacto físico.
Um projeto inclusivo, enquadrado na Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas, focado na prática regular de exercício físico das pessoas idosas, que pretendam manter um estilo de vida saudável e disponibiliza 20 vagas – 12 para mulheres e oito para homens – para combater o isolamento e promover a saúde de um público-alvo que foi particularmente afetado pela pandemia. Para iniciar o projecto, o CD Xico Andebol irá aplicar um conjunto de testes internacionais que permitem avaliar alguns dos atributos fisiológicos e ainda utilizar instrumentos de avaliação cognitiva, sentimentos depressivos e nível de funcionalidade.
Os responsáveis do CD Xico Andebol têm já delineada a linha de trabalho e estão prontos para arrancar com a iniciativa, que é pioneira em Portugal e ainda recente na Europa. Apenas os Países Baixos já têm implementada a modalidade, em articulação com a federação neerlandesa de andebol.
Mauro Fernandes, Presidente do CD Xico Andebol, afirmou que o clube vimaranense pretende envolver uma faixa etária praticamente inexistente no clube e que ao subscrever a agenda 2030 “assumimos os seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente o objetivo 3 “Saúde de Qualidade”, e o objetivo 10 “Redução das Desigualdades”. O líder do clube oriundo de Guimarães considerou ainda que no CD Xico Andebol são uma grande família, onde as referências são os pais e avós, querendo ainda provar que “o Desporto orientado por profissionais e adequado ao seu público alvo, é potenciador de saúde e bem-estar” – terminou.
Após um ano, o projeto será reavaliado e analisado com o propósito de tornar uma modalidade contínua do clube e conta com a parceria da Federação de Andebol de Portugal, na esperança de que outros clubes possam adotar a mesma prática no futuro.