7 Inicial: Miguel Espinha Ferreira, Leonel Fernandes, André Gomes, Rui Silva, Francisco Costa, António Areia e Alexis Borges.
Portugal repetiu o mesmo 7 inicial que defrontou a Coreia do Sul, mas agora contra uma seleção húngara com estatuto perfeitamente consolidado no andebol mundial e, que chegava a este duelo motivada pelo registo 100% vitorioso na prova. A equipa magiar, comandada por Chema Rodríguez – treinador do SL Benfica – sofreu a primeira grande contrariedade bem cedo na partida: apenas com 48 segundos, o gigante Adrián Sipos, especialista defensivo, viu o cartão vermelho direto, a castigar uma falta dura sobre Francisco Costa, uma situação que abriu caminho para uma primeira parte de luxo dos Heróis do Mar.
Em superioridade númerica, Portugal até desperdiçou os primeiros ataques, mas Miguel Espinha Ferreira somou duas defesas consecutivas, antecipando aquilo que seria uma prestação impressionante durante os 60 ‘minutos, traduzida em 15 defesas. Leonel Fernandes e André Gomes deram a primeira vantagem a Portugal (2-0), a Hungria reduziu apenas aos sete minutos (2-1) e só voltou a marcar em cima dos 15′. No entretanto, a Seleção Nacional respirava confiança e concretizou cinco golos sem resposta (7-1), com um time-out húngaro pelo meio e com Miguel Espinha Ferreira a contabilizar uns impressionantes 88% de eficácia entre os postes, nesta altura.
A paragem não teve efeito e apenas cinco minutos depois, Chema Rodriguez voltou a ser forçado a parar o jogo, depois de novo parcial relevante de Portugal, de 4-1 (10-2). A formação magiar estava sem soluções no ataque, fruto da boa prestação defensiva portuguesa, e saiu do descanso a arriscar tudo: 7×6, com três pivôs em simultâneo.
O rendimento luso caiu ligeiramente e a Hungria aproveitou para ganhar algum terreno, concretizando cinco golos contra três, o que levou Paulo Fidalgo – treinador-adjunto português – a parar o jogo pela primeira vez (13-7), aos 26 minutos. Um equilíbrio maior que aquilo que aconteceu em grande parte do primeiro tempo, manteve-se até ao soar da buzina.
Esta foi a primeira parte com menos golos marcados pela Hungria em Campeonatos do Mundo, desde 2013 – quando marcou apenas oito golos na segunda parte de um jogo contra a Espanha.
Intervalo: 16-9
Tal como se esperava, a Hungria entrou mais determinada na segunda parte mas Portugal não perdeu a confiança que vinha a consolidar até então. Nos primeiros 10 minutos após o recomeço, entre pequenos parciais de parte a parte, a vantagem lusa mantinha-se segura (19-13) e o período seguinte, até perto dos 50 minutos, foi a vez de Portugal voltar a assumir total protagonismo: quatro golos marcados, apenas um sofrido e a 15.ª defesa de Miguel Espinha Ferreira – distanciaram as duas seleções em nove golos (23-14).
No restante período até ao final, Portugal sentiu mais dificuldades, baixou a guarda e permitiu que a Hungria crescesse e encurtasse distâncias, mas ainda a tempo de garantir sete golos à maior, para terminar o Grupo D na primeira posição.
Resultado Final: 27-20
MVP: Miguel Espinha Ferreira – 15 defesas (45% de eficácia)
Top Scorer: Francisco Costa – 6 golos (75% de eficácia)
Alexandre Cavalcanti, lateral esquerdo da turma lusa, mostrou-se muito feliz por Portugal ter conseguido passar em primeiro do grupo após um jogo brilhante: “Sabíamos que era um jogo importante e o que tínhamos que fazer para ganharmos o jogo e por quanta diferença. Começámos muito bem, o Miguel Espinha esteve incrível, ajudou-nos imenso mas acho que tivemos bem em todas as fases [na defesa, no ataque], conseguimos manter a vantagem inicial durante todo o jogo e, para mim, isso foi fundamental.”
Sobre os Heróis do Mar fecharem o Grupo D na liderança: “Depois da derrota com a Islândia no primeiro jogo sabíamos que ia ser muito difícil, mesmo antes do jogo de hoje, mas depois da entrada no jogo tornou-se mais fácil. Agora vamos enfrentar, Brasil, Cabo Verde e Suécia por esta ordem e acho que estamos bem posicionados para chegarmos aos 1/4 de Final e agora temos que ir jogo a jogo para concretizarmos esse sonho que nós temos.”
Contas fechadas na Ronda Preliminar, é tempo de centrar atenções no Main Round, em que Portugal vai defrontar as três seleções que seguiram em frente no Grupo C: Suécia, Brasil e Cabo Verde.
Calendário:
IHF World Championship 2023
Grupo D
12.01.2023 – 19h30 – Islândia x Portugal, 30-26 (15-15)
14.01.2023 – 17h00 – Portugal x Coreia do Sul, 32-24 (15-12)
16.01.2023 – 19h30 – Portugal x Hungria, 27-20 (16-9)
Main Round
18.01.2023 – 14h30 – Portugal x Brasil, RTP2
20.01.2023 – 14h30 – Cabo Verde x Portugal, RTP2
22.01.2023 – 19h30 – Suécia x Portugal, RTP2