Andebol School leva a cabo estudo sobre atletas que iniciaram em 2023/2024 a prática da modalidade

Participaram neste estudo 222 atletas, oriundos de 18 clubes de diferentes associações, repartidos em 118 femininos e 104 masculinos e com conclusões muito interessantes; Diretor Técnico Nacional, Paulo Sá, afirma que resultados permitem estruturar melhor novas formas de captação e de intervenção junto das crianças.

O estudo da Andebol School foi levado a cabo durante a época vigente e contou com a participação de mais de 200 atletas, que iniciaram a prática da modalidade com uma média de idades de 10,7 anos. O começo da prática é predominante no escalão de Minis (45% dos inquiridos), entre os 10 e os 11 anos de idade, seguindo-se o escalão de sub-14 (19%) e consequentemente os restantes.

Paulo Sá, Diretor Técnico Nacional, mostrou alguma preocupação com estes dados já que: “é com idades tardias que se dá este início na prática do andebol pois estes iniciantes, ou não praticaram nenhuma modalidade anteriormente e vêm com défice de desenvolvimento ao nível das capacidades e habilidades motoras, ou se iniciaram previamente numa outra modalidade e poderiam nunca chegar ao andebol. É necessário que o andebol inicie a captação em idades mais precoces, a maioria dos nossos atletas terão de iniciar nos escalões de manitas e bambis.”

Em relação ao aspeto que os levou a praticar andebol, verificou-se que a Escola foi o maior catalisador com mais de 40% dos casos a reportarem que foi no ensino que iniciaram a prática, seguindo-se a influência de amigos (19%) e a influência de alguém de família que jogou ou joga andebol (16%).

O Diretor Técnico que assumiu funções em 2019 acredita que: “A influência da escola, quer por experiências positivas, quer por clube escolar, quer por influência dos professores de educação física, é decisiva na captação de novos atletas, pelo que é aí que os clubes devem investir toda a sua captação e procurar através dos projetos existentes uma proximidade às escolas da região. Contudo, os amigos e a família poderão ser um excelente veículo para o aparecimento de novos praticantes, pelo que será importante procurar que os jovens atletas tragam os seus amigos, mas também trazer a família para o seio dos clubes, assim como aproximar os atuais e antigos praticantes da modalidade.”

Sobre as motivações que levam estes novos atletas a praticarem andebol, verifica-se uma forte incidência em três aspetos, com 50% a responderem que a Diversão é a palavra de ordem, 40% referem que pretendem melhorar as suas habilidades no andebol e ainda 34% pretendem fazer amigos novos (poderiam escolher mais do que uma motivação).

Neste sentido, Paulo Sá realça que “estes são os fatores decisivos no treino: diversão, amizade e aprendizagem. É interessante que num universo de 222 atletas, apenas dois referiram que o que os motiva é ganhar. Deste modo, não se compreende por que razão este é um motivo procurado por muitos na formação de andebol, é uma motivação que não é intrínseca da criança/jovem mas sim dos adultos que a rodeiam.”

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