Em Lagoa, foram os neerlandeses os primeiros a marcar, mas rapidamente Ricardo Rocha e Nuno Oliveira colocaram os lusos a vencer (1-2). Desde a primeira liderança, Portugal foi crescendo e chegou aos três golos à maior, com o 3-6 de Diamantino Djanlo. Após uma sanção de 2 minutos, os lusos acusaram algumas dificuldades e os Países Baixos aproveitaram a superioridade numérica para igualar o marcador a sete, com dois golos frente à baliza vazia. Os homens de Nuno Santos reagiram e voltaram a liderar por 2, com o 7-9 assinado por Xavier Barbosa. Portugal seguiu na frente do marcador, com um e dois golos de vantagem, levando o técnico adversário a recorrer ao seu primeiro time out para tentar crescer na partida, com 18 minutos decorridos. Mas quem acabou por se superiorizar foi a seleção portuguesa, que alcançou, pela primeira vez, quatro bolas à maior (9-13) por José Ferreira. Gijs De Laater voltou a encostar o resultado, mas Xavier Barbosa deu nova vantagem de duas bolas, antes da saída para os balneários.
Intervalo: 16-18
Na entrada para o segundo tempo, os Países Baixos regressaram mais fortes e, com um parcial de 3-0, voltaram a assumir a liderança – que não acontecia desde o 1-0 – com o 19-18 de Thimo Axt. Os portugueses responderam e Xavier Barbosa devolveu a vantagem ao assinar o 19-20, no entanto seguiram-se momentos de troca de lideranças no marcador e aos 40 minutos de jogo o placard assinalava uma igualdade a 21. Com dois contra ataques diretos, os lusos regressaram à vantagem que haviam tido aquando do intervalo, com Ricardo Rocha a fazer o 21-23. O treinador neerlandês levou o cartão verde à mesa, mas os portugueses alargaram, novamente por Xavier Barbosa, com o 21-24, até que surgiu a reação encostando o resultado a 24-25, o que levou Nuno Santos a chamar os seus atletas, com oito minutos por jogar. Os neerlandeses chegaram à igualdade mas após um período de superioridade numérica, os portugueses voltaram aos dois golos de vantagem, 25-27. Com dois minutos por jogar, o técnico neerlandês usou o seu último trunfo, depois do 26-28 de nota artística de Tiago Sousa, mas os portugueses voltaram a sair por cima e Xavier Barbosa fez o 26-29, fixando o resultado final.
Com nove golos apontados, Xavier Barbosa foi o melhor marcador do encontro, seguido de Nuno Oliveira com cinco. Pelos Países Baixos destacaram-se Loeka Hendriks, Espen Klomp e Jur Eussen, com cinco golos cada.
Quanto à exibição da seleção das quinas, Nuno Santos não se mostrou plenamente satisfeito, tanto nos processos ofensivos como defensivos: “Foi o jogo menos conseguido da nossa parte. Não consigo perceber bem porquê, se é cansaço, mas não conseguimos fazer quase nada daquilo que temos vindo a fazer ao longo da semana. Foi um jogo muito confuso, quer defensivo, quer ofensivo. Isto é típico, andamos a sofrer até ao fim frente a uma equipa que nós procuramos respeitar, mas é uma equipa claramente mais débil que a nossa. Sentimos dificuldades, têm um andebol um pouco atípico e eu sei que isso também dificulta, mas na minha opinião foi o nosso pior desempenho.”
O selecionador destaca ainda algumas individualidades que considera terem ajudando no desfecho feliz para os portugueses: “Efetivamente, valemo-nos um pouco de um ou outro jogador que conseguiram interpretar melhor os contextos e ajudaram-nos.”
Em relação ao estágio, o balanço é extremamente positivo, segundo as palavras de Nuno Santos: “O estágio correu muito bem em termos de treino, o nível competitivo também é muito interessante e eu penso que para o crescimento destes atletas foi excelente. Como eu já tinha vindo a referir, é importante para nós termos este tipo de estágios, e nós temos vindo a mudar se para alguns atletas para estágio, de forma a os conhecermos melhor e a têrmo-los perto de nós, para quando chegarem as decisões finais podermos ter maior segurança nas escolhas. O grupo teve um comportamento exemplar em termos de treino, tiveram um comportamento ao nível de estar numa Seleção Nacional.
O selecionador deixou ainda alguns agradecimentos: “Gostamos muito do torneio, as condições são excelentes. É sempre feito um grande esforço para nós podermos estar nestas competições e também temos que agradecer à Federação e à organização as condições que nos proporcionaram neste torneio.”
No primeiro jogo do dia, entre Polónia e Noruega, o equilíbrio foi nota predominante com o resultado final a registar uma igualdade a 27 bolas. Ao intervalo a vantagem era mínima, a favor dos noruegueses. Os melhores marcadores da partida foram Krystian Marchewka e Patryk Wasiak, pela Polónia, com seis golos cada e, com as cores da Noruega, Patrick Anderson apontou, igualmente, seis golos.
Classificação:
1- Polónia
2- Noruega
3 – Portugal
4- Países Baixos
Resultados:
Torneio Internacional de Lagoa
14.04.2022 – 15h00 – Portugal x Noruega, 26:29 (17:14)
14.04.2022 – 17h00 – Polónia x Países Baixos, 34:22 (20:9)
15.04.2022 – 16h00 – Noruega x Países Baixos, 29:25 (13:10)
15.04.2022 – 18h15 – Portugal x Polónia, 29:34 (16:17)
16.04.2022 – 10h00 – Polónia x Noruega, 27:27 (15:16)
16.04.2022 – 12h15 – Portugal x Países Baixos, 26:29 (16:18)
