7 inicial: Francisco Oliveira, Tiago Teixeira, João Gomes, André Sousa, Martim Costa, Pedro Oliveira e Ricardo Brandão.
No terceiro encontro amigável diante da equipa do Egito, o primeiro golo só surgiu perto dos quatro minutos de jogo pela mão de Mohamed Ahmed, através da marcação de um livre de 7 metros. Youssef Fahim ia fechando a sete chaves a baliza dos faraós, até que Ricardo Brandão conseguiu recolocar a igualdade no marcador. No entanto, foram os visitantes a voltar à liderança e a conquistar uma vantagem de dois golos, com o 1-3 de Omar Salem. À passagem dos dez minutos o marcador assinalava 3-5 e levou Carlos Martingo a dar uso ao seu primeiro time out.
O regresso à partida não podia ser melhor, menos de dois minutos após a paragem técnica, Portugal assumia a primeira liderança, com Tiago Ferreira a negar dois golos da marca de 7 metros e com João Gomes e Martim Costa a furar as redes adversárias (6-5). Com 18 minutos de encontro decorridos, a intensidade fazia-se sentir, com o Egito a apresentar uma defesa muito profunda, à procura de provocar o erro luso, com algum sucesso, refletindo-se na igualdade a nove. Mas os portugueses acabaram por acertar e com a ajuda de Francisco Oliveira na baliza, a vantagem voltou a pertencer aos da casa. Ricardo Brandão fez o 11-9 e obrigou o técnico do Egito a levar o cartão verde à mesa. Seguiram-se três minutos sem golos, com as defesas a superiorizarem-se e com alguns erros, a equipa visitante acabou por chegar ao empate a 11. Antes da saída para o descanso surgiu, através de Martim Costa, a maior diferença vista até então.
Intervalo: 14-11
André Sousa abriu o marcador no começo da segunda metade, através da linha de 7 metros, ampliando a diferença e com quatro minutos decorridos Nuno Queirós colocou uma vantagem inédita de cinco, obrigando o técnico egípcio a pedir um time out. Apesar da paragem, quem voltou a marcar foi Martim Costa e, com sete minutos jogados André Sousa fez o 19-13. No entanto, a resposta da congénere egípcia acabou por surgir com Omar Hussein a finalizar um parcial de 0-2 que recolocou a diferença em quatro. A recuperação da seleção do Egito, com o 21-18 de Shehabeldin Mohamed, levou Carlos Martingo a parar o jogo para orientar os seus atletas que saíram com a lição estudada e voltaram a ampliar.
Os egípcios voltaram a reduzir para 24-22, com a assinatura de Omar Hussein e a intensidade defensiva ia sendo, cada vez mais, nota chave do jogo. André Sousa devolveu a vantagem de quatro com o 26-22, no entanto, os faraós ainda tinham algo por dizer e voltaram a aproximar com o 26-24 de Mohamed Ibrahim. Na entrada dos últimos cinco minutos, o técnico do Egito colocou o seu último tempo técnico mas a superioridade seguiu lusa, com Martim Costa a fazer o 29-26. Tiago Ferreira voltou a guardar a baliza a sete chaves e a negar nova aproximação egípcia, apesar da inferioridade numérica lusa aliada à pressão defensiva por parte dos adversários, os jovens portugueses conseguiram regressar à marca dos quatro golos de vantagem, através do 30-26 assinado por Pedro Oliveira. O resultado final ficou fixado em 31-28 e Portugal conquistou assim o pleno de vitórias nos três amigáveis frente aos homens do Egito.
Este último jogo da semana de preparação da semana ficou também marcado pela aplicação das novas regras da Federação Internacional de Andebol (IHF), que serão implementadas a partir do próximo dia 1 de julho.
Carlos Martingo destacou as dificuldades ofensivas, no entanto, não escondeu a satisfação com o desempenho dos lusos a nível defensivo, que era o principal objetivo da semana: “Hoje penso que não foi um jogo muito bem jogado, principalmente na parte ofensiva; defensivamente acho que fizemos um jogo bastante interessante e o balanço que faço dos três jogos é extremamente positivo. O Egito surpreendeu-nos um bocadinho com a defesa 5×1, bastante agressiva, que nós não tínhamos preparado, mas fomos encontrando algumas soluções e ganhar três jogos contra uma excelente equipa, como é o Egito, nesta fase da preparação, acho que é um bom indicador.”
Nuno Queirós realçou a diferença da defesa por parte dos adversários e a adaptação lusa, que se refletiu num bom resultado: “Ao contrário dos dois últimos jogos, o Egito começou com uma defesa mais agressiva, mais subida, coisa que nós não estivemos habituados nos últimos jogos mas conseguimos-nos adaptar e acho que tivemos um bom resultado aqui.” O pivô luso afirmou ainda, com otimismo, o bom desempenho defensivo do grupo: “Eu acho que temos um grande grupo e que defensivamente podemos causar muitas dificuldades a qualquer seleção que nos apareça à frente, somos muito unidos e isso faz a diferença em jogo.”.
Calendário:
21.06.2022 – 19h30 – Portugal x Egito, 33:30 (17:16)
22.06.2022 – 19h30 – Portugal x Egito, 30:27 (14:13)
24.06.2022 – 19h30 – Portugal x Egito, 31:28 (14-11)
