A Tele 2 Arena, em Estocolmo, foi o palco da grande final do Mundial 2023 que opôs os Campeões dos Jogos Olímpicos de Tóquio – França – e os Bicampeões Mundiais – Dinamarca.
Com o objetivo bem claro – tornar-se a primeira seleção do mundo a vencer três mundiais consecutivos – a Dinamarca entrou determinada e impôs um parcial de 0-3 em cerca de quatro minutos. O primeiro golo francês apareceu pela mão de Dika Mem, mas o bom momento defensivo dos nórdicos – impulsionado pela exibição de Niklas Landim – colocava a diferença em quatro, o que obrigou Guillaume Gille a dar uso ao seu primeiro tempo técnico com apenas sete minutos decorridos (2-6).
O ritmo de jogo acelerou para os franceses, mas também para os dinamarqueses, à passagem do minuto 10 a diferença permanecia em quatro, com Mathias Gidsel a fazer o 5-9. Após o 7-10 de Nedim Remili, Vicent Gerard apareceu para negar o golo a Magnus Saugstrup, mas do outro lado Niklas Landim voltava a fechar a baliza em momentos cruciais. A Dinamarca ultrapassou um período de inferioridade numérica com distinção – dois golos contra zero – e estabeleceu nova maior vantagem no encontro (7-12). Paulatinamente a França começou a crescer no encontro, com alguma rotação da equipa e, aos 23 minutos, foi a vez de Nikolaj Jacobsen solicitar o seu primeiro time-out para tentar quebrar o bom momento dos franceses (12-14).
Depois da paragem técnica, e com sete minutos por jogar, a diferença mínima surgiu pela mão de Nedim Remili e, só pouco antes da saída para o descanso, Simon Pytlick conseguiu quebrar os praticamente cinco minutos de jogo sem qualquer golo dinamarquês.
Intervalo: 15-16
No regresso do descanso, os dinamarqueses voltaram a imprimir o seu ritmo de jogo e a alcançar os três golos de vantagem pela mão de Simon Pytlick (17-20), mas os gauleses ainda responderam, com um parcial de 1-3 voltaram à diferença mínima através de Dika Mem (20-21). O jogo seguiu com ligeiro domínio dinamarquês mas, apesar das dificuldades defensivas, os gauleses seguiam na discussão do resultado.
A oportunidade para igualar o encontro surgiu, mas Kevin Moller negou o golo em contra-ataque frente a Kentin Mahé e voltou a impulsionar os nórdicos a crescerem no encontro. À passagem do minuto 48, Mensah Larsen fazia o 24-27 e reestabelecia a vantagem de três. Apesar do bom momento, Nikolaj Jacobsen usou o seu segundo time-out (26-29) e apresentou um novo sistema defensivo no encontro – 3:2:1 – causando mais pressão na primeira linha francesa.
A alteração acabou por surtir efeito e a diferença aumentou para quatro (27-31) através de Rasmus Lauge, com pouco mais de cinco minutos por jogar. Apesar das investidas, o bom momento dinamarquês sobrepôs-se aos gauleses e a Dinamarca sagrou-se assim, pela terceira vez consecutiva, Campeã Mundial, sendo a primeira seleção a sagrar-se tricampeã mundial.
Resultado Final: 29-34
Top Player: Rasmus Lauge – 10 golos (91% de eficácia) e 1 assistência
All-Star Team
GR: Andreas Wolff (Alemanha)
PD: Niclas Ekberg (Suécia)
LD: Alex Dujshebaev (Espanha)
C: Nedim Remili (França)
LE: Simon Pytlick (Dinamarca)
PE: Angel Fernandez (Espanha)
PV: Ludovic Fabregas (França)
Melhor Jovem: Juri Knorr (Alemanha)
MVP: Mathias Gidsel (Dinamarca)
1º – Dinamarca
2º – França
3º – Espanha
4º – Suécia
5º – Alemanha
6º – Noruega
7º – Egito
8º – Hungria
9º – Croácia
10º – Eslovénia
11º – Sérvia
12º – Islândia
13º – Portugal
14º – Países Baixos
15º – Polónia
16º – Bahrain
17º – Brasil
18º – Montenegro
19º – Argentina
20º – Estados Unidos da América
21º – Bélgica
22º – Qatar
23º – Cabo Verde
24º – Irão
25º – Tunísia
26º – Chile
27º – Macedónia do Norte
28º – Coreia do Sul
29º – Arábia Saudita
30º – Marrocos
31º – Argélia
32º – Uruguai