“Clube de Origem”: Associação de Andebol do Porto lançou 50% dos internacionais para as competições internacionais em 2024

Análise levada a cabo pela Andebol School demonstra que dos 48 atletas que em 2024 representaram as Seleções Nacionais Masculinas em grandes competições, 23 iniciaram a prática da modalidade em clubes da Associação de Andebol de Porto.

Como tem vindo a ser hábito nos últimos anos, para orgulho de quem todos os dias trabalha em prol do crescimento do Andebol, Portugal voltou a estar representado nas fases finais de três grandes competições internacionais na vertente masculina em 2024: no EHF EURO, com a Seleção Nacional A Masculina, no M20 EHF EURO e no M18 EHF EURO, com as Seleções Nacionais sub-20 e sub-18, respetivamente. Foram quase meia centena de internacionais a vestir as cores do nosso país nestas provas, 48 mais concretamente, que atualmente pertencem aos quadros dos mais diversos clubes, dentro e fora de portas. Mas como tudo tem um início, a Andebol School, fez uma viagem até ao ponto de partida da carreira de cada um destes talentosos andebolistas portugueses para perceber quais os clubes que mais sucesso tiveram na sua formação e as associações regionais a que pertencem.

A análise, conduzida por Paulo Sá, Diretor Técnico Nacional, está dividida pelo total de atletas (n=48) e o “Clube de Origem” refere-se ao que está associado à primeira inscrição do atleta na Federação de Andebol de Portugal.

Desde logo, a Associação de Andebol do Porto aparece de forma destacada com 23 internacionais a terem começado a praticar Andebol nos seus clubes, o que perfaz um total de quase 50%. Desde nomes como Luís Frade (Barça), Miguel Martins (Aalborg Håndbold), Leonel Fernandes (FC Porto), Francisco e Martim Costa (Sporting CP), até aos jovens Rafael Vasconcelos, Tomás Teixeira ou José Nunes, a lista é extensa e demonstrativa da qualidade da formação dos clubes do Distrito do Porto e, claro, dos próprios atletas.

As Associações de Andebol de Lisboa e Aveiro figuram imediatamente a seguir, a uma distância considerável, com seis atletas cada. A Associação de Andebol de Braga tem diminuído o número de atletas a representar as Seleções Nacionais e, em 2024, contou com quatro atletas formados nos seus clubes, tal como Santarém, que tem na Associação Desportiva e Cultural Benavente e no Núcleo Andebol Samora Correia os motores deste resultado.

Pedro Portela e Gabriel Sequeira, são os atletas formados em clubes da Associação de Andebol de Leiria e no final da lista surgem as associações de Algarve, Madeira e Setúbal, orgulhosamente representadas por Gilberto Duarte, Martim Gonçalves e Alexandre Cavalcanti, respetivamente.

Associação Atlética de Águas Santas: A arte de bem formar

A lista abaixo apresenta os clubes que foram responsáveis pela captação de mais do que um atleta, em que o destaque vai de forma clara para uma histórica instituição nascida em 1962, na cidade da Maia, que é há muito uma referência na formação e desenvolvimento de atletas de Andebol. Luís Frade, Miguel Martins, Pedro Oliveira (Seleção Nacional A Masculina); Bruno Correia, Miguel Oliveira, Nuno Oliveira (Seleção Nacional sub-20 Masculina); e Francisco Oliveira (Seleção Nacional sub-18 Masculina) são os atletas cujo primeiro clube foi a Associação Atlética de Águas Santas a representar Portugal ao mais alto nível em 2024.

A ascensão dos irmãos Costa, Francisco e Martim, tem como base um processo formativo de qualidade no GD Colégio Carvalhos, que também viu Diogo Rêma Marques e Rafael Vasconcelos lutar por Portugal. Na lista, seguem-se seis instituições com mais do que um atleta entre os 48 internacionais, sendo que os clubes NA Samora Correia, FC Gaia, AC Os Lusitanos, Almada AC e SL Benfica foram também responsáveis pelo início de carreira de pelo menos um atleta internacional.

Esta análise, além de querer valorizar os clubes responsáveis pelo início da prática destes atletas, pretende, essencialmente, enaltecer a importância que têm todos os clubes que captam atletas para o andebol e lhes proporcionam experiências positivas no início que os motiva a manterem-se na modalidade e mais tarde investirem no treino para que possam chegar a internacionais.

Recorde-se que Portugal terminou na sétima posição do EHF EURO 2024, em janeiro passado, que valeu a segunda presença no Torneio Pré-Olímpico; no verão garantiu a medalha de prata no M20 EHF EURO 2024, em Celje, na Eslovénia, e foi 10.º classificado no M18 EHF EURO 2024, em Podgorica, Montenegro.