Faltam pouco mais de seis meses para o início do Campeonato do Mundo de Andebol de 2025, que parte para a 29.ª edição e será a primeira da história a ser co-organizada por três países: Croácia, Dinamarca e Noruega, entre os dias 14 e 29 de janeiro do próximo ano. Para a próxima quarta-feira, dia 29 de maio, em Zagreb, na Croácia, está agendado o sorteio da grande competição, a partir das 18h30 (hora portuguesa), no qual Portugal encabeça o Pote 2, onde tem a companhia de sete congéneres europeias. O sorteio contará com transmissão em direto no Canal de YouTube da Federação Internacional de Andebol (IHF).
O Conselho da IHF atribuiu os dois wildcards disponíveis aos Estados Unidos da América e à Suíça, completando assim o lote de 32 seleções em prova: 18 europeias, cinco africanas, quatro asiáticas, três da América do Sul e Central e duas da América do Norte e Caribe.
Pote 1: Dinamarca, França, Suécia, Alemanha, Hungria, Eslovénia, Noruega e Egipto
Pote 2: Portugal, Croácia, Áustria, Islândia, Países Baixos, Espanha, Itália e Chéquia
Pote 3: Polónia, Macedónia do Norte, Catar, Brasil, Argentina, Cuba, Japão e Argélia
Pote 4: Bahrain, Tunísia, Chile, Kuwait, Cabo Verde, Guiné, Estados Unidos da América e Suíça
Recorde-se que os Heróis do Mar deixaram pelo caminho a Bósnia e Herzegovina para garantirem vaga no Campeonato do Mundo pela terceira vez consecutiva.
Para o sorteio do Campeonato do Mundo de 2025, as 32 seleções participantes foram divididas em quatro grupos de oito equipas cada, com as três primeiras equipas de cada grupo a qualificarem-se para o Main Round.
De acordo com o artigo 1.3.2 dos Regulamentos das Competições da IHF, no caso de haver mais do que uma nação anfitriã, o organizador deve atribuir uma equipa por grupo, que tinha sido previamente atribuída a uma cidade. Quer isto dizer que a Dinamarca jogará no Grupo B, a Noruega será a cabeça de cartaz do Grupo E e a Croácia jogará no Grupo H, todas nos seus territórios nacionais.
Além disso, a Associação Dinamarquesa de Andebol reservou-se o direito de colocar a Alemanha no Grupo A, em Herning, por este ser um país vizinho, com uma viagem de duas horas da fronteira até aquela cidade e com comunidades de amantes do Andebol em Kiel, Hamburgo ou Flensburg perto da fronteira. A Federação Norueguesa de Andebol colocou a Suécia no Grupo F, pela mesma razão, uma vez que a fronteira com a Suécia fica a 90 minutos de carro da capital norueguesa.
Por último, mas não menos importante, a Hungria jogará no Grupo D, em Varazdin, pelas mesmas razões geográficas, bem como a Eslovénia no Grupo G, em Zagreb. A Áustria jogará no Grupo C, em Poreč, um local historicamente popular entre os turistas austríacos.
O Campeonato do Mundo do próximo ano reúne as melhores seleções à escala planetária e os preparativos estão agora ao rubro na Croácia, Dinamarca e Noruega, com os três anfitriões alinhados para criarem um magnífico evento de Andebol. Na Ronda Preliminar as 32 equipas serão divididas em oito grupos de quatro equipas, com as três melhores de cada grupo a avançarem para o Main Round e os quartos classificados a seguirem para a President’s Cup. As duas melhores seleções de cada um dos quatro grupos do Main Round passarão aos Quartos de Final, sendo aplicado um sistema de eliminatórias até à Final.
Após a Dinamarca se ter coroado Tricampeã do Mundo na 28.ª edição (na Polónia e Suécia, em 2023), a equipa escandinava terá a oportunidade de defender o título em casa, uma vez que a próxima edição da competição será a primeira a ser organizada conjuntamente por três países, onde os atuais detentores do troféu se incluem.
Tanto a Dinamarca como a Croácia já organizaram anteriormente um Campeonato do Mundo masculino, sendo a Noruega anfitriã pela primeira vez, mas o país escandinavo tem muita experiência na organização de grandes eventos, como é exemplo o IHF Women’s World Championship 2023, que decorreu em dezembro passado, juntamente com Dinamarca e Suécia.
“United in Handball” (Unidos no Andebol) é o lema do IHF Men’s World Championship 2025, com uma abordagem inovadora de uma organização conjunta, mas também com o poder do desporto, que pode criar laços fortes no campo e ligações inquebráveis fora dele, uma vez que os espetadores também fazem parte do espetáculo.
