Portugal no top-4 de Seleções Nacionais Jovens Masculinas

Federação Europeia de Andebol (EHF) divulgou o ranking das equipas nacionais, tendo em conta os últimos quatro anos, onde Portugal figura apenas abaixo de Alemanha, Dinamarca e Espanha.

O Executivo da Federação Europeia de Andebol (EHF) reuniu-se no passado dia 19 de setembro e levou a cabo algumas alterações importantes para os escalões mais jovens, para além de ter tido acesso aos resultados das Seleções Nacionais Jovens nos últimos quatro anos, em primeira mão. As formações portuguesas encontram-se no quarto lugar beneficiando de uma dupla medalha de prata das Seleções Nacionais sub-20 Masculinas, em Portugal (2022) e na Eslovénia (2024), sob o comando de Carlos Martingo, bem como de classificações positivas dos conjuntos mais jovens (sub-18) liderados por Nuno Santos.

Ranking das Competições de Equipas Nacionais

O ranking anterior das competições de Seleções Nacionais tinha apenas em consideração os três anos anteriores, o que significa que eram incluídos dois EHF EUROs e um IHF World Championship, ou apenas um Campeonato da Europa e dois Campeonatos do Mundo. Este sistema foi alterado para uma classificação de quatro anos e a EHF decidiu seguir o mesmo cálculo para todos os rankings das Competições de Seleções Nacionais, criando uma imagem consistente em todas as categorias (Seniores Femininos e Masculinos e Escalões de Formação Femininos e Masculinos).

O novo método de cálculo que está agora a ser introduzido para o ranking classifica os dois anos mais recentes do respetivo período com o dobro do valor dos dois anos mais antigos, de modo a dar mais significado aos resultados mais recentes e, para obter a classificação final, é calculada a média destes dois períodos. A partir de 2025, isto também será válido para o YAC EHF European Open.

Alteração no Sistema Competitivo

O modelo competitivo utilizado na época passada (2023/2024) foi motivo de discórdia entre vários elementos das seleções mais jovens a nível internacional devido ao acesso à Main Round, que só era garantido pelo vencedor de cada grupo e pelos dois melhores segundos classificados overall. Neste sentido, e após reflexão e auscultação de treinadores, a EHF optou por alterar os regulamentos, criando um novo sistema: a Fase de Grupos mantém-se inalterada, com as 24 equipas distribuídas por seis grupos de quatro lugares cada, num sistema de todos contra todos (as equipas disputam três jogos nesta fase). Após a conclusão da Ronda Preliminar, todas as equipas classificadas em 1.º e 2.º lugar de cada grupo (12 no total) serão qualificadas para o Main Round, que será constituído por três grupos de quatro equipas. Os resultados das equipas que já jogaram entre si na Ronda Preliminar são transferidos para o Main Round, restando dois jogos a disputar por cada equipa nesta fase.

Todas as equipas classificadas em terceiro e quarto lugar na Fase de Grupos passam à Intermediate Round, que é composta por três grupos com quatro equipas. Tal como no Main Round, os resultados das equipas que já jogaram entre si na fase anterior são transferidos para a fase seguinte, restando dois jogos a disputar por cada equipa.

Após a conclusão do Main Round e do Intermediate Round, a classificação do 1-8 será determinada com base no melhor desempenho de cada uma das equipas nos respetivos grupos. As formações que terminarem o Main Round na primeira posição em cada um dos três grupos serão classificadas como 1.º, 2.º e 3.º, os segundos como 4.º, 5.º e 6.º e os terceiros como 7.º, 8.º e 9.º. Os primeiros oito irão disputar os Quartos de Final.

A voz do comando foi ouvida, conforme confirma Paulo Sá, que considera que Portugal foi prejudicado no M18 EHF Euro 2024 pelo modelo competitivo, que agora apresenta novas alterações:

“As alterações produzidas pela EHF ao formato das provas, foi um movimento conjunto de vários países – Portugal, Espanha, Alemanha, Noruega, Áustria e Eslovénia – junto da EHF, que levou a que estas alterações fossem introduzidas, culminando assim com um formato de competição que levou a várias injustiças, nomeadamente o afastamento de Portugal do Main Round no M18 EHF Euro 2024. Ficamos muito satisfeitos que a EHF tenha ouvido as Federações e alterado rapidamente os futuros modelos de competição.”

O Diretor Técnico Nacional mostra-se satisfeito com o resultado obtido pelo Andebol português, que reflete todo o trabalho desenvolvido desde os clubes à Federação de Andebol de Portugal:

“Estamos muito felizes com a publicação do Ranking das competições internacionais jovens dos últimos quatro anos, pois vem comprovar o trabalho realizado, primeiro pelos clubes e seus treinadores, os grandes responsáveis que garantem a qualidade de treino diário, depois pelos treinadores das seleções nacionais e staffs de apoio e finalmente pela Federação de Andebol de Portugal que tem potenciado elevada experiência internacional de qualidade a estes jovens. Agora temos de garantir que o nível atingido nos escalões de jovens se mantenha para o futuro e também que possamos dar passos ainda maiores com a nossa seleção sénior.”

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