16º Congresso Ordinário da EHF: Portugal conta agora com dois membros no Executivo

Federações Membro reuniram-se em Basileia para o 16.º Congresso Ordinário da Federação Europeia de Andebol, esta quinta-feira.

O 16º Congresso Ordinário da EHF contou com a presença de Miguel Laranjeiro, Presidente da Federação de Andebol de Portugal, Pedro Sequeira, Vice-Presidente da Federação de Andebol de Portugal e Presidente da Comissão de Métodos da EHF, Leonor Mallozzi, membro da Comissão do Andebol Feminino, Mário Bernardes, membro da Comissão do Desenvolvimento e Promoção do Andebol de Praia e Rui Coelho, Membro Honorário da EHF.

A cidade suíça de Basileia foi o local do 16º Congresso Ordinário da Federação Europeia de Andebol, que teve lugar esta quinta-feira – dois anos e meio após o Congresso Eleitoral de 2021 – e centrou-se nas moções relacionadas com estatutos, que deverão definir melhor a organização e o quadro jurídico em que a EHF irá funcionar nos próximos anos.

Leonor Mallozzi ascendeu no seu cargo na Federação Europeia de Andebol, tornando-se Chairwoman da Comissão de Nações para o Andebol Feminino, juntando-se assim a Pedro Sequeira, numa situação inédita para Portugal, que contam agora com dois membros no Executivo.

Leonor Mallozzi, nova Chairwoman da EHF, considerou este momento muito especial na sua carreira internacional: “É com muito orgulho que assumo o meu lugar no Comité Executivo na Federação Europeia de Andebol. O andebol moderno enfrenta cada vez mais desafios em todas as áreas e será um privilégio poder fazer parte desse grupo que trabalha para a concretização dos objetivos que visam cada mais o desenvolvimento, crescimento e visibilidade do nosso desporto de eleição. Agradeço a Direção da Federação de Andebol e ao seu Presidente pela confiança e incentivo que sempre me deram na minha carreira na área internacional. É um momento muito especial para mim.”

E, ainda, realce para a organização dos eventos realizados em Portugal entre 2022 e 2023, entre os quais, M20 EHF Euro 2022, WEch Wheelchair Handball Championship 2022, e Beach Handball Euro 2023.

Miguel Laranjeiro, Presidente da Federação de Andebol de Portugal, mostrou-se bastante satisfeito com esta mudança de Leonor Mallozzi para o Executivo: “Portugal continua a aumentar a sua presenca nos órgãos das instâncias internacionais do Andebol. A Leonor Mallozzi vai presidir ao Women’s Board e, assim, ter assento no executivo da EHF, o que reforça a posição de Portugal. Sempre considerei importante o aumento, passo a passo, da nossa presença internacional. É com orgulho que vejo vários portugueses a ocupar lugares importantes na EHF e a contribuir para o desenvolvimento da modalidade e que resulta da nossa posição de colaboração e de empenho no trabalho conjunto com a EHF”.

Três portugueses no European Handball Court of Arbitration

Os portugueses José Costa, Nuno Guerra e Carla Rodrigues foram integrados na lista dos árbitros da ECA. José Costa, membro da Assembleia Geral da Federação de Andebol de Portugal renovou e Nuno Guerra, ex-praticante internacional da modalidade e Carla Rodrigues, membro do Conselho de Disciplina da Federação de Andebol de Portugal, foram integrados pela primeira vez na lista dos árbitros da ECA da Federação de Andebol de Portugal.

Várias das moções foram apresentadas pela própria Federação Europeia de Andebol (EHF), devido a alterações na legislação austríaca, em matéria de associação e tributação, que tornaram obrigatórias as alterações aos Estatutos.

As moções apresentadas incluem, entre outras, a inclusão explícita do “Sistema Piramidal de Estruturas Desportivas” nos Estatutos da EHF (moção 4). A ideia do sistema piramidal é assegurar uma linha contínua de regulamentos e responsabilidades num desporto, de cima para baixo. Garantindo que as competições de um determinado nível são realizadas por uma única fonte e que o sistema, juntamente com os respectivos regulamentos e orientações, é utilizado por todos os níveis do desporto.

Além disso, a proposta 6 propôs a alteração dos Estatutos da EHF, incluindo normas éticas específicas e o princípio da boa governação, assim como a inclusão nos Estatutos do princípio da atuação sustentável.

Estrutura alternativa de arbitragem

A moção 9 propôs a alteração dos Estatutos da EHF, suprimindo a posição do membro árbitro da Comissão de Competições da EHF e colocando toda a área da arbitragem a nível profissional. Esta moção apresentada pela EHF vem no seguimento de uma moção apresentada pela Federação Húngara de Andebol no Congresso da EHF de 2021, com o objetivo de otimizar as infra-estruturas e o tratamento na área da arbitragem.

No seguimento da moção de 2021, o Comité Executivo da EHF nomeou um grupo de trabalho para elaborar uma proposta para uma futura estrutura de arbitragem. A estrutura prevista tem em consideração a recomendação do grupo de trabalho e, além disso, prossegue o processo de profissionalização no domínio da arbitragem.

Pré-requisitos económicos para participar na EHF Champions League

A Federação Norueguesa de Andebol apresentou uma moção (n.º 15) que visa criar condições financeiras iguais para as competições de clubes masculinos e femininos. O objetivo da moção é reduzir o fosso entre as competições masculinas e femininas a nível económico e garantir a igualdade e o desenvolvimento paralelo de homens e mulheres nas competições europeias de clubes.

Um futuro sustentável para o andebol

Após as moções, as federações membros terão também uma primeira visão da estratégia de sustentabilidade da EHF. Nos últimos meses, com o apoio de consultores externos, foram trabalhadas diferentes prioridades e domínios de ação. Foi apresentado um primeiro roteiro destinado a conduzir todo o ecossistema europeu do andebol para um futuro sustentável nos próximos anos. A visão arrojada é fazer do andebol o desporto mais sustentável da Europa até 2027.

O congresso incluiu igualmente os relatórios do Presidente e do Secretário-Geral da EHF, os relatórios das Comissões Técnicas da EHF, bem como uma panorâmica financeira apresentada pelo Vice-Presidente Financeiro e uma informação sobre o orçamento para 2023/24.

Entre os últimos pontos da ordem de trabalhos contaram-se as antevisões do Men’s EHF Euro 2024, na Alemanha, e do Women’s EHF Euro 2024, na Áustria, Hungria e Suíça, bem como uma perspetiva dos EHF Euro’s 2026 e 2028 e da sua situação atual.

Atribuição de Eventos Adicionais

Para a edição de 2024, o Campeonato Europeu de Andebol Masters, foi atribuído à Federação de Andebol de Portugal e à cidade de Paredes. O torneio está previsto para ser disputado no final de junho de 2024.

No que diz respeito ao andebol em cadeira de rodas, o Executivo conferiu o mandato de organizar um torneio de 4 equipas, o mais tardar no início de 2024, para definir as equipas europeias elegíveis para participar no próximo Campeonato Mundial de Andebol em Cadeira de Rodas, organizado pela Federação Internacional de Andebol (IHF).

Os esforços adicionais da EHF a nível europeu e a abordagem estratégica para um maior desenvolvimento do andebol em cadeira de rodas na Europa serão debatidos a nível dos especialistas, a fim de serem novamente apresentados ao Comité Executivo.

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