Enquanto o Women’s EHF Euro 2024 e o seu Final Weekend constituíam o pano de fundo desportivo, na capital austríaca, os delegados receberam uma visão geral e perspetivas sólidas dos principais eventos e desenvolvimentos para o Adebol europeu em 2025 e mais além.
A Conferência dos Presidentes foi aberta com um relatório geral do Presidente da EHF, Michael Wiederer, que olhou para trás e para o futuro ao mesmo tempo: “O ano de 2024 foi excelente para o andebol europeu. O nosso desporto foi reconhecido em cantos do mundo onde habitualmente não éramos visíveis. Foi um sinal de que estamos a crescer.”
“Somos um desporto tradicional, com todas as suas vantagens e desvantagens. Embora tenhamos de preservar o ADN do nosso desporto, para termos um futuro não podemos simplesmente ficar onde estamos. Não podemos ignorar o resto do mundo, mas temos de analisar para onde estão a ir os mercados, incluindo os nossos concorrentes. Para isso, precisamos da melhor coordenação possível, a nível continental e com a Federação Internacional de Andebol. Este é o desafio que temos de enfrentar para crescer e estamos preparados para isso.” – acrescentou.
Posteriormente, o Secretário-Geral da EHF, Martin Hausleitner, apresentou as actividades do Plano Diretor, com destaque para a nova carta das bases e as iniciativas do Conselho de Sustentabilidade da EHF.
A carta, com a missão de criar uma comunidade de andebol mais alargada, expandir a base de adeptos do desporto e a potencial força de trabalho do andebol, foi apresentada pela primeira vez na Conferência dos Secretários-Gerais em Copenhaga, no início deste ano, e a sua introdução foi confirmada pelo Executivo em setembro.
O objetivo da carta é desenvolver o andebol de base, que serve de alicerce ao desporto. Visa igualmente monitorizar, medir e, eventualmente, recompensar as federações membros que se empenham no desenvolvimento do andebol de base e apresentam resultados notáveis.
A Conferência de Presidentes prosseguiu com uma panorâmica dos EHF Euros disputados em 2024, uma perspetiva dos Campeonatos da Europa de 2026 e 2028 e, ainda, uma antevisão das atividades da EHF em 2025.
Duas datas foram destacadas pelo Presidente da EHF, Michael Wiederer. A Conferência das Competições da EHF para as competições masculinas, a 9 e 10 de abril de 2025, e para as competições femininas, a 12 e 13 de maio de 2025.
A Conferência de Presidentes encerrou com celebrações e um momento especial: Jörgen Holmqvist, Per Otto Furuseth, Andrzej Krasnicki e Miguel Roca Mas foram nomeados membros honorários da EHF.
Um quinto prémio foi atribuído a título póstumo a Morten Stig Christensen, que faleceu em novembro e, para homenagear o trabalho do presidente da Federação de Andebol da Dinamarca neste domínio, a nova Carta das Bases será designada “Carta das Bases de Christensen”.
No Congresso Extraordinário, foram apresentadas dez moções relacionadas com os Estatutos da EHF; outras quatro diziam respeito a alterações ao Regulamento Jurídico.
Os tópicos abordados por estas moções incluíam, entre outros, a divisão de responsabilidades no âmbito dos Estatutos da EHF, a suspensão dos direitos de membro, a competência para o catálogo de sanções administrativas e o reconhecimento do Tribunal Arbitral Europeu de Andebol e das suas decisões.
Do ponto de vista jurídico, as propostas apresentadas incidiram, entre outras, na alteração das condições dos pedidos de indemnização por danos e na eventual omissão da obrigação de audição nas obrigações de audição em processos judiciais. Todas as propostas apresentadas obtiveram a maioria exigida pelo Congresso.
Após a votação das moções, o Congresso utilizou o poder de que dispõe para moldar o futuro do andebol europeu, atribuindo três EHF Euros para 2030 e 2032.
Os primeiros eventos emblemáticos da próxima década serão disputados em:
Men’s EHF Euro 2030: Chéquia, Polónia e Dinamarca (10 a 27 de janeiro de 2030)
Men’s EHF Euro 2032: Alemanha e França (15 de janeiro a 1 de fevereiro de 2032)
Women’s EHF Euro 2032: Alemanha, Dinamarca e Polónia (1-19 de dezembro de 2032)
Não foram aceites quaisquer candidaturas para o Women’s EHF Euro 2030. Por conseguinte, o direito de atribuir a prova reverterá para o Comité Executivo da EHF. O Congresso Extraordinário foi encerrado com a assinatura de novos acordos do Plano Diretor para a Chéquia, Sérvia, Ilhas Faroé e Israel.
